:: Projeto de Extensão Coordenado pelos professores e jornalistas
:: Erico Abreu (MTb 354-AL) e Francisco de Freitas





De:
Por:
Clique para fazer a busca!
MENU
 

Universidade Federal de Alagoas - UFAL
 

12/06/2009
Saúde
Preferência dos pacientes é por estudantes de Odontologia

Precariedade nos postos de saúde de Maceió obriga população carente alagoana a procurar na Ufal tratamento dentário mais complexo

Por Isaac José

Estudantes de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) atendem diariamente dezenas de pessoas provenientes da população carente de Maceió e até do interior do Estado. A universidade é também um dos poucos lugares da capital onde se realiza alguns procedimentos mais complexos, executados pelos professores. Mas é a precariedade dos postos de saúde que leva muitos pacientes a preferirem o setor odontológico da Ufal.

Théo Fortes, ex-Secretário de Saúde de Maceió e atual secretário de Educação, é um dos professores que supervisionam os estudantes. Segundo o secretário, a melhor opção para melhorar a saúde bucal pública seria “um investimento maciço em prevenção, especialmente em crianças até 14 anos”. Ele defende que ações nesse sentido, a longo prazo, reduziriam a demanda nos postos de saúde, possibilitando a melhora do serviço prestado.

Além da dificuldade de se conseguir atendimento, o tratamento é de baixa qualidade devido aos materiais inferiores utilizados e falta de equipamentos: não há sequer máquinas para exames de raios-X. “No posto, a gente tem que dormir lá pra conseguir uma ficha”, reclama Edjara Soares, moradora do Clima Bom, que aguardava ser atendida, ontem, no bloco de Odontologia da Ufal. Para Tânia de Lima, que reside no Farol e também aguardava sua vez, os alunos fazem um trabalho até melhor que o dos profissionais formados, devido à cobrança dos professores e a vontade de se aperfeiçoarem.

Mas também há quem encontre dificuldades para conseguir atendimento na universidade. Segundo informações dos estudantes, os pacientes passam por uma triagem antes do início do tratamento, e, devido à falta de organização, algumas pessoas simplesmente não são chamadas para serem tratadas. O atendimento de urgência, pelo menos, é garantido: “Em casos de urgência, o paciente recebe uma ficha e é atendido assim que possível”, explica Davi Costa, estudante do 5° ano de Odontologia.

Para os alunos, além da experiência profissional, fica a experiência de vida. Thiago Matos, estudante do 5° ano, afirma que ajudar essas pessoas a poderem exibir um belo sorriso, “é uma realização”.