Estudante de comunicação analisa experiência de interatividade em telejornal

A proposta foi avaliar como as redes sociais contribuem para uma participação maior do indivíduo nos meios de comunicação

15/05/2013 15h22 - Atualizado em 18/10/2022 às 08h15
Salmom, ao centro, recebendo certificado de Excelência Acadêmica no 1º Alagoas Caiite

Salmom, ao centro, recebendo certificado de Excelência Acadêmica no 1º Alagoas Caiite

Lenilda Luna - jornalista  

Facebook, Twitter, Instagram, etc. É cada vez mais difícil encontrar alguém que não esteja conectado a uma rede social. Essa é uma das características do século XXI, a sociedade de cultura de rede, estudada por vários teóricos da comunicação, antropologia e sociologia. Os meios de comunicação também tiveram que se adaptar a um leitor, telespectador e internauta que é cada vez mais participativo e opinativo. 

Diante desta realidade, Salmom Lucas Monteiro Costa, estudante de jornalismo da Universidade Federal de Alagoas, orientado pelo professor Ricardo Coelho, se propôs a realizar uma pesquisa sobre um caso de Alagoas. O artigo científico produzido pelo estudante foi apresentado no XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado em Fortaleza, Ceará, em setembro de 2012, e mais recentemente, no 1º Alagoas Caiite - Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia, realizado no final de abril, no Centro de Convenções, em Maceió, onde recebeu o prêmio de Excelência Acadêmica. 

O estudante observou como o público utiliza o twitter e o facebook como ferramentas para interagir com os meios de comunicação "estabelecendo novas maneiras de consumo dos meios massivos". O caso analisado foi o telejornal Pajuçara Manhã, da TV Pajuçara, afiliada da Rede Record. Embasado em conceitos dos teóricos de comunicação, o estudante analisou as postagens "referentes à reação da audiência em torno do noticiário", como destacou na introdução do artigo. 

As postagens observadas foram publicadas no período de 21 a 25 de maio de 2012. "O telejornal Pajuçara Manhã, da TV Pajuçara, utiliza a interatividade das redes sociais como instrumento essencial para agregar ainda mais a audiência. Atualmente, a atração jornalística consegue promover uma participação maior e intensa dos telespectadores, que, através da figura de dois jornalistas âncoras, interage em tempo real, seja remetendo a sua opinião, sugerindo matérias, entrevistas e enquetes", observou o estudante. 

No artigo, o estudante também faz um histórico do surgimento das redes sociais mais conhecidas e o crescimento delas no Brasil e no mundo, promovendo uma nova forma de participação social, o "ativismo virtual". É inegável a força que esses sites ocupam hoje no cenário dos novos processos comunicacionais, fazendo desses milhões de indivíduos um exército de mentes capaz de transpor barreiras hegemônicas antes inalcançáveis", ressaltou Salmom em seu artigo. 

Com o advento das novas tecnologias de comunicação, a televisão perde a hegemonia como fonte de comunicação. "O Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) – órgão representativo do segmento digital interativo – também divulgou dados importantes referentes a uma investigação sobre o modo com que os brasileiros acessam a internet. A organização constatou que 82% dos entrevistados consideram o computador o meio mais importante do domicílio", informou o pesquisador. 

Depois de resumir a história do telejornalismo brasileiro, Salmom Lucas expõe as impressões sobre o caso do Jornal da Pajuçara Manhã, exibido de segunda a sexta-feira, a partir das 7h, na TV Pajuçara, com retransmissão pelo portal TNH1. "A informalidade das redes sociais também aproxima os telespectadores das apresentadoras, estabelecendo uma relação extremamente intimista com as jornalistas âncoras do Pajuçara Manhã. Sugestão de pautas, matérias e denúncias trazem contribuições relevantes para a produção colaborativa das notícias", avaliou o estudante. 

Para conhecer na íntegra o artigo de Salmom Lucas, acesse aqui.

 

Fonte: Ascom/Ufal