Alexandre Na Lamba*, Lucy Monteiro**, Miguel de Barros***
*Gestor e docente nas Licenciaturas em Administração e Comunicação Social e Marketing na Universidade Colinas de Boé – UCB (Guiné-Bissau). E-mail: bossalex80@hotmail.com.
**Socióloga e docente em Sociologia Aplicada na Universidade Colinas de Boé – UCB (Guiné-Bissau). E-mail: monteirolucy@hotmail.com
***Sociólogo, investigador e docente de Sociologia da Comunicação na Universidade Colinas de Boé – UCB (Guiné-Bissau). E-mail: debarros.miguel@gmail.com
RESUMO
Qual é o efeito do marketing comercial onde há elevados níveis de pobreza? O que faz com que as empresas inseridas num contexto de fragilidade social, económica, e de escassez de recursos tais como a energia eléctrica, água potável, com a maioria da população vivendo com menos de dois dólares por dia e com a incerteza de receber o salário mensal… escolham o sector de telecomunicações para investirem? Quais são os requisitos para que o cidadão comum guineense adquira um aparelho de telemóvel? Qual é o significado de possuir um telemóvel (celular)? Quais são os produtos e serviços associados à estratégia de marketing? Como é que os Media favorecem (ou não) a inculcação dos modelos e valores num meio onde maior parte da população é analfabeta e dominada pela cultura da oralidade? Mais do que deambular nos condicionalismos que a priori o fenómeno da pobreza impõe, este estudo inédito na Guiné-Bissau mostra alguns impactos desencadeados no mercado de telecomunicações pelas operadoras existentes, através da introdução da comunicação móvel, as alternativas criativas que são geradas pelo mercado e as estratégias dos consumidores/clientes face aos serviços/produtos oferecidos, enquanto um dos actores-chave do processo.
Palavras-chave: Guiné-Bissau. Telecomunicações. Marketing. Telemóvel. Pobreza.
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