:: Projeto de Extensão Coordenado pelos professores e jornalistas
:: Erico Abreu (MTb 354-AL) e Francisco de Freitas





De:
Por:
Clique para fazer a busca!
MENU
 

Universidade Federal de Alagoas - UFAL
 

21/06/2010
arte
Aberta exposição com obras de Ismael Pereira

Sem abandonar o universo nordestino, o pintor sergipano, que viveu 37 anos em Alagoas, busca inspiração nas expressões artísticas populares e traz para sua obra o folclore regional

Por Francisco Ribeiro

A amostra Do Regional ao Universal: uma Retrospectiva de Ismael Pereira, promovida pelo Centro Universitário Cesmac, sob curadoria do historiador e crítico de arte Romeu de Mello Loureiro, é composta por telas e esculturas que mostram ao público a evolução estética do artista ao longo de 40 anos de carreira. Suas obras ficarão em exposição até o dia 10 de agosto, de segunda à sexta-feira, das 10 às 12 horas e das 14 às 19 horas, na Galeria Cesmac de Arte Fernando Lopes. A entrada é franca.

Ismael Pereira é sergipano e, atualmente, reside em Aracaju. No entanto, em 1968 passou a viver em Alagoas, no município de Arapiraca, onde se radicou por 37 anos, tendo ingressado na política “elegendo-se vereador, ao longo de 10 anos e, depois, deputado estadual por três legislaturas. Não abandonou, porém, os pincéis”, relembrou Romeu Loureiro, ressaltando que a produção artística de Ismael incorporou elementos da cultura e da arte popular alagoana, em suas obras.

Os primeiros trabalhos do artista o fizeram ser considerado o legítimo representante do neo-regionalismo nordestino, ao registrar em suas telas uma sociedade rural perto de seu fim, personagens com feições melancólicas e, a emigração como única solução para os homens do campo, que não desejavam permanecer vinculados à terra. Tendo explorado ricamente essa temática, o artista ultrapassa essa fase para percorrer novos caminhos.

Sem abandonar o universo nordestino, o pintor busca inspiração nas expressões artísticas populares e traz para sua obra o folclore regional. Assim, surgem as séries Guerreiros das Alagoas, Jangada das Alagoas e Cajus, considerada a mais inovadora. Utilizando as cores como recurso principal, explora a exuberância das figuras do reisado e do guerreiro, e produz a série Galos de Briga. Após esse período, Ismael identificou-se com o abstracionismo informal onde “consegue marcar, com um cunho pessoal, próprio e inconfundível, as suas obras, individualizado-as, em meio ao universo informal globalizado e massificante”, conforme afirmou Loureiro.