2018

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PPC Bacharelado 2018 - ajustes da extensão 2019-agosto (Final).pdf
Documento PDF (1.1MB)
                    Universidade Federal de Alagoas
Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e
Artes - ICHCA

Curso de História– Bacharelado

Reitor: Valéria Correia
Vice-Reitor: José Vieira
Pró-Reitor de Graduação – PROGRAD: Sandra Regina Paz da Silva
Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes Diretor: Prof. Dr. José Edson Lino Moreira Vicediretor: Prof. Dr. Alberto Vivar Flores
História Bacharelado Coordenador do Curso: Profª. Drª. Célia Nonata
Vice-coordenadora: Profª. Drª Flávia Carvalho

Maceió 2016 (REFORMULAÇÃO DA PARTE DE EXTENSÃO EM
JULHO DE 2019)

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Universidade Federal de Alagoas
Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes História –
Bacharelado
Coordenação Colegiada do curso (2017-2019)
Titulares:
Profª. Drª. Célia Nonata(coord.)
Profª. Drª. Flávia Carvalho (Vice-coordenadora)
Profª Drª Michelle Reis
Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva
Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani
Suplentes:
Prof.ª Ms. Clara Suassuna Fernandes
Prof.ª Dra. Irinéia Maria Franco dos Santos
Prof. Drª. Lídia Baumgarten
Prof. Drª. Arrisete Cleide Lemos Costa
Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra

Discente:
Carlos Alexandre de Araújo Lemos Filho (titular)
Allan de Sá Barreto de Freitas (suplente)
Representantes dos técnico-administrativos:
Cibelle Virginia da Silva Vasconcelos (titular)
Karolina Nascimento (suplente)

1. Núcleo Docente Estruturante
Portaria nº 1.652 – outubro/2016 (publicado no BP/UFAL em outubro de 2016)
Profª. Drª. Irinéia Maria Franco dos Santos
Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra
Profª. Drª. Celia Nonata da Silva
Profª. Drª. Flávia Maria de Carvalho
Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Maceió, 2016 (Aprovação)
Maceió, 2018 (Execução)
Maceió, 2019 (Atualizado)

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Coordenação Colegiada do curso e Núcleo Estruturante responsável pela atualização
feita em julho de 2019
Titulares Bacharelado:
Profa. Dra. Raquel de Fátima Parmegiani
Prof. Dr. Elias Ferreira Veras
Representante dos discentes Colegiado do Bacharelado
João Paulo (titular)
Gabriel Montilla (suplente)
Colegiado do Bacharelado:
Prof.ª Raquel de Fátima Parmegiani
Prof. Elias Ferreira Veras
Prof.ª Ana Paula Palamartchuk
Prof.ª Flávia Maria de Carvalho
Prof.ª Célia Nonata da Silva
Suplentes Colegiado do Bacharelado:
Prof.ª Lídia Baumgarten
Prof.ª Irineia Maria Franco dos Santos
Prof. Osvaldo Batista Acioly Maciel
Prof. Anderson da Silva Almeida
Prof. Antônio Alves Bezerra

Núcleo Docente Estruturante
Portaria nº 1.652 – outubro/2016 (publicado no BP/UFAL em outubro de 2016)
Profª. Drª. Lídia Baumgarten
Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra
Prof. Dr. Elias Ferreira Veras
Prof.ª Drª. Ana Paula Palamartchuk
Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani
Suplentes:
Prof. Dr. Anderson da Silva Almeida
Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel

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Universidade Federal de Alagoas
Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes

Curso de Bacharelado em
História
Projeto Pedagógico do Curso de
Bacharelado em História, elaborado com
objetivo de adequação às Diretrizes
Curriculares Nacionais.

Equipe Executora do Projeto:
Prof.ª Drª. Célia Nonata da Silva
Profª Drª Flávia Maria de Carvalho

Maceió, 2016 (Aprovação)
Maceió, 2018 (Execução)
Maceió, 2019 (Atualizado)

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Sumário
Apresentação.................................................................................................................................6
1. Dados de identificação do curso...............................................................................................7
1.1 Contextualização regional da IES.........................................................................................10
1.1.2 Histórico do Curso ………………………………………………………………………11
1.2. Justificativa …………………………………………………………………………….....16
1.3. Perfil do Egresso…………………………………………………………………………..19
1.4. Habilidades, competências e atitudes………………………………………………...…...20
2. CONCEPÇÃO DO CURSO…………………………………………………………….…. 22
2.1. Objetivo Geral………………………………………………………………………..…...24
2.1.2. Objetivos específicos…………………………………………………………………... 25
2.2. Integração: ensino, pesquisa e extensão……………………………..................................26
2.2.1. Laboratórios de Pesquisa..................................................................................................27
2.2.1.1. Laboratório Cinema e História - LACHis.....................................................................27
2.2.1.2. Laboratório de Leitura e Outras Histórias.....................................................................28
2.2.1.3. Centro de Pesquisa e Documentação Histórica - CPDHis............................................28
2.2.1.4.1. Revista Crítica Histórica............................................................................................30
2.2.2. Grupos de Pesquisa..........................................................................................................30
2.2.3. Laboratório de Informática..............................................................................................34
3. ORGANIZAÇÃO DA GRADE CURRICULAR: MATRIZ E PROPOSTA………….…..35
3.1.1 Matriz e proposta curricular............................................................................................39
3.1.1.1 Ementas………………………………………………………………...............….....44
3.1.2 Proposta da Matriz curricular ……………………………………………………..........82
3.1.3 Atividades Complementares……………………………………………………….........85
4. Atividades de Curricularização da Extensão……………………………………….............86
4.1. Programa de Extensão do Curso…………………………………………………….........91
4.2. Atividades e Projetos de Extensão…………………………………………………..........99
5. METODOLOGIA ...............................................................................................................108
5.1. Das atividades……………………………………………………………...…................113
5.2. Núcleo Docente Estruturante - NDE ...............................................................................114
6. Avaliação.............................................................................................................................116
7. APOIO AOS DISCENTES……………………………………………….....................…117
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………............120
ANEXOS ……………………………………………………………………………………………………………..122

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Apresentação
O presente projeto pedagógico do curso de História Bacharelado tem como objetivo
corresponder às principais expectativas dos docentes e discentes da Universidade Federal de
Alagoas quanto ao aprimoramento do saber e da capacitação técnica e produtiva da
universidade, contemplando as necessidades de atualização das demandas contemporâneas
da produção historiográfica e a necessidade do próprio contexto social no qual estamos
inseridos.
Quanto às demandas historiográficas atuais, dispomos nossa perspectiva nas
metodologias a serem empregadas pelo curso de História em Bacharelado. Ampliando esta
proposta apresentamos a atividade interdisciplinar que leve o desempenho docente ao
conhecimento e às demandas historiográficas atuais.
Também, o presente Projeto Pedagógico do curso se insere nas demandas atuais legais
que fomentam a necessidade de reformulação em determinadas situações que contemplamos
no curso. Assim, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos
Humanos – CNE/CP nº 08-2012, buscamos ampliar a discussão para as disciplinas
específicas das áreas de História Contemporânea e áreas de História do Brasil, sendo
possível trabalhar este eixo transversal em outras disciplinas e nas atividades
interdisciplinares como proposto pelas Atividades de área, como consta na parte da
Metodologia do PPC. Este procedimento também foi válido para a questão ambiental da Lei
9.795 de 2002, entendendo que a temática daí resultante pode e deve ser trabalhada por todas
as disciplinas, perfazendo o assunto nas suas ementas e nas dinâmicas interdisciplinares. A
exemplo, a ementa da disciplina de Contemporânea I, que contempla a discussão de Direitos
Humanos, Meio Ambiente e Gênero, insere-se nesta preocupação do PPC do Curso para
alcançar efeitos satisfatórios da Lei.
No aspecto da Lei nº 12.764 sobre a proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista dispomos sobre o assunto no inciso ‘Avaliação’, como consta no presente Projeto.
Todo este aspecto de reformulação do curso de História Bacharelado e as demandas
do CNE/CES nº 02 de 2007 (tempo de integralização) estão contempladas no aumento da
carga horária das disciplinas do próprio curso, assim como as prerrogativas atuais do
Conselho de Educação MEC.

