Enecom foi além do campus universitário
Estudantes aproveitaram o Encontro dentro e fora da Universidade com núcleo de vivências e ato pela democratização da comunicação
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Por Paula Nunes
Estudante de Jornalismo
Com o tema Educação às avessas: da formação que temos à comunicação que queremos, estudantes de todo o país participaram durante oito dias da programação do Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecom). O evento, aconteceu este ano em Maceió, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), mas não ficou restrito ao campus. Também foram realizadas atividades nas ruas de Maceió e em alguns municípios.
Na terça-feira (22), os estudantes se dividiram em grupos, chamados de Núcleos de Vivência, e saíram da Universidade para conhecer de perto a realidade dos moradores da capital e de outras cidades de Alagoas. O foco foram aquelas comunidades que convivem diariamente com as desigualdades sociais, como a falta de emprego e as más condições de moradia.
Foram nove núcleos de vivência: Inaê, Serra da barriga, Vila emater, Cepa quilombo, Quintal cultural, Rosa Mossoró, Vila dos pescadores do Jaraguá, Vivência do circo e Pontal da barra. À noite, no espaço de socialização, os estudantes apresentaram um produto midiático ou cultural sintetizando suas experiências. O objetivo também foi estimular o pensamento crítico e refletir sobre as ações que deveriam ser concretizadas para mudar a realidade que presenciaram.
Na sexta-feira (25), os estudantes também foram para as ruas de Maceió para realizar um ato pela democratização da comunicação e contra o oligopólio midiático. Todos os participantes se reuniram na Praça do Centenário, no bairro do Farol, e saíram em direção ao centro da cidade. Durante a passeata, a mobilização parou em frente a uma empresa de comunicação, situada também no bairro do Farol, e protestaram contra o coronelismo midiático.
Para a estudante Lívia Holanda, do 6º período de Jornalismo, participar do Enecom foi uma boa experiência. “O contato com estudantes do Brasil inteiro proporciona uma troca de pensamentos e experiências sem igual. Além dos temos abordados, que me fizeram pensar sobre temas que, confesso, nunca tinha parado para analisar, me fez crescer como comunicóloga e como pessoa”, ressaltou.