O Congresso Internacional Americanista (ICA) é um evento técnico-científico interdisciplinar de ampla tradição, realizado desde o ano de 1875, reúne pesquisadores de várias partes do mundo que se dedicam ao estudo do continente americano, contemplando temáticas diversas sobre política, economia, cultura, língua, história e pré-história.

O primeiro ICA foi realizado na cidade de Nancy, França, sob a égide da Société Américaine de France com o objetivo de contribuir com os estudos etnográficos, históricos e linguísticos relativos às Américas. Paulatinamente, o evento foi evoluindo e se ampliando até alcançar diversas áreas de conhecimento técnico-científico e cultural, tais como antropologia, arqueologia, arte, direito, economia, educação, filosofia, geografia, história, linguística, literatura, sociologia e urbanismo, entre outras.

Desde a sua primeira edição, o ICA procurar alternar o lugar de realização, inclusive o continente. As dez primeiras edições foram realizadas na Europa, mas a partir daí se propagou para diversas partes do mundo. Atualmente, o evento é organizado trienalmente e contempla diversas atividades como, por exemplo, conferências, mesas redondas, reuniões de grupos de trabalho, reuniões de organizações internacionais associadas ao americanismo e simpósios.

A 56ª edição foi realizada, no período de 15 a 20 de julho deste ano, na cidade de Salamanca, Espanha, e teve como temática geral a “Universalidade e particularismo nas Américas”. Tomando como referência o seu caráter interdisciplinar, o ICA 2018 procurou refletir sobre a dialética entre a universalidade e os particularismos na produção do conhecimento, dentro de uma extensa programação que pode ser acessada diretamente no site do evento.

Nesta edição, professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) participaram de diferentes atividades, com destaque para a professora do Curso de Biblioteconomia da Dra. Maria de Lourdes Lima que, em colaboração com a Ma. Roseane Monteiro Virgínio, apresentou o trabalho MAÇAI-Ó-K: ‘o que tapa o alagadiço’ durante o Simpósio Água, saúde e urbanização desde o século XIX.

O trabalho apresentado durante o evento é fruto do encontro entre as autoras no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/UFAL). A professora Maria de Lourdes é docente do programa de pós-graduação e orientou a Roseane Virgínio na elaboração da dissertação intitulada O Espaço Lagunar na Filmografia de Celso Brandão (1975-1989): Mundaú-Manguaba, defendida no ano de 2017.