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Esta possibilidade curricular se dará a partir do primeiro semestre de 2018, e para tanto
apresentamos os recursos e justificativas incluídas neste Projeto como argumento para um
melhor aprimoramento do saber científico.

1.

Dados de identificação

Mantenedora: Ministério da Educação (MEC)
Município-Sede: Brasília – Distrito Federal (DF)
CNPJ: 00.394.445/0188-17
Dependência: Administrativa Federal
Mantida: Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Código: 577
Município-Sede: Maceió
Estado: Alagoas
Região: Nordeste
Endereço do Campus sede: Campus A. C. Simões – Cidade Universitária, Maceió – AL
Rodovia BR 101, Km 14. CEP: 57072-970
Telefone: (82) 3214-1100 (central)
Portal eletrônico: WWW.ufal.edu.br
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes
Curso: História
Modalidade: Bacharelado em História
Título oferecido: Bacharel em História
Nome da Mantida: Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Campus: A. C. Simões
Município: Maceió
Estado: Alagoas
Região: Nordeste
Endereço de funcionamento do curso: Av. Lourival Melo Mota s/nºbloco 20 – Tabuleiro dos
Martins, CEP: 57072-900
Portal eletrônico do curso: http://www.ufal.edu.br/ichca/graduacao/historia
Portaria de Reconhecimento: Decreto nº 36.657/54
Turno: Vespertino

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Carga Horária Total: em horas e hora/aula

Componentes
Curriculares
Ace
Fixas
Eletivas
Estágio
Supervisionado
Atividades
Complementares
TCC
Total

Hora aula 60 min
326
2196
288
200
200
50
2934

Duração: 4 anos (mínima) a 6 anos (máxima)
Vagas (anual): 40
Formas de Acesso ao Curso: A principal forma de acesso aos cursos da Universidade
Federal de Alagoas é normatizada pela Resolução nº 32/2009 – CONSUNI – UFAL, de 21
de maio de 2009, que trata da adoção do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) como
o Processo Seletivo da Universidade Federal de Alagoas. Outras resoluções e legislações
nacionais normatizam as demais formas de ingresso no curso através de transferência,
reopção, matrícula de diplomados, Programa de Estudantes – Convênio de Graduação etc,
normalizadas pela Pró-Reitoria de Graduação.

Corpo Docente:
Prof. Dr. Anderson Almeida
Prof. Dr. Alberto Vivar Flores
Profª. Drª. Ana Claudia Aymoré Martins
Profª. Drª. Ana Paula Palamartchuk
Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra
Profª. Drª. Arrisete Cleide Lemos Costa
Profª. Drª. Célia Nonata da Silva
Profª Ms. Clara Suassuna Fernandes
Prof. Dr. Elias Veras

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Profª. Drª. Flávia Maria de Carvalho
Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva
Profª. Drª. Irinéia Maria Franco dos Santos
Prof. Dr. José Alberto Saldanha de Oliveira
Prof. José Roberto Gomes da Silva
Prof. Esp. José Roberto Santos Lima
Profª. Drª. Michelle Reis de Macedo
Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel
Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Corpo Técnico Administrativo:
Cibelle Virgínia da Silva Vasconcelos
Karolina Nascimento
Josenilda Cavalcanti
Titulares:
Profª. Drª. Célia Nonata (coord.)
Profª. Drª; Flávia Carvalho (Vice-coordenadora)
Profª Drª Ana Paula Palamartchuk
Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva
Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani
Suplentes:
Prof.ªMs. Clara Suassuna Fernandes
Prof.ª Dra. Irinéia Maria Franco dos Santos
Prof. Drª. Michelle Reis
Prof. Drª. Arrisete Cleide Lemos Costa
Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra
Discente:
Carlos Alexandre de Araújo Lemos Filho (titular)
Allan de Sá Barreto de Freitas (suplente)
Representantes dos técnico-administrativos:
Josenilda Cavalcante TAE (titular)
Karolina Nascimento (suplente)

10

1.1. Contextualização regional da IES.
Com uma extensão territorial de 27.767.661 km², o estado de Alagoas é composto
por 102 municípios distribuídos em 3 mesorregiões (Leste, Agreste e Sertão) e 13
microrregiões. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, apresentava população residente
de 3.120.922 habitantes, sendo 73, 64% em meio urbano.
O PIB per capita estadual era de R$ 6.728,00, em 2009, sendo o setor de serviços o
mais importante na composição do valor agregado da economia com participação de 72%.
Os 28% restantes estão distribuídos em atividades agrárias – tradicionalmente a policultura
do Agreste, a pecuária no Sertão e o plantio de cana-de-açúcar na Zona da Mata, além do
turismo.
Nesta realidade geográfica e social é criada a Universidade Federal de Alagoas –
UFAL, é Pessoa Jurídica de Direito Público – Federal, CNPJ: 24.464.109/0001-48, com sede
à Avenida Lourival de Melo Motas/nº, Campus A. C. Simões, no Município de Maceió, no
estado de Alagoas, CEP: 57.072-970. A universidade foi criada pela Lei Federal nº 3.867,
de 25 de janeiro de 1961, a partir do agrupamento das então Faculdades de Direito (1933),
Medicina (1951), Filosofia (1952), Economia (1954), Engenharia (1955) e Odontologia
(1957), como instituição federal de educação superior, de caráter pluridisciplinar de ensino,
pesquisa e extensão, vinculada ao Ministério da Educação, mantida pela União, com
autonomia assegurada pela Constituição Brasileira, pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – Lei 9394/96 e por seus Estatutos e Regimento Geral.
Possui estrutura multicampi, com sede localizada no Campus A. C. Simões, em
Maceió, onde são ofertados 102 cursos de graduação. O processo de interiorização, iniciado
em 2006, expandiu sua atuação para o Agreste, com o Campus de Arapiraca e com Unidades
Educacionais em Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa, com a oferta de 23 cursos. No ano
de 2010, chegou ao Sertão com a instalação do Campus de Delmiro de Gouveia e uma
Unidade Educacional em Santana do Ipanema, com oferta de 8 cursos presenciais.
Além dos cursos presenciais, há 11 ofertados na modalidade Educação à Distância,
através do sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB. A pós-graduação contribui
atualmente com 31 programas de Mestrado e 9 de doutorado, além de cursos de
especialização em várias áreas do conhecimento.
As atividades de pesquisa vêm crescendo anualmente com a participação de linhas e
grupos de pesquisas que atuam em diversas áreas do conhecimento. A extensão contribui

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com diversos programas e, assim como a pós-graduação, também aponta para um processo
de expansão.
O ingresso dos estudantes na UFAL se efetiva por meio de processo seletivo através
do ENEM e da plataforma SISU / MEC (Sistema de Seleção Unificada). Neste sentido, a
inserção espacial da UFAL leva em consideração as demandas apresentadas pela formação
de profissionais em nível superior, e a divisão do Estado em suas meso e microrregiões. Essa
configuração espacial é contemplada com uma oferta acadêmica que respeita as
características econômicas e sociais de cada localidade, estando as suas unidades instaladas
em cidades pólo consideradas fomentadoras do desenvolvimento local.
Com o processo de interiorização, a UFAL realiza cobertura universitária
significativa em relação à demanda representada pelos egressos do Ensino Médio do estado
de Alagoas, à exceção do seu litoral norte, cujo projeto de instalação do Campus no
município de Porto Calvo se encontra em tramitação no SESu / MEC.

