Gian Carlo de Melo Silva

GIAN CARLO DE MELO SILVA

Licenciado em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (2005). Mestre em História Social da Cultura Regional pela mesma instituição (2008). Doutor em História do Norte e Nordeste pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2014) e com Pós-Doutorado (2024) pela UNIFESP. É Professor Associado dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Também é professor permanente do PPGH da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colonial e Imperial atuando principalmente com os seguintes temas: História Social da Escravidão e da Liberdade, História da Família, História das Mestiçagens, História Social, História do Cotidiano, Documentação Eclesiástica e História da Igreja Católica, Sociedade Colonial e Imperial. Possui dissertação e tese com fontes eclesiásticas de batismo e casamento, sobre o Pernambuco em fins do século XVIII e início do XIX. Atualmente desenvolve estudos sobre Alagoas através dos projetos de Pesquisas "História da Escravidão em Alagoas" que abrange os séculos XVI e XIX. Além disso, investiga a presença africana em Alagoas e Pernambuco no período Colonial e Imperial. Sobre o século XIX, tem enveredado pela História política das efemérides da independência e da Confederação do Equador. É Líder do Grupo de Pesquisa NESEM (Núcleo de Estudos Sociedade e Escravidão na Época Moderna - séc. XVI-XIX). Na graduação leciona disciplinas de Brasil Colônia e Brasil Império nos cursos de História. Ainda é professor do curso de Lic. em Pedagogia - EAD - UAB, atuando nas disciplinas Saberes e Metodologias do Ensino de História I e II. Foi coordenador do PPGH entre os anos de 2014 e 2017. Já atuou como coordenador do PIBID-História do Campus A.C. Simões entre os anos de 2013 e 2016. Integra o quadro de sócios do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas - IHGAL, cadeira n. 22 e também é Sócio Correspondente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco - IHAGP.

Latteshttp://lattes.cnpq.br/6816194135811718

Linha de pesquisa: Relações de Poder, Conflitos e Movimentos Sociais

Temáticas de orientação: História Social da Escravidão e da Liberdade, História da Família, História das Mestiçagens, História Social, História do Cotidiano, Documentação Eclesiástica e História da Igreja Católica, Sociedade Colonial e Imperial.

 E-mailprofgianufal@gmail.com 

Projetos de pesquisa em andamento:

1.Laços e Heranças: A presença de africanos e seus descendentes em Alagoas no século XVIII

O projeto Laços e Heranças: A presença de africanos e seus descendentes em Alagoas no século XVIII tem por objetivo identificar a inserção e o estabelecimento de africanos escravizados e seus descendentes em Alagoas no século XVIII, a partir da análise entrecruzada: 1) das rotas de abastecimento de africanos para a comarca de Alagoas, bem como sua distribuição interna; 2) da presença de africanos e seus descendentes nas propriedades agrícolas da região; e 3) do mapeamento da presença negra nas dinâmicas sociais, familiares e de compadrio ali presentes. Sua justificativa está na necessidade de compreensão do lugar ocupado pela população negra na comarca de Alagoas e quais as suas interações com a sociedade escravista no Brasil. Nesse sentido, aponta hipóteses sugestivas no sentido da estreita ligação que Alagoas possuía na época com as duas grandes praças escravistas de Salvador e do Recife.

2.Sociedade, Família e Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais – séculos XVIII e XIX (1750-1889)

O projeto “Sociedade, Família e Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais – séculos XVIII e XIX (1750-1889)” tem como objetivo principal ampliar a historiografia sobre Alagoas no período abordado, mostrando as relações sociais construídas a partir do cotidiano vivido nas principais vilas e povoações existentes na região. Um estudo que será moldado pela abordagem da História Social, que nos fornece as bases para construção e narrativa histórica. O marco temporal compreende épocas de transformações nas relações existentes entre a América portuguesa e a sua metrópole em Portugal, seguidas da presença da Família Real, a emancipação política de Pernambuco, o processo de independência até a queda do regime monárquico. Em todos estes momentos foram as relações entre a população local, o Estado e a Igreja Católica que estiveram movimentando a engrenagem social e cultural, numa troca recíproca de influências. A documentação que pretendemos analisar a partir da aprovação desde projeto é composta por acervos depositados na Cúria Metropolitana - um conjunto de livros de casamento, batismos, óbitos e documentação eclesiástica com ordenações de padres e processos de banhos matrimoniais - todos compreendendo diversas localidades, tais como: Santa Luzia do Norte (atual Marechal Deodoro), União dos Palmares, Porto Calvo, Penedo, São Luiz do Quitunde, Murici, Maragogi, Jaraguá, Atalaia, Pilar, São José da Laje, Utinga e Porto de Pedras. No acervo do Arquivo Público de Alagoas - APA temos acesso aos documentos que vão desde testamentos, inventários e os relatórios de presidente de província, que trazem informações da sociedade e seus representantes na política imperial. Outras fontes são a Hemeroteca Digital, O acervo online da Biblioteca Nacional e as fontes do Instituto Histórico Alagoano, todas juntas através do ofício do historiador poderão mostrar a tessitura das relações sociais existentes no passado de Alagoas, na verdade são fragmentos do passado que irão ganhar “vida” através da narrativa historiográfica. Vamos conhecer histórias de escravos, livres e forros, gente que frequentava a igreja, que movimentava o comercio, que estava na procissão e também na festa, gente que era reprimida pela ação dos representantes da lei, aqueles homens e mulheres que formação suas famílias, deixavam heranças, muitas histórias, muitos nomes, muitos passados que juntos formam o que foi a Alagoas de outrora. Com isso estaremos conhecendo um pouco do passado, da sociedade e das pessoas que fizeram parte da antiga Comarca e depois Província das Alagoas. A experiência adquirida ao longo de uma década de pesquisa com tal documentação me permite uma melhor orientação para com os alunos e futuros interessados no projeto “Sociedade e Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais – séculos XVIII e XIX (1750-1889)”. Assim construiremos novos saberes historiográficos sobre o passado de Alagoas, com uma abordagem social e cultural através de uma pesquisa histórica assentada nas fontes, na historiografia e nas teorias sociais e culturais. O projeto que vem sendo desenvolvido desde 2014 tem apresentado vários resultados para historiografia de Alagoas, já somos um grupo que organiza eventos em âmbito nacional, temos dissertações e monografias defendidas com temáticas derivadas de outras edições de PIBIC e editais de fomento da FAPEAL.