Professores do COS lançam trabalhos na VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas
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Madysson Weslley - Estudante de Jornalismo
A partir de hoje, os olhares estarão voltados para o Centro de Convenções e Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá. No local, acontecerá a VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que vai até o dia 3 de novembro. A programação da maior festa literária e cultural do estado é extensa. Parte dela foi destinada ao lançamento de livros escritos por diversos autores. Dentre estes, três professores do curso de Comunicação Social da Ufal: professor Almir Guilhermino e professoras Janayna Ávila e Magnólia Rejane.
A professora do curso de Jornalismo, Janayna Ávila, lançará seu segundo livro pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal). O trabalho intitulado Textos Marcados: a crítica na imprensa alagoana nos anos 60, 70 e 80 é resultado da tese de doutorado em Letras da escritora.
No livro, ela aborda a continuidade da pesquisa sobre o espaço crítico na imprensa alagoana. “Venho desenvolvendo esta temática desde o mestrado, no qual estudei os anos 20 e 30. Sempre me interessou estudar como a imprensa local construiu sua crítica cultural, de que forma essa construção influencia na relação que temos com nossa identidade cultural ou na forma como lidamos com a reflexão sobre nosso pensamento. Por que, por exemplo, sempre houve uma dificuldade para o amadurecimento crítico?”, conta Ávila, cuja primeira obra foi Entre pitangas e sapotis: a crítica na imprensa alagoana nas décadas de 20 e 30.
Pensamento comunicacional
A outra representante do COS no lançamento de livros na Bienal é a professora Magnólia Rejane. A obra que leva o título O Pensamento Comunicacional Alagoano, é uma espécie de dicionário biobibliográfico com 131 perfis de estudiosos das mais diversas áreas da comunicação social.
“Este livro é resultado do projeto Pensa.Com, idealizado e coordenado pelo comunicólogo José Marques de Melo, Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Objetiva sistematizar e mapear a produção científica no campo das Ciências da Comunicação. Com abrangência nacional, o projeto é executado por grupos de pesquisadores envolvidos a nível estadual, visando o levantamento da produção comunicacional dos respectivos estados, destacando estudiosos da área, suas teorias e idéias”, explica a professora Magnólia.
A professora Lídia Ramires, que atua no Campus da Ufal localizado na cidade de Santana do Ipanema, também fez parte do grupo que escreveu o livro. “Integrar a equipe de pesquisa Pensa. Com foi uma satisfação enorme. Primeiro, por poder estar ao lado de colegas, amigos e pesquisadores que respeito imensamente e que valorizam e estimulam pesquisadores iniciantes. Depois, porque nesta obra existem nomes que entrarão para a história da Comunicação Social. O que possibilitará consultas e estimulará novas pesquisas”, conta.
Memória e esquecimento
O livro O Dom da Saudade – Memória e esquecimento nas adaptações de Dom Casmurro para Cinema e TV de autoria do professor Almir Guilhermino é resultado do seu trabalho de pós-doutorado. “No doutorado defendi uma tese questionando a adaptação literária da forma como se faz, geralmente, deixando o espectador frustrado depois do filme por não ter encontrado o romance lido na tela do filme. Para o pós-doutorado parti de duas adaptações de Dom Casmurro para o cinema. Capitu (1967), de Paulo César Saraceni e Dom (2002), de Moacyr Góes, para chegar à conclusão que não dá para transpor e sim traduzir, porque o romance conta, o cinema mostra enquanto o teatro encena”, diz, Almir Guilhermino.
Uma curiosidade revelada pelo professor é que a saudade por sua terra era tão grande, que por diversas vezes ele pensou em desistir de permanecer em Portugal para concluir o pós-doutorado. “A saudade do meu lar, dos meus bichos, dos meus filhos, dos meus alunos, do meu Nordeste aos poucos foi se acentuando na medida em que via no Porto, as caras e o sotaque, as roupas no varal do meu Recife. A saudade era tanta que por isso a acrescentei ao meu projeto e fui investigar esse sentimento na medida em que ia percebendo em Dom Casmurro, que seu intento de emendar as duas pontas para vida foi movido por uma saudade imensa de Capitu e seu tempo de garoto”, revela.
Importância da Leitura
A leitura abre horizontes, revela caminhos e mexe com o imaginário de quem lê. Na VI Bienal o que não vão faltar são convites para conhecer novos autores, muitas outras idéias e tantas histórias, já que são aproximadamente 22 mil títulos que ficarão expostos ao longo dos dez dias de evento.
A professora Janayna Ávila acredita no poder da leitura. “Há muitas histórias de vida que tinham tudo para resultarem em tragédia e que acabaram ‘se salvando’ graças ao livro. Qual a criança que tem o hábito da leitura e, consequentemente, o acesso garantido aos livros e que não cresce apaixonada pela leitura? Qual o adulto que escreve bem sem gostar de ler? A fórmula é simples: a leitura desde a infância sempre faz um adulto intelectualmente melhor. E isso é transformador”, afirma.
Programe-se
Nome do livro: Textos Marcados: a crítica na imprensa alagoana nos anos 60, 70 e 80
Autor: Janayna Ávila
Horário do lançamento: 18 horas
Dia: 27 de outubro (domingo)
Nome do livro: O Pensamento Comunicacional Alagoano
Horário do lançamento: 10 horas
Dia: 31 de outubro (quinta-feira)
Nome do livro: O Dom da Saudade – Memória e esquecimento nas adaptações de Dom Casmurro para Cinema e TV
Autor: Almir Guilhermino
Horário do lançamento: 19 horas
Dia: 2 de novembro (sábado)