1.1.2. Histórico do Curso.
O curso de Graduação em História da Ufal teve seu decreto de funcionamento
autorizado em 30 de janeiro de 1952, sendo reconhecido quase dois anos depois, em 24 de
dezembro de 1954. Todavia, o início das atividades do curso ocorreu antes mesmo da criação
da Ufal, em 1961, isto porque em 1950 havia sido fundada a Faculdade de Filosofia de
Alagoas, à época instituída por Getúlio Vargas, sendo desta instituição a origem da
Universidade Federal de Alagoas. Na antiga FFA já havia o curso de História que foi
remodelado a partir da inauguração da UFAL, com a criação do Centro de Humanidades,
Letras e Artes (CHLA), hoje Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA).
Atuando em regime presencial, a habilitação ofertada em 1954 era de um curso de
bacharelado, já que naquela altura entendia-se que aqueles formados neste grau poderiam
atuar no campo da pesquisa científica e no ensino (primário, colegial e superior, para usar a
terminologia daquele momento). Assim, na prática, formava-se o historiador tanto com a
habilitação em licenciatura como em bacharelado.
Entretanto, em 1971, quando houve uma reestruturação curricular, foi excluída a
habilitação em bacharelado. À época, a principal argumentação utilizada para a exclusão do
bacharelado da habilitação em História desta IES, teria sido o da suposta “estreiteza” do

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mercado de trabalho para o pesquisador em âmbito regional e, mais especificamente, no
Estado de Alagoas. Em 1992, os professores Clara Suassuna Fernandes, Patrícia Pinheiro
(hoje professora da UFPE) e José Roberto Santos Lima elaboraram uma proposta para a nova
implantação do curso. No entanto, a proposta acabou por ser alvo de resistências no interior
do próprio Departamento, até ser finalmente rejeitada.
Da exclusão do bacharelado da habilitação e da matriz curricular do curso de História
passaram-se mais de três décadas. Neste ínterim, as mudanças no contexto regional já
haviam propiciado o desenvolvimento de condições necessárias para a pesquisa na área. No
início do século XXI, cresceu, significativamente, a demanda reprimida em relação a esta
formação e habilitação, e no próprio interior do corpo docente do curso intensificou-se o
desejo coletivo a favor da reimplantação do Bacharelado. Naquele mesmo período, foram
implantados dois cursos de especialização simultâneos na área de História nesta
Universidade – o primeiro em História do Brasil e o segundo em História do Nordeste – e as
matrículas nos exames de seleção superaram em muito as expectativas das coordenações dos
cursos, o que por si só já se constituiu em indício significativo dos interesses e necessidades
dos egressos da Licenciatura pela formação continuada.
Anos mais tarde, buscando um enquadramento nas novas orientações do MEC, que
extinguiu o sistema de habilitações e implantava o de modalidades, o curso de História, em
2006, passou a ofertar duas modalidades de formação separadamente: Bacharelado e
Licenciatura. Esta realidade atual visou dar conta das especificidades de formação, não
eliminando a relação intrínseca ao longo do processo de desenvolvimento formativo entre
pesquisa e acervo documental. Mas, por outro lado, proporcionou a peculiaridade da
instituição e do curso no Nordeste, já que é um dos poucos que ofertam a modalidade
Bacharelado na região.
Em face dessa questão, os novos projetos políticos pedagógicos davam conta também
da reestruturação dos regimes dos cursos que ora funcionavam anualmente e que passavam
a ter a estrutura semestral. No entanto, percebemos que as diferenças entre as modalidades:
Bacharelado e Licenciatura, dificultavam a formação integral do estudante e muitas vezes
inviabilizavam o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão como eixos
basilares de integração da universidade com a sociedade. Neste sentido, aproveitamos a
oportunidade para alterar as propostas teóricos-metodológicas com atualizações de ementas,
organização de matriz curricular e enquadramentos em determinações legislativas do MEC,
de maneira a aproximar os currículos e o perfil teórico metodológico das duas modalidades.

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Portanto, o penúltimo Projeto Pedagógico do Curso de História é o resultado das
alterações ocorridas no transcorrer deste curso no interstício de 2006 a 2011, que passaram
por avaliações e análises entre os anos de 2014 a 2015. Ele resulta de um intenso processo
de reflexão entre o corpo docente, que ganhou nova configuração ao longo desses anos
configurando um quadro coeso e completo, apresentando-se em 2015 com dezenove
docentes, dos quais quatorze portadores do título de doutor.
Apontamos, pois, os pontos considerados como prementes necessidades para o
desenvolvimento e aprimoramento das metodologias e técnicas de pesquisas componentes
do ofício do Bacharel em História:
1) Busca de produção científica através de pesquisas conjuntas entre o corpo docente
e discente, tendo como locus privilegiado a orientação das atividades realizadas no
âmbito das disciplinas de Estágio Supervisionado I e II.
2) Valorização das práticas de interdisciplinaridade, o que inclui a adoção de
metodologias de pesquisa diferenciadas que possam fornecer aos alunos
instrumentos de identificação, classificação, organização e interpretação dos mais
diferenciados tipos de documentos.
3) Criação de mecanismos que aproximem os alunos do curso às instituições de
salvaguarda, preservação, restauração e divulgação de fontes. Fazendo com que os
egressos adquiram capacitação necessária para o exercício de suas funções no
mercado de trabalho.
4) Compromisso com a qualidade do ensino no que tange às atividades de pesquisa
histórica, no estado de Alagoas e no país.
5) Busca de integração dos conhecimentos teóricos e práticos, assim como a
permanente atualização de conteúdos e dos processos relacionados às técnicas e
métodos de pesquisa e utilização de acervos documentais de diferentes naturezas
(manuscritos, impressos, iconográficos, materiais, orais, etc.).
6) Estímulos a programas de capacitação docente com propostas de atividades de
extensão, pesquisa e aperfeiçoamento, que poderão ser oportunizados através dos
núcleos de prática profissional do curso, como os Laboratórios e Grupos de
Pesquisa.
7) Modernização dos recursos auxiliares para o ensino acadêmico e para o tratamento
referente às fontes de pesquisa.

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8) Valorização do conhecimento histórico em suas linhas de orientação e abordagens
historiográficas presentes nos Grupos de Pesquisa e Laboratórios, assim como nas
disciplinas que compõem a matriz curricular do curso.
9) Valorização do Programa e Pesquisa Científica, no qual docentes e discentes
poderão colocar em prática seus projetos de pesquisa, visando o debate, trocas e
experiências, atingindo dessa forma aprimoramento da produção do conhecimento
histórico, utilizando-se do PIBIC e outros projetos e programas de fomento de
pesquisa e extensão desta universidade.

