Espelho da Prova Escrita
Etapa 2 - Pontos Sorteados para a Prova Escrita.pdf
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DA UFAL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DE FILOSOFIA
EDITAL Nº 01/2024 – PROPEP - CPG/UFAL/PPGFIL
PROCESSO SELETIVO: MESTRADO EM FILOSOFIA
ETAPA II: PROVA ESCRITA (QUESTÕES E ESPELHOS)
LINGUAGEM E COGNIÇÃO
Questão 01
A questão “o que é o conhecimento?” é o tema central do diálogo Teeteto de Platão. Na passagem
selecionada, Sócrates e Teeteto discutem em detalhes duas tentativas diferentes de resposta a
esse problema. Apresente cada uma dessas definições propostas e, em seguida, reconstrua os
principais argumentos pelos quais Sócrates as considera insatisfatórias.
Referência: PLATÃO. Teeteto. Tradução de Adriana M. Nogueira e Marcelo Boeri. 2a ed. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. pp. 272-322 [187b-210d].
Espelho da resposta:
(1) Platão examina três tentativas distintas de definir o que é o conhecimento no diálogo
Teeteto: (a) conhecimento como percepção; (b) conhecimento como opinião (ou crença)
verdadeira; e (c) conhecimento como opinião verdadeira acompanhada de uma
explicação ou justificativa (logos). Espera-se que o(a) candidato(a) identifique claramente
as definições (b) e (c), abordadas na passagem selecionada;
(2) Discutir em detalhes a distinção entre crença (ou opinião) e conhecimento;
(3) Apontar que Sócrates investiga minuciosamente a natureza da opinião falsa antes de
apresentar a sua objeção à definição de conhecimento como opinião verdadeira;
(4) Apresentar as cinco diferentes maneiras pelas quais a noção de opinião falsa pode ser
entendida e as razões que Sócrates oferece para rejeitá-las;
(5) Reconstruir a principal objeção de Sócrates à definição de conhecimento como opinião
verdadeira. O(A) candidato(a) deve analisar o contraexemplo oferecido por Sócrates (o
caso do juiz) e explicar por que opiniões verdadeiras podem ser acidentais, baseadas em
palpites ou em mera sorte. Ter conhecimento de uma proposição requer uma conexão
estável com a verdade da proposição. Sócrates demonstra que acreditar verazmente em
uma proposição não é suficiente para se ter conhecimento dessa proposição;
(6) Explicar o papel central da teoria ou hipótese do sonho de Sócrates para o debate em
torno da definição de conhecimento como opinião verdadeira acompanhada de logos;
(7) Explicitar as três possíveis definições de logos discutidas por Sócrates e as razões pelas
quais ele considera que nenhuma delas é capaz de tornar uma crença verdadeira um caso
de conhecimento. Ou seja, o(a) candidato(a) deve reconstruir o argumento de Sócrates
de que ter uma opinião verdadeira acompanhada de logos não constitui conhecimento;
(8) Concluir que o desfecho do diálogo consiste em uma aporia, a saber, que a investigação
realizada por Sócrates e Teeteto é inconclusiva quanto à natureza do conhecimento.
SUBJETIVIDADE E SOCIEDADE
Questão 01
Disserte sobre a “dialética do senhor e do escravo”, sua importância como momento fundacional
de uma teoria do reconhecimento, levando em conta a relação lógico-conceitual
“desejo/trabalho/reconhecimento” dentro da sistemática apresentada pelo texto de Hegel; e
situe esta importante parábola da filosofia ocidental dentro do contexto geral da obra
“Fenomenologia do Espírito” e do Sistema Hegeliano.
Referência: HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Vol. I. "Independência e dependência da
Consciência de si: Dominação e Servidão." Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1992, pp. 126-134.
Espelho da resposta:
(1) Comentar sobre a importância da dialética do senhor e do escravo no contexto
fundacional de uma teoria do reconhecimento;
(2) Situar a dialética do senhor e do escravo dentro do contexto geral da obra
“Fenomenologia do Espírito” e do Sistema Hegeliano;
(3) Comentar sobre a relação lógico-conceitual “desejo/trabalho/reconhecimento” dentro da
sistemática apresentada pelo texto de Hegel.