Gian Carlo de Melo Silva
GIAN CARLO DE MELO SILVA
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6816194135811718
Linha de pesquisa: Relações de Poder, Conflitos e Movimentos Sociais
Temáticas de orientação: História Social da Escravidão e da Liberdade, História da Família, História das Mestiçagens, História Social, História do Cotidiano, Documentação Eclesiástica e História da Igreja Católica, Sociedade Colonial e Imperial.
E-mail: profgianufal@gmail.com
Projetos de pesquisa em andamento:
1.Laços e Heranças: A presença de africanos e seus descendentes em Alagoas no século XVIII
O projeto Laços e Heranças: A presença de africanos e seus descendentes em Alagoas no século XVIII tem por objetivo identificar a inserção e o estabelecimento de africanos escravizados e seus descendentes em Alagoas no século XVIII, a partir da análise entrecruzada: 1) das rotas de abastecimento de africanos para a comarca de Alagoas, bem como sua distribuição interna; 2) da presença de africanos e seus descendentes nas propriedades agrícolas da região; e 3) do mapeamento da presença negra nas dinâmicas sociais, familiares e de compadrio ali presentes. Sua justificativa está na necessidade de compreensão do lugar ocupado pela população negra na comarca de Alagoas e quais as suas interações com a sociedade escravista no Brasil. Nesse sentido, aponta hipóteses sugestivas no sentido da estreita ligação que Alagoas possuía na época com as duas grandes praças escravistas de Salvador e do Recife.
2.Sociedade, Família e Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais – séculos XVIII e XIX (1750-1889)
O projeto “Sociedade, Família e Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais – séculos XVIII e XIX (1750-1889)” tem como objetivo principal ampliar a historiografia sobre Alagoas no período abordado, mostrando as relações sociais construídas a partir do cotidiano vivido nas principais vilas e povoações existentes na região. Um estudo que será moldado pela abordagem da História Social, que nos fornece as bases para construção e narrativa histórica. O marco temporal compreende épocas de transformações nas relações existentes entre a América portuguesa e a sua metrópole em Portugal, seguidas da presença da Família Real, a emancipação política de Pernambuco, o processo de independência até a queda do regime monárquico. Em todos estes momentos foram as relações entre a população local, o Estado e a Igreja Católica que estiveram movimentando a engrenagem social e cultural, numa troca recíproca de influências. A documentação que pretendemos analisar a partir da aprovação desde projeto é composta por acervos depositados na Cúria Metropolitana - um conjunto de livros de casamento, batismos, óbitos e documentação eclesiástica com ordenações de padres e processos de banhos matrimoniais - todos compreendendo diversas localidades, tais como: Santa Luzia do Norte (atual Marechal Deodoro), União dos Palmares, Porto Calvo, Penedo, São Luiz do Quitunde, Murici, Maragogi, Jaraguá, Atalaia, Pilar, São José da Laje, Utinga e Porto de Pedras. No acervo do Arquivo Público de Alagoas - APA temos acesso aos documentos que vão desde testamentos, inventários e os relatórios de presidente de província, que trazem informações da sociedade e seus representantes na política imperial. Outras fontes são a Hemeroteca Digital, O acervo online da Biblioteca Nacional e as fontes do Instituto Histórico Alagoano, todas juntas através do ofício do historiador poderão mostrar a tessitura das relações sociais existentes no passado de Alagoas, na verdade são fragmentos do passado que irão ganhar “vida” através da narrativa historiográfica. Vamos conhecer histórias de escravos, livres e forros, gente que frequentava a igreja, que movimentava o comercio, que estava na procissão e também na festa, gente que era reprimida pela ação dos representantes da lei, aqueles homens e mulheres que formação suas famílias, deixavam heranças, muitas histórias, muitos nomes, muitos passados que juntos formam o que foi a Alagoas de outrora. Com isso estaremos conhecendo um pouco do passado, da sociedade e das pessoas que fizeram parte da antiga Comarca e depois Província das Alagoas. A experiência adquirida ao longo de uma década de pesquisa com tal documentação me permite uma melhor orientação para com os alunos e futuros interessados no projeto “Sociedade e Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais – séculos XVIII e XIX (1750-1889)”. Assim construiremos novos saberes historiográficos sobre o passado de Alagoas, com uma abordagem social e cultural através de uma pesquisa histórica assentada nas fontes, na historiografia e nas teorias sociais e culturais. O projeto que vem sendo desenvolvido desde 2014 tem apresentado vários resultados para historiografia de Alagoas, já somos um grupo que organiza eventos em âmbito nacional, temos dissertações e monografias defendidas com temáticas derivadas de outras edições de PIBIC e editais de fomento da FAPEAL.