É importante notar que outros eixos do curso serão levados em consideração dentro da
proposta da valorização e da conscientização da relevância dos chamados “lugares de
memórias”, elemento indispensável para o trabalho do historiador. Nesse contexto,
instituições como Museus, Arquivos, Institutos Históricos, instituições de salvaguarda
patrimonial etc, considerados como espaços de atuação do bacharel em História, devem fazer
parte da rotina acadêmica de nossos alunos.
Assim, diante deste quadro viu-se a necessidade de uma reestruturação no Projeto
Político Pedagógico do Curso visando não só uma maior aproximação com o curso de
História-licenciatura, como também imprimir mudanças temáticas, teóricas, estruturais e
aplicativas a esta modalidade. Há de se destacar que a renovação do quadro docente
contribuiu para dar sustentabilidade a este projeto, seja em busca de melhor qualidade na
formação do profissional em História, ampliando o foco nas atividades de pesquisa e
dinamização dos grupos de estudos e/ou pesquisa que compõem o curso na atual conjuntura.
Além disso, sabemos das dificuldades de afirmar a importância das Ciências Humanas
num mundo contemporâneo marcado pela primazia do “paradigma galileano”, como nos
mostrou Carlo Ginzburg em um dos seus artigos mais conhecidos (GINZBURG, 1990). Em
contrapartida, insistimos na necessidade de encorajar nossos alunos a praticar, como defende
Marc Bloch, o “ofício do historiador” (BLOCH, 2001), com o papel fundamental de difundir
a consciência crítica acerca das relações dos homens com o mundo e com os outros homens
no tempo. Logo, as necessidades constantes de redefinição e reinterpretação do
conhecimento histórico obrigam, ademais, o profissional da área, não apenas a dominar os
meios para a transmissão deste conhecimento, mas também a atuar em sua construção,
análise e crítica.

15

No ano de 2015, após a reformulação do PPC do curso de Licenciatura em História da
UFAL, foi identificada a necessidade de uma adequação do presente PPC do curso de
Bacharelado. Isso se deu devido a exigência do MEC de que o curso cumpra uma carga
horária mínima de 2400 horas. Dessa forma a disciplina Estágio Supervisionado foi dividida
em duas novas disciplinas: Estágio Supervisionado I e Estágio Supervisionado II com carga
horária cada uma de 100 horas, o Trabalho de Final de Curso também teve sua carga horária
aumentada para 100 horas em função da necessidade de mais tempo para a realização de
pesquisas, análise crítica, elaboração de quadro conceitual adequado para a leitura e
interpretação das fontes, e para a escrita do TCC. Também, as cargas horárias de todas as
disciplinas, sendo obrigatórias e ou eletivas, foram padronizadas, passando a ter 72 horas.
Consideramos que dessa forma passamos a contar com mais ferramentas que possam
contribuir para a formação de historiadores.
Por não haver ainda uma norma de regulamentação das ações de extensão como
componente curricular obrigatório nos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação da
UFAL no momento da aprovação deste no CONSUNI UFAL, a coordenadoria dos cursos
de graduação, CCG, emitiu um parecer (em anexo) em que indicando a sua aprovação, mas
com a ressalva de que seria necessário fazer ajustes na parte referente à curricularização da
extensão para adequá-lo à resolução que estava em processo de construção naquele momento
(Resolução nº 04/2018, aprovada em 19/02/2018). Respondendo a esta demanda em julho
de 2019 o NDE do curso de História Bacharelado fez alterações em carga horária e das
ementas das ACEs, assim como de partes do texto que fazem referência à curricularização
das ações de extensão.
Daí a defesa fundamental, contida neste Projeto Pedagógico e visível em sua estrutura
curricular, que é a de possibilitar aos seus concluintes uma formação plena como historiador
– historiador e pesquisador –, mesmo dentro dos limites colocados por um curso de
Bacharelado, de forma a garantir a indissociabilidade entre a produção do conhecimento
teórico-empírico praticada na pesquisa e sua difusão crítico-reflexiva através do exercício
de mecanismos de exposição destes resultados (publicações, palestras, conferências). Em
face dessas prerrogativas, nota-se ainda que o conceito de sujeito histórico politicamente
ativo – indicativo norteador do curso de História, consciente de seu papel na construção do
conhecimento, deve atuar em projetos que busquem sua divulgação para diferentes públicos
alvos, extrapolando dessa forma os círculos acadêmicos e fornecendo material consistente e
crítico para os processos de educação e informação da sociedade como um todo.

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Outro desafio que se deve colocar no presente documento é o da valorização e
melhoria da qualidade das atividades de pesquisa histórica na Universidade e nas respectivas
instituições incumbidas de salvaguarda e preservação de acervos e suas mais variados
funções. Nas atividades de prática profissional que serão desenvolvidas ao longo do curso,
serão incrementados procedimentos metodológicos que facultem o aprimoramento de
técnicas relevantes para a formação do historiador.
Por seu turno, as práticas profissionais correspondem a uma incessante tentativa de
levar o estudante de História a uma posição crítica face à realidade social vivenciada por ele
e por outros que o cerca. O fato de vivermos em uma sociedade que ainda se fazem presentes
preconceitos de classe, étnicos e sexistas nos faz pensar na importância de debater o
significado da invisibilidade à qual, durante muitos anos, no curso de História, ficaram
relegados trabalhadores, negros, indígenas, mulheres e outros sujeitos históricos e sociais.
Vale dizer que esta História das ausências assumiu um lugar nas argumentações e opções de
sujeitos e no senso comum, e muitos ainda a utilizam, reproduzindo uma História construída
de cima para baixo, dando ênfase às elites políticas e econômicas. Por esse viés, recorremos
à tão bem empregada frase de Walter Benjamin: é preciso “escovar a história a contrapelo”1
para que de fato os estudantes do curso possam se identificar como sujeitos histórico, sociais
e agentes de transformação.

1.2. Justificativa.
A história é um conhecimento científico dotado de características teóricas e
metodológicas próprias. Por isso faz-se necessário conhecer a historicidade dela como
ciência, assim como suas implicações metodológicas diferenciais. Ou seja, é campo de
conhecimento que foca um problema particular e/ou um conjunto de fatores particulares,
assim como foca na experiência humana e em grupos sociais de um tempo e lugares
específicos e determinados. Ela é a presença em nossas vidas porque vivemos num contexto
histórico-social carente de interpretações e definições dele mesmo quanto ao seu cotidiano.
Ao mesmo tempo, porém, falamos do ‘fazer história’ (não apenas vivê-la em seu pleno
significado existencial), que sugere uma perspectiva teórico-metodológica, inquirições do

1

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. 4ª edição, vol. 1. SP: Ed.
Brasiliense, p. 225.

