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Universidade Federal de Alagoas - UFAL
 

08/06/2008
Educação
É HORA DA LEITURA...

Iniciativas das escolas públicas e privadas para incentivar o hábito da leitura entre as crianças aumentam cada vez mais no Estado de Alagoas

Por Marcos Filipe Sousa

Castelos, fadas, bruxas, bonecas de pano e sabugos de milho rondam o universo imaginário das crianças há muito tempo. Em um Estado como Alagoas onde, segundo a própria Secretaria de Educação, o Índice de Desenvolvimento Educacional é um dos mais baixos do País, fica difícil imaginar que todas as crianças tenham acesso a esse mundo que a leitura pode proporcionar.

Vitória Maria de Barros Barbosa, 7 anos, cursando a 2ª série da Educação Infantil, diz que adora ler: “a tia coloca a gente em círculo, lê uma história e depois pede pra gente desenhar e pintar”. Além de incentivo na escola, Vitória também lê livros em casa, e segundo ela o mais divertido de ler foi o conto da Chapeuzinho Vermelho, sendo sua personagem favorita a vovó.

Nem todas as crianças possuem o mesmo incentivo que a nossa pequena leitora tem. Iniciativas públicas e privadas cada vez mais querem mudar esse quadro de exclusão das nossas crianças do universo literário. Segundo um estudo feito pela ONU no ano de 2005, Alagoas possui um quadro muito pequeno de crianças que chegam ao Ensino Fundamental sem ter um conhecimento razoável na sua habilidade de interpretação de textos e discussão de determinados assuntos.

O que o hábito de ler pode contribuir para a mudança desse quadro?

Segundo os pedagogos infantis a leitura incentivada na infância é capaz de construir crianças e futuros adultos mais críticos da realidade que os cercam. Ainda afirmam que é preciso mudar esse quadro nas escolas públicas, onde o ensino é precário e onde os recursos são escassos. “O uso de técnicas capazes de incentivar o hábito de ler é sempre bem vinda”, afirmam os professores da Educação Infantil do Colégio Estadual Eunice de Lemos Campos, no bairro do Benedito Bentes.

Enquanto as escolas públicas tentam mudar essa realidade com os recursos que disponibilizam, os colégios particulares montam projetos pedagógicos na tentativa de mudar esse quadro como o uso de paradidáticos – livros com pequenos contos apropriados para a leitura das crianças em seus primeiros passos –, e pequenas atividades, como a leitura e o trabalho que a “tia” da pequena Vitória faz na sala de aula.

Os professores reclamam que na rotina de vida atual, aonde tudo é pré-fabricado e as informações já vêm mastigadas, as crianças não querem perder mais tempo lendo, preferem assistir a programas e desenhos na TV onde tenham o mínimo esforço de observação. Por isso eles tentam mudar essa situação com os recursos que podem usar na sala de aula.

No âmbito de iniciativas públicas, também estão sendo elaborados projetos para a leitura entre os pequenos. No aniversário de 142 anos da Biblioteca pública, ano passado, foram discutidas soluções de instituições e parceiros para a propagação do conhecimento no Estado e incentivo ao hábito de ler.

Alguns projetos já são feitos como o “Fome de Leitura”, que tem como objetivo apoiar a instalação de bibliotecas comunitárias, promovendo ações de incentivo à leitura, como a do conjunto Graciliano Ramos, onde o projeto foi instalado pela primeira vez.

Outro que está em andamento é o “Ler para crer: leitura é um prazer”, que incentiva a leitura além das portas das bibliotecas, promove visitas de alunos do ensino fundamental e desenvolve atividades lúdicas e oficinas de como contar histórias. E o “Sorria, você está com a biblioteca”, desenvolvido na Santa Casa de Misericórdia de Maceió nos setores da Enfermaria e de Oncologia Infantil do SUS, que leva a leitura para as crianças hospitalizadas.

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