Difundir a história do continente e das várias culturas que a compõem é a proposta do ciclo de eventos que comemora, entre os dias 20 e 23 deste mês, o dia da Libertação da África.
Expostos no hall da Biblioteca Central da Ufal desde segunda-feira, 18, cartazes, bandeiras e fotos exibem partes da grande variedade de perfis que formam a identidade africana. O evento, organizado desde 2003, é uma iniciativa dos alunos do Programa Estudante Convênio de Graduação, PEC-G, que reúne intercambistas de ex-colônias portuguesas como Moçambique, Angola e Cabo Verde.
Para o estudante de jornalismo, Ismael Tchan, à frente da organização, esta é uma grande oportunidade de mostrar aos brasileiros um perfil desmistificado da África “que não é só safári, pobreza e AIDS”. A tradição na construção do conhecimento faz da universidade o ambiente ideal para esse tipo de iniciativa. “Todas as universidades federais aonde há estudantes africanos deveriam comemorar a data”, diz Ismael. Na abertura do evento, uma amostra de cinema exibiu o processo de colonização do continente. Os estudantes puderam discutir, em palestra com professores da universidade, questões como a repressão da religiosidade africana, prática ainda muito comum no Brasil atualmente.
A programação também incluiu um torneio de futsal entre os estudantes, encerrado ontem no ginásio poliesportivo. Houve ainda, no final da tarde, apresentação de música e dança. Festa e missa de confraternização encerrarão as atividades hoje, 23 e seunda, 25, respectivamente.
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) há 37 anos, o Dia da África representa a luta pela independência e emancipação política do continente. Comemorado em 25 de maio, ele marca a formação em 1963, do que hoje é a União Africana.