17

saber específico e elementos que classifiquem o conhecimento histórico. Ora, é dentro desta
perspectiva acadêmica que se debruçam nossos desejos e inquirições, lançando sobre elas,
ao mesmo tempo, novas luzes para um conhecimento singular, privilegiado de análise
sistêmica sobre o assunto e organizado de forma a reconhecer a importância da história tanto
como memória, quanto como disciplina.
Assim, a proposta do presente Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em
História da UFAL insere-se nas demandas atuais do Ministério da Educação e orientada por
elementos da consciência histórica e acadêmica pertinentes às mudanças historiográficas e
às novas produções do conhecimento histórico. É meta, também, persistir na busca por
melhores desempenhos educacionais para as graduações em bacharelado no país,
principalmente, para Alagoas. Segundo estas prioridades efetivas do Ministério da
Educação, os cursos de graduação têm sofrido algumas importantes mudanças em sua
estrutura curricular, bem como em sua própria concepção do que se entende por bacharelado
e as suas atividades, abrangendo um conhecimento interdisciplinar e multidisciplinar. Isto
inclui atividades e demandas das práticas profissionais que possibilitem o desenvolvimento
do conhecimento histórico, privilegiando as capacidades e as habilidades do curso aos
graduandos. Tais modalidades estão permitidas e aprimoradas neste projeto de curso,
visando acompanhar as novas demandas educacionais e, principalmente, pensando na
melhoria qualitativa da educação para a Universidade Federal de Alagoas.
A necessidade de profissionais qualificados, cujo perfil será de compromisso com a
memória histórica, com a sociedade e suas mudanças culturais e responsabilidade com as
políticas educacionais, será parte de intensa preocupação do curso. A formação dos
graduados estará, assim, direcionada aos profissionais bacharéis, considerados qualificados
para sua área de ensino. Também, buscamos ampliar as capacidades dos estudantes
oferecendo disciplinas entendidas como conhecimento histórico. Entendemos que o campo
de conhecimento da Histórico necessita de atividades práticas que serão realizadas sob
orientação de disciplinas específicas e capacitadoras de conhecimento, a partir da
oportunidade concentrada nas horas de Estágio Supervisionado auferida pelo MEC. Vale
lembrar que as atividades de prática profissional serão sustentadas e orientadas dentro do
arcabouço teórico-metodológico do conhecimento historiográfico, considerando-se
indissociável o ensino e a pesquisa para produção do conhecimento.
Devemos considerar que ensino e a investigação científica são bases para que os
graduandos possam transformar seu meio social. Promotores da cidadania e, como tais,

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empenhados em um país melhor. A consciência reflexiva, a preparação para o espírito crítico
e a consciência de sujeito atuante em sua realidade histórico-social está sendo privilegiada
neste Projeto Pedagógico, ampliando as oportunidades de expansão de suas capacidades e
habilidades adquiridas no tempo de graduação. Uma reflexão consciente para sua realidade
histórica e social e considerando a sua bagagem acadêmica adquirida no curso como base da
formação da cidadania consciente e atuante. O curso parte destas questões para posicionarse na formação ao graduando de forma dar possibilitar que este desenvolva habilidades
próprias ao pesquisador em história.
O Curso de Bacharelado em História tem como preocupação primordial desenvolver,
através deste arcabouço conceitual, a racionalidade reflexiva e a consciência histórica e
política dos graduandos e aprimorar as possibilidades de uma educação reflexiva. Esta trama
matricial de conhecimentos e saberes será capaz de promover a integração entre a
comunidade acadêmica e a sociedade, de tal maneira que os futuros profissionais de história
possam atuar nas comunidades onde irão desenvolver sua prática profissional, se
aprimorando nos estudos continuamente, de modo crítico, dispondo de uma bagagem de
conhecimentos que os habilite às atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos
educativos de cunho social e cultural. E, orientados politicamente serão capazes de promover
o reconhecimento de uma comunidade acadêmica de qualidade, através de suas ações social
e política, ativa e produtiva, contribuindo também para a construção da democracia no país.
O Curso de História aqui proposto coloca-se como instrumento de ação social, ao
mesmo tempo, valorização da memória, do patrimônio, da cultura brasileira e da própria
história do país. Nisto, buscamos compreender as demandas atuais do curso de história para
o Estado de Alagoas principalmente no que se refere à discussão e orientação de propostas
que incrementem soluções para os mais diversos problemas relativos à educação e à
formação do historiador, valorizando principalmente a atuação e compreensão da memória
histórica de Alagoas, do patrimônio imaterial de nosso estado, das necessidades de
renovação da própria disciplina, segundo o incentivo da prefeitura de Alagoas, contribuindo
para a cidadania e a da democracia no nosso país.
A valorização da cultura, do patrimônio histórico do país, dos hábitos, costumes e
discursos sociais e políticos dos universos macro e micro social, bem como as análises das
tradições, dos imaginários e das mentalidades identificados nos processos de mudanças ou
de permanências das formas culturais e das culturas políticas do país e da América Latina
são elementos de referências e de análises do curso. Todos estes elementos são objetos de

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interesse em nossa grade curricular, pois são tendências historiográficas atuais, de que não
podemos nos separar.
Os nossos referenciais teórico-metodológicos, portanto, para o ‘pensar’ e a ‘memória
documental’ do conhecimento historiográfico requer que primeiramente que se conceba a
História como ciência, que tem seus conceitos, paradigmas teórico-metodológicos e
experiências investigativas próprias. São estes elementos que dão legitimidade ao
conhecimento e sua transmissão para a sociedade. E estamos falando de um meio social
particular por ser inovador para a própria UFAL, e oportunizamos às demandas do próprio
conhecimento histórico – que é regional – para que a excelência seja alcançada por ela.
O Curso de Bacharelado em História da UFAL pretende, então, habilitar
profissionais capazes de atuar como agentes de transformação da realidade social, no sentido
de participarem ativamente do processo de construção do conhecimento, patrimônio e
memória. Para tanto, preparar profissionais cujo perfil se caracterizará pela competência
teórica no conhecimento historiográfico, aliada à capacidade de análise e reflexão social do
seu meio e do seu tempo, para a transformação e formação de uma realidade social cidadã.
O sentido crítico, a análise reflexiva da memória histórica e compreensão dialética do
processo histórico serão os eixos da prática bacharelesca para a habilitação de profissionais,
marcados pelo compromisso com a memória histórica e com o exercício da democracia. Este
compromisso social é, atualmente, reivindicado por historiadores como Eric Hobsbawm
(2003) que nos chamam a atenção para a nossa inserção social.

1.3. Perfil do Egresso.
O bacharel em História terá como suporte teórico-metodológico os elementos que
sustentam o ofício do historiador, tanto em sua instância investigativa, como em seu perfil
de pesquisador (entendido aqui de maneira conjunta e entrelaçada aos domínios do saber
historiográfico); bem como do domínio da historiografia clássica e contemporânea, buscase uma formação que possibilite ao profissional:
1. Possuir o domínio teórico, metodológico, historiográfico e de manuseio documental que
norteia a atividade do profissional em história, para sua aplicação em atividades de pesquisa
institucional e em ambientes de acadêmicos (palestras, congressos, colóquios, mesasredondas e debates)

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2. Ter noção dos conhecimentos interdisciplinares dos campos da história para sua utilização
em objetos de análise, proporcionando um amplo domínio científico multidisciplinar.
3. Auxiliar na preservação do patrimônio histórico e cultural (especialmente da sociedade
alagoana) através de assessoria, contribuições em produções artísticas, atividades de
dinamização do turismo, participações em comitês científicos, ação em movimentos
político-culturais e investigações histórico-sociais.
4. Estimular a consciência crítica-social através das interpretações, (re)leituras e discussões
do passado/presente histórico, objetivando o estabelecimento de autonomias intelectuais
tanto do historiador como dos homens e mulheres inseridos nas sociedades contemporâneas.
5. Estabelecer relações e interações das mais variadas formas com a sociedade que o
circunda, estimulando diálogos com as estruturas organizacionais políticas, econômicas e
culturais que visem reflexões avaliativas a serem aplicadas no conhecimento históricosocial.

