Apresentação

       O curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas tem seus precedentes na criação do Curso de Comunicação Social (COS) em 1978.  O Curso era reivindicação do Sindicato dos Jornalistas, presidido pelo Jornalista Aldo Ivo e da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), Secção de Alagoas, liderada por Luiz Tojal e José Otavio Rocha.

       No início de 1978, convidado pelo Prof. Manoel Ramalho de Azevedo (Reitor), o Prof. Carlos Alberto Sarmento Cavalcanti de Gusmão realiza um projeto de criação do Curso. Este incluiu uma justificativa que teve base numa ampla pesquisa de mercado de trabalho em Alagoas e um Projeto Curricular.

       O primeiro coordenador - temporário - foi a Prof.ª Vera Romariz e, depois, a Prof.ª Marilú Gusmão. Essa condução se dava no início do processo de implantação do curso. Logo após, assumiu o Prof. Salomão de Barros Lima, que foi sucedido pelo prof. Carlos de Gusmão que também esteve coordenador nos momentos de reconhecimento pelo MEC.

       O COS começou com as habilitações de Jornalismo e Relações Públicas. Como a maioria das novas atividades acadêmicas, sustentava grandes problemas de infraestrutura e no corpo docente, visto que, aqueles que, boa parte daqueles que fomentaram a fundação não poderiam assumir como professores por não terem formação na área. Como paliativo, eles foram apenas provisionados.

       No momento de sua fundação, o curso contava com apenas um professor concursado, Aluízio Ferreira da Silva. Na sequência, Luiz Plácido Tojal, por ter se formado em Direito, concorreu à cadeira de professor de direito da comunicação. O primeiro vestibular foi realizado em 1979. No segundo semestre do mesmo ano, houve o ingresso da primeira turma.

       Em 1983, também foi realizada a primeira eleição para a chefia de departamento e coordenação uma vez que, embora já existissem os cargos anteriormente, este era o primeiro pleito com consulta à comunidade acadêmica (um dos primeiros do país em uma instituição de ensino superior federal). Os eleitos foram o professor Almir Gulhermino, para chefia de departamento, e o professor Carlos de Gusmão, para a coordenação do curso.

       Comunicação Social, com as habilitações em Jornalismo e Relações Públicas, surge como primeiro curso, nessa especificidade, implantado no estado de Alagoas, sob forma de bacharelado, no final da década de 1970. Deste então, tem alinhado suas ações no âmbito dos objetivos gerais da Universidade Pública, contribuindo para a formação de profissionais na área, hoje atuantes em diferentes organizações.

       Em 2015, Relações Públicas deixa de ser uma habilitação para se tornar um curso de bacharelado independente com matriz curricular própria. O ensino de Relações Públicas na Ufal entra em uma nova fase de especificidade. Requer transformações para deixar de ser uma habilitação do bacharelado em Comunicação Social e passar a configurar como curso específico, formando, a partir de então, bacharéis em Relações Públicas. Neste novo cenário, o Curso de Relações Públicas almeja alinhar pesquisa, teoria, ética, técnica e boa prática profissional contribuindo para a qualificação desta área, hoje fundamental para o desenvolvimento humano, para a justiça social e para a garantia das liberdades políticas no mundo contemporâneo.

 

Estrutura física, mobilização e o reconhecimento do MEC

 

       No início, o antigo Curso de Comunicação Social funcionava nas dependências do antigo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CHLA), atual Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA) e não possuía salas de aula próprias do Curso. Aos poucos, o COS foi adquirindo estrutura própria como uma sala para coordenação, outra para biblioteca setorial, hemeroteca e banco de dados, além de outra sala de aula que funcionava como depósito para materiais e equipamentos, que devido à falta de espaço físico, não podiam ser utilizados. Em 1986, a coordenação do COS, alunos e professores se uniram para obter o reconhecimento do MEC. O professor Fernando Gama, na época pró-reitor também ajudou o grupo a elaborar um Plano Pedagógico e criar o Departamento de Comunicação (DECOS).

        Atualmente, o Curso de Relações Públicas possui dois prédios destinados às atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, ambos divididos com o Curso de Jornalismo.

 

Campo de atuação

 

       O bacharel em Relações Públicas atuará como articulador de políticas de comunicação em organizações públicas, privadas e do terceiro setor. Entre estas também podemos citar aquelas ditas organizações de mídia (emissoras de rádio, TV, mídia impressa, mídias digitais), consultorias, assessorias, ouvidorias.

       Em sua atividade, planeja e desenvolve programas e instrumentos para a comunicação organizacional interna e externa, atuando na gestão do relacionamento das organizações com seus públicos. Planeja e organiza eventos de diferentes naturezas, promovendo ações para a construção da imagem e de identidade das organizações. Elabora políticas, projetos e programas específicos de comunicação para as diversas organizações, grupos e movimentos da sociedade civil. Em sua atuação, deve respeitar os fundamentos éticos prescritos para a sua atividade profissional, a partir do reconhecimento das expectativas e demandas da sociedade em relação ao seu papel social e ao produto de sua atividade.

       Desta forma, o bacharel em Relações Públicas pode atuar como pesquisador em Instituições de Ensino Superior; em empresas prestadoras de serviços; nas assessorias de comunicação de órgãos públicos e empresas privadas; em assessorias parlamentares; em organizações não-governamentais e civis de interesse público; em organizações sociais. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.