Todo ano, nesta época de festas juninas, sempre há muitos casos de acidentes envolvendo fogos de artifício. Em geral, a maioria das vítimas são crianças que estão desacompanhadas dos pais. Quando acontecem, esses acidentes são gravíssimos, e muitas vezes chegam a causar perda de membros do corpo de suas vítimas, como mãos e braços.
Este ano, estão sendo registrados menos acidentes com fogos, segundo o Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same), da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages. Até o dia 20 deste mês, apareceram apenas quatro casos, número pequeno em relação ao do mesmo período do ano passado.
Médicos informam que no histórico de atendimentos do hospital observa-se o uso indevido dos produtos juninos como causa desses acidentes. Eles recomendam que as pessoas devam evitar acender os fogos direto na fogueira, assim como evitar acendê-los na mão, pois mesmo comprando fogos de boa qualidade, sempre há o risco deles falharem ou terem algum defeito. Também é recomendado não se acender as fogueiras usando algum tipo de produto inflamável, como álcool líquido, gasolina ou querosene, já que muitos acidentes também são registrados por mau uso desses combustíveis.
Os pais, por sua vez, devem ficar atentos sobre a potência explosiva dos fogos, comprando somente de acordo com a idade da criança, e para a necessidade de estarem sempre por perto quando seus filhos os utilizarem. “Mesmo àqueles tipos simples, como ‘coqueirinho’ e ‘chuvinha’, apesar de parecerem inofensivos, podem atingir a roupa da criança e seu corpo, deixando seqüelas para o resto da vida”, afirma a médica Márcia Rebelo, Coordenadora do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da Unidade de Emergência.
A recomendação dela em caso de acidente com fogos de artifício é que seja feita a limpeza do local com bastante água, e levar a vítima imediatamente ao hospital.