1.4. Habilidades. Competências e atitudes.
As habilidades, competências e atitudes do profissional de história a ser formado se
esmeram no campo da pesquisa, nas habilitações para a pesquisa documental, na preservação
dos acervos documentais e na memória historiográfica, bem como na constituição da difusão
do conhecimento. Neste sentido, tem-se como orientação a sugestão de Regulamentação da
Profissão do Historiador através do projeto de lei do senado nº 368/2009 cujo referendo tem
sido feito pela Associação Nacional dos Profissionais de História (ANPUH) e que
atualmente encontra-se em finalização de aprovação.
Desta feita, entende-se que a atividade profissional do historiador deve ser vista de
forma ampla e indissociável na relação entre pesquisa, extensão, sustentada pela garantia de
uma universidade pública, estatal e gratuita com uma formação crítica e dialética em termos
socioculturais.
Assim, em termos gerais, busca-se que o profissional de história a ser formado possa:
1. Conhecer um conjunto significativo de conteúdos históricos em suas mais variadas
vertentes (teóricas, metodológicas, historiográficas, conceituais e empíricas) para imprimir
uma relação crítica aos objetos de análise histórica a proporcionar uma consciência crítica
acerca da sociedade no qual está inserido.

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2. Valorizar os princípios da ética democrática a fim de respeitar os mais variados sujeitos
históricos, problematizando suas experiências e suas relações nas contingências espaciais e
temporais.
3. Considerar a relação com as outras áreas de conhecimento interdisciplinares a história,
buscando uma articulação entre o pensar, os objetos de análise e as práticas profissionais.
4. Auxiliar na construção de projetos em suas mais variadas instâncias da atuação histórica
(oficinas, laboratórios, museus, prefeituras, escolas, arquivos, etc.) que promovam uma
reflexão crítica e dialética da sociedade, dos homens e da relação sociocultural.
5. Dominar os recursos da tecnologia da informação para ampliação dos resultados de
pesquisa e aumento dos raios de ação dos objetos de análise.

No que toca as habilidades específicas:

1. Conhecer as características e as metodologias das diversas fontes históricas (manuscritas,
impressas, orais, iconográficas, digitais e cultura material) para adequações teóricoconceituais para compreensão do presente/passado histórico.
2. Recolher, guardar, classificar, preservar e tornar acessível às diversas fontes históricas,
visando a preservação do patrimônio histórico e maiores possibilidades de (re)construções
das visões do passado/presente.
3. Considerar a importância da constante atualização das bibliografias produzidas a respeito
dos diversos processos históricos, possibilitando a renovação do conhecimento das fontes
históricas.
4. Desenvolver a pesquisa, a produção do conhecimento e sua difusão não só no âmbito
acadêmico, mas também em instituições de memória, museus, em órgãos de preservação de
documentos e no desenvolvimento de políticas e projetos de gestão do patrimônio cultural.
5. Desenvolver atividades profissionais autônomas, de modo a orientar, dirigir, avaliar,
assessorar, prestar consultoria e emitir pareceres de conteúdos históricos.
No que se refere aos recursos de tecnologia da informação, o curso de história, em sua
modalidade de bacharelado, entende que a aplicabilidade destes objetos dar-se-ão nas
disciplinas práticas do curso (Estágio Supervisionado, Métodos da História, Seminário de
Conclusão de Curso e Fontes Históricas), onde o discente poderá experimentar os usos
tecnológicos na atuação do campo do historiador.

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2. Concepção do Curso.
A concepção do curso de Bacharelado em História insere-se nas abordagens
historiográficas contemporâneas: a história Social e a tendência francesa, a Escola dos
Annales, contrapondo-se aos outros princípios metodológicos da Escola Tradicional ou
positivista. Estas concepções historiográficas em muito contribuíram, a seu tempo, com as
interpretações históricas para o país. A consciência da nação e da nacionalidade foram tidas
a partir do incremento do IHGB e do positivismo nas escolas brasileiras. A crítica viria com
o movimento modernista e sua tentativa de renovação cultural e acadêmica. Já o marxismo
influenciou muito as concepções não apenas para um saber específico, mas toda uma
academia e um tempo. As experiências de modernização e a consciência de crise econômica
seriam entendidas e vivenciadas como elementos de superação ao subdesenvolvimento
econômico brasileiro. Em muito o paradigma marxista contribuiu para a certificação de uma
realidade brasileira necessitada de mudanças, e muito a historiografia brasileira se empenhou
nesta representação social e expectativa do novo e da ruptura. A cultura historiográfica bebia
desta fonte de conhecimento inquieto e persistente, com orientações otimistas de superação
e divisão do poder oligárquico brasileiro. Nisto, os livros didáticos contribuíram para o
ensinamento de uma nova postura do que seria a cidadania e a democracia, que são
absolutamente questionados.
Entende-se, portanto, uma necessidade de atualização da história do Brasil que se
desloca principalmente para o interesse do conhecimento histórico e da construção desse
conhecimento com base em um passado remoto que faz parte de nossa memória histórica. A
atualização na história enfatiza as formas e orientações do conhecimento ante a crise
paradigmática nas linhas básicas que orientaram a historiografia tradicional. Essa mudança
na cultura historiográfica consiste não apenas no afrontamento da sua tradição positivista e
do relativismo teórico depois da derrocada dos modelos conceituais marxistas. Mas existe
sim em uma necessidade de novas oportunidades para a pesquisa e investigação histórica e
novas propostas metodológicas, onde a narrativa e a teoria ganham lugares privilegiados nas
discussões acadêmicas. A nova consciência histórica surgiu a partir da proposta da revisão
marxista proposta pela História Social e da Escola dos Annales, que tende a se dispor como
uma matriz epistemológica mais palpável às necessidades dos novos objetos e novas fontes
que se abrem ao conhecimento histórico. A necessária revisão não se explica apenas pelo

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fato de o problema ser metodológico, mas das relações latentes entre teoria e narração, pois
vivemos numa época das microrrelações intersubjetivas e do imperativo relativista, o que
entendemos como elementos da pós-modernidade. A questão é compreender estes percalços
e ressignificá-las, mantendo uma relação dialógica entre prática e teoria. Neste sentido, a
história cultural tende a nos oferecer novas possibilidades e significações.
Esta opção tende a oferecer um conjunto de expectativas abrangentes e pressupostos
de trabalhos, além de ser a Escola dos Annales na sua terceira fase de produção
historiográfica entendida como História Cultural como preferencial nos departamentos de
História das academias brasileiras, principalmente nas regiões sudeste e sul do país, onde as
análises historiográficas têm oportunizado com mérito muitas discussões pertinentes até no
exterior. Nossa preocupação está orientada pela necessidade atual em oportunizar as
interpretações e ampliar o arcabouço teórico para a historiografia brasileira, acompanhando
as mudanças necessárias ao melhor desempenho para o curso. Assim, a afirmação mais
contundente seria dizer que buscamos criar um curso empenhado em discussões acadêmicas
e, oportuno a propostas de elaboração reflexiva.
Uma das maiores revoluções foi sentida pela noção de documento histórico
atualmente. A ampliação dos conceitos das fontes documentais e do documento histórico
possibilitou uma ampliação nas capacidades intelectuais e investigativas do conhecimento
histórico. Com isto, a possibilidade de pesquisa para o historiador ampliou-se e revalorizouse no mercado, contribuindo para o reconhecimento da profissão e do interesse de muitos
para a história mundial e de seu próprio país. A revolução documental dos Annales
possibilitou novas incursões pela história desconhecida até então. Mas, o importante é
sabermos que toda esta mudança nos obriga a responsabilidade com o ensino e com as
possibilidades de interpretação destas fontes. Fornecer as bases sólidas dos argumentos
teórico-metodológicos é, de fato, algo que deve preocupar a estrutura curricular dos cursos
de história.
A expectativa por novas oportunidades para os historiadores, aberta pela revolução
documental trouxe, também, o surgimento de algumas linhas específicas de trabalho e
pesquisa. Dentre estes, a memória tem se revelado como uma linha específica de trabalho
historiográfico, assim como a descoberta da história de gênero, revelando as mulheres na
sociedade, o meio ambiente como espaço de identidade e reciprocidade cultural, as
representações e os imaginários como análises macro e estruturais, que compreendem as

