Uma nova atividade está tomando conta do universo jovem “underground” de Maceió. É o Le Parkour. O nome pode parecer estranho, mas a atividade é levada muito a sério pelos seus participantes. Praticado normalmente em vias públicas, o “Parkour”, como é mais conhecido, prima pela superação dos obstáculos que os homens têm diariamente e seus movimentos exigem destreza, força, agilidade e raciocínio rápido.
Em Maceió, vários lugares estão servindo como pontos de encontro para esses jovens, como o Posto 7 e a Praça Vera Arruda, na orla de Maceió. Para o praticante Adriano “Pop”, 22, a imprevisibilidade é uma das melhores características do Le Parkour, pois permite que ele seja praticado tanto em áreas rurais quanto urbanas. “Em alguns Estados brasileiros existem áreas destinadas à prática do Parkour, mas, embora isso legitime a atividade, é ruim por que perde a sua principal característica que é a de não previsibilidade dos lugares de treino. Para praticar precisamos encontrar sempre lugares novos, que ainda não conhecemos”, disse Adriano.
Mas apesar da sua dinamicidade e perigo, os praticantes não consideram o Le Parkour como um esporte radical. O estudante Cristiano Gonçalves, 19, considera que a atividade não pode ser esportiva porque não se enquadra dentro de uma filosofia competitiva. Para ele, mais que uma atividade física, o Parkour é, acima de tudo, uma arte. “Não pratico um esporte, pois não viso ser o melhor. A principal característica do Parkour é a total liberdade de expressão e espontaneidade e, por isso, sofremos muito com preconceitos da sociedade, que não entende a filosofia dessa arte e considera nossa prática como vandalismo”, reclama Cristiano.
O Le Parkour tem origem francesa e só começou a ter visibilidade no Brasil em 2004, quando ganhou muitos adeptos em São Paulo e Brasília. Só recentemente alcançou sucesso em outros Estados, como Maceió. A expressão Le Parkour foi dada pelo seu fundador David Belle e vem de um treinamento militar famoso na França: Parcours du Combattant (Percurso do Combate).