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permanências e as tradições. Tudo isto é fascinante ao trabalho do historiador, e está
contemplado em nosso Projeto de curso.
Podemos afirmar que o presente Projeto Pedagógico para o curso de Bacharelado em
História da UFAL vem ao encontro de tais necessidades e propostas de mudanças
historiográficas presentes na concepção do conhecimento historiográfico como saber
socialmente construído e informado por seu meio social (DE CERTEAU,1998); na recepção
teórico-metodológica referenciada pelas atuais produções do conhecimento historiográfico
e pelas necessidades de estudos regionais e pelas demandas do mercado em profissionais
competentes e capazes para o bacharel em História. Demandas estas que orientaram a
construção das linhas mestras deste projeto, tendo o cuidado em não cair na tentação das
oportunidades e expectativas das incoerências dos modismos acadêmicos.
Neste sentido, o nosso compromisso com a estrutura curricular do curso de
Bacharelado em História tem por preocupação a formação não apenas de profissionais
considerados qualificados para sua área específica, mas que serão orientados às atividades
de investigação científica, concentradas nas Práticas Profissionais contempladas no curso e
orientadas pelas disciplinas afins e em horários oportunos para os alunos dentro das linhas
de orientação para os trabalhos acadêmicos definidas pelos grupos de estudos, CPDHis e
outros outras atividades extensionistas como suporte às atividades “extraclasse”, validadas
pela carga horária requerida pelo MEC. Além disso o Curso apresenta uma proposta
extensionista inserida na Grade curricular que fornece amparo as atividades requeridas pelo
MEC. Portanto, estas atividades são almejadas no curso por serem captadas e orientadas com
o intuito de desenvolver as atividades de prática profissional como reflexão histórica.
Abrimos, assim, oportunidades para a competência profissional dos graduandos, inserindoos nas atividades de monografia, pesquisa e outros projetos.

2.1. Objetivos.
2.1.1. Objetivo Geral:
O curso de Bacharelado em História da UFAL habilitará profissionais capazes de
atuar como agentes de resguardo à memória histórica e de transformação da realidade social,
no sentido de participarem ativamente do processo de construção do conhecimento, bem
como do entendimento da dinâmica histórica de seu próprio país. Para tanto, o bacharelado
em História preparará profissionais pela competência teórica e analítica, sentido crítico e

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compreensão dialética do processo histórico, tendo como eixo da prática arquivística de
profissionais capazes do seu exercício, e com o compromisso e responsabilidade com as
mudanças sociais e o exercício da democracia.
Neste sentido, visando o aprimoramento do conhecimento e das atividades do
conhecimento histórico, nosso objetivo é o acolhimento no trato interdisciplinar e
multidisciplinar, promovendo o enriquecimento dos currículos dos graduandos e das
oportunidades de continuação de seu conhecimento. Junte-se a isto nossa preocupação em
formar um bacharel que tenha empenho em pesquisas e projetos investigativos em suas áreas
de interesse.
Reconhecemos, pois, que um dos objetivos principais está o de preparar o graduando
para as habilidades em sua profissão e, como tal, competência como sujeito atuante e
transformador em seu meio social no resguardo da memória histórica e seu conhecimento.

2.1.2. Objetivos específicos:
Segundo a proposta deste Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em História
pela UFAL, os objetivos específicos do curso em relação às inserções institucional, política,
geográfica e social podem ser assim definidos, tais como:
a) Institucional:
* Contribuir de forma direta para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e extensão
da universidade como um todo;
* Contribuir na aproximação do corpo discente com as instâncias que compõem a UFAL e
ajudar no resgate da história da IES e do Estado de Alagoas;
* Favorecer a interdisciplinaridade, tanto no interior do ICHCA – Instituto de Ciências
Humanas, Comunicação e Artes – ao qual o curso pertence, como num âmbito interunidades. Reconhecendo a História como um campo extremamente vasto de saber e reflexão
crítica, que pode abranger praticamente todas as demais áreas do conhecimento, exercitar
estas abordagens inter e transdisciplinares;
b) Política:
* Através das atividades de organização, tratamento, restauração e análise crítica de corpus
documentais, promover o sentido de ação política da atuação do historiador.

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* Através das instâncias de pesquisa, promover o sentido de ação política da atuação do
historiador;
c) Geográfica:
* Resgatar o estudo e a pesquisa da história regional, promovendo a ampliação e
desenvolvimento do debate acerca das particularidades específicas do Nordeste brasileiro e
do Estado Alagoano.
d) Social:
* Promover uma reflexão crítica que suscite a identificação e desenvolvimento da questão
da cidadania;
* Promover uma reflexão crítica que suscite a identificação dos conflitos e movimentos
sociais brasileiros;
* Contribuir, através do estudo sistemático das condições históricas de formação da
sociedade brasileira, nordestina e alagoana, no sentido da redução das desigualdades sociais
e dos preconceitos étnicos, religiosos e de gênero.
* Desenvolver e ampliar as capacidades dos grupos de pesquisa do curso, dos centros de
documentação como o CPDHis atuantes no curso, através de pesquisas, trabalhos de TCC e
outros.

2.2. Integração: ensino, pesquisa e extensão.
A proposta de integração dos elementos acima é apresentada pelo Curso de
Bacharelado em História, primeiramente, a partir das disciplinas da grade curricular com o
item relativo a ‘ensino’. Assim, a pesquisa e a extensão são apresentadas a seguir,
obedecendo ao PDI 2013-2017 da instituição. Com a formação de laboratórios de pesquisa
e extensão (Laboratório de Cinema e História – LACHis, Laboratório de Leitura e Outras
Histórias, CPDHis - Centro de Pesquisa e Documentação Histórica e a Revista Crítica
Histórica), cujas atividades se desenvolvem no âmbito do curso; e a consolidação nos
últimos anos dos grupos de pesquisa certificados pela UFAL (Núcleo de Estudos Sociedade,
Escravidão e Mestiçagem – NESEM, Documentos, Imagens e Narrativas, História Social e
Política, História Social do Crime, Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo –
VIVARIUM – UFAL, Laboratório Interdisciplinar de Estudos das Religiões – LIER, e
Laboratório de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros – LAHAFRO), articulam-se projetos e

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programas institucionais de fomento e incentivo à pesquisa e extensão. Atuam também
diretamente no curso os programas de cotas de acesso às vagas no ensino superior para
populações de baixa renda, de origem afro-brasileira e ou indígena, assim como programas
de permanência ao discente – como as bolsas de permanência de caráter social e o Programa
ODÈ AYÉ para os cotistas.
Ainda disso, os Grupos de Pesquisa do curso de História Bacharelado elencados a
seguir contribuem de forma exemplar na discussão das Diretrizes Curriculares Nacionais
empenhando cada qual, em sua área específica, nas discussões temáticas de Direitos
Humanos, educação ambiental, gênero, questões étnicas raciais. A exemplo o Grupo de
História Social do Crime que debate as questões de violência de gênero e ainda,
recentemente, um projeto aprovado com o estudo sobre violência policial e milícias de
extermínio onde discutiu-se a atuação da polícia do estado de Alagoas dentro do Estado
Democrático de Direito.

2.2.1 – Laboratórios de Pesquisa
2.2.1.1. Laboratório de Cinema e História – LACHis
A relação entre História e Cinema não se resume a filmes históricos. Vai muito além.
História e Cinema são duas narrativas, dois fenômenos históricos que falam do presente, do
passado ou do futuro. Estabelecem relações, arriscam ordenações lógicas o, por mais
paradoxo que possa parecer, caóticas também. História e Cinema podem falar de um mesmo
assunto, de um mesmo tema. Partindo destes pressupostos, o LACHis pretende fornecer ao
curso de História, suporte para responder às questões, prementes ao ofício do historiador, de
quais são as diferenças e semelhanças entre essas duas narrativas. Questionando de que
forma elas dialogam e colaboram para a construção de identidades e subjetividades de um
tempo.
Contando com uma sala que comporta vinte pessoas, um data-show e um telão, o
LACHis estará disponível para as disciplinas do curso de História para a projeção de filmes,
promovendo dessa forma reflexões sobre a História.

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2.2.1.2. Laboratório de Leitura e Outras Histórias
O Laboratório de Leitura nasceu da antiga Biblioteca Setorial da História, criado em
2008 a partir do acervo localizado do CPDHis. Hoje conta com um espaço próprio, com
computadores para acesso dos consulentes e acesso à internet. O ambiente possui mesas e
cadeiras para consulta e pesquisas dos estudantes, professores e demais interessados.
Gerenciado pela coordenação dos cursos de História (Bacharelado e Licenciatura) e o
CPDHis, o laboratório tem sido não só um espaço de estudo dos discentes e docentes da
graduação, como suas obras de tornaram uma referência a mais para o aprofundamento do
processo de pesquisa bibliográfica. Localizado no próprio espaço do Instituto de Ciências
Humanas, Comunicação e Arte, é um lugar de fácil acesso para os alunos, o que facilita a
integração do acervo com atividades de sala de aula, servindo de forma bastante efetiva para
todas as disciplinas obrigatórias e eletivas do curso.

2.2.1.3. CPDHis Documentação Histórica

Centro

de

Pesquisa

e

É um centro científico de pesquisa e documentação histórica vinculado aos Cursos
de História (Bacharelado e Licenciatura) do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e
Artes (ICHCA). Como espaço de pesquisa e acervo documental atende aos corpos docentes
e discentes dos cursos de História e demais pesquisadores e professores internos e externos
ao ICHCA e UFAL. Seus objetivos gerais são:
● Fomentar as atividades de pesquisa dos cursos de História da UFAL, facilitando o
levantamento de fontes e dados para a realização de projetos de Trabalhos de
Conclusão de Curso, Pós-graduação e pesquisas historiográficas sobre a História de
Alagoas e Geral;
● Valorizar e divulgar a produção historiográfica dos cursos de História da UFAL;
● Propor cursos de extensão, minicursos, oficinas e palestras que trabalhem com temas
relacionados ao problema das fontes e seus diferentes usos para o ensino e a pesquisa
de História.
O Acervo Digital, por seu caráter de facilitador ao acesso e divulgação via mídias de
informação, agrega diversos materiais; por exemplo, obras completas de livre acesso (ebooks), artigos científicos e monografias, enciclopédias, dicionários, etc.; disponibilizam-se
catálogos de imagens, fotografias, manuscritos digitalizados, entrevistas e transcrições. A

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tais fontes, veiculadas na Internet, Universidades e Centros de Pesquisa se permite o acesso
para consulta no local e possível cópia aos interessados. Ressalta-se que a produção dos
alunos e professores do curso é, necessariamente, incorporada ao acervo digital, como
também os resultados dos eventos e atividades que geram produção no curso. Tais obras
auxiliam os pesquisadores locais e professores (das redes públicas e privadas) tanto no
acompanhamento das produções de outros centros de conhecimento quanto no
compartilhamento com outros pesquisadores e professores os resultados de suas pesquisas.
O CPDHis, hoje tem trabalhado na construção do conteúdo das informações que
comporão a sua página institucional no ICHCA, visando uma ampliação da divulgação do
acervo, o maior acesso às obras digitalizadas e o conhecimento da comunidade acadêmica
das atividades realizadas nos cursos de História da Ufal. No entanto, sua atividade principal
se dirige à formação dos historiadores, sejam bacharéis ou licenciados e vinculado
diretamente às disciplinas do eixo Teórico-Metodológico do curso.
Sobre a estrutura física, além da sala e de um computador conectados à rede, conta
com mobiliário coletivo (mesas, cadeiras e birôs) para pesquisa, uma mesa de higienização
e um scanner planetário.
Suas linhas de pesquisa são:
● História, memória e patrimônio documental: tem por objetivo produzir reflexões
sobre a relação entre a História, a memória e o patrimônio documental no Brasil, em
que se percebam as elaborações sociais sobre o lembrar, o esquecer ou silenciar, em
que as disputas pela memória social são colocadas em diferentes períodos da
História.
● Fontes históricas e produção do conhecimento: objetiva estudar, refletir a relação
entre as diferentes tipologias das fontes históricas e a produção do conhecimento
historiográfico, problematizando as questões epistemológicas neste processo.
Suas linhas de extensão estão em consonância com o Programa de Extensão dos
cursos de História (Bacharelado e Licenciatura): Formação de professores; Metodologias e
estratégias de ensino/aprendizado; Patrimônio Cultural, Histórico, Natural e Imaterial;
Direitos Individuais e Coletivos; Grupos sociais vulneráveis.

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2.2.2. Revista Crítica Histórica
Os Cursos de História possuem uma revista eletrônica: Revista Crítica Histórica.
Criada em 2010, tem como autor coorporativo o Centro de Pesquisa e Documentação
Histórica (CPDHis) e traz em sua estrutura os enquadramentos exigidos pela plataforma
Qualis. De circulação semestral, é publicada sempre no início de cada semestre, atualmente
a ser lançado o décimo primeiro número. Com um Conselho Editorial diversificado
geográfica e institucionalmente, também conta com docentes ligados a diversos grupos de
pesquisa espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
Em termos estruturais a Revista possui um dossiê, uma sessão de artigos, resenhas e
análise documental. Em seu primeiro número (2010.1), publicou um dossiê com a temática
Ensino e História de Alagoas; já na segunda edição debateu as questões em torno dos
Movimentos Sociais (2010.2). O número a ser lançado, no final do presente semestre
(2019.1), relaciona-se a História das Mulheres e das Relações de Gênero. Para averiguação
dos dados, a URL do periódico é: http://www.seer.ufal.br/index.php/criticahistorica/index. Por fim,
deve ser ressaltado que a revista está indexada em um diretório internacional, o DOAJ
(Directory of Open Access Journals) desde 2010, além do Diadorim, Sumários e outros o
que possibilita melhor circularidade e amplitude dos raios de ação da pesquisa científica dos
artigos, resenhas e demais conteúdo do periódico. Também recebeu, nos anos 2018 e 2019,
apoio financeiro, via edital de fomento da Fapeal; contribuição importante para a compra de
DOIs, tradução de artigos para a língua inglesa, renovação do site e da identidade visual da
Revista, o que contribuirá para aumentar a sua qualificação.

2.2.3 – Grupos de Pesquisa:
1. NESEM - Núcleo de Estudos Sociedade, Escravidão e Mestiçagens - Séculos XVI –
XIX: Criado em setembro de 2014, integra a Rede de Grupos de Pesquisa Escravidão e
Mestiçagens (RGPEM), com sede no Departamento de História da UFMG. Esse grupo de
pesquisa nasceu das necessidades de pesquisas sobre temas a eles vinculados no atual
território de Alagoas. Buscamos fomentar estudos que possibilitem o entendimento de
dinâmicas das relações sociais e culturais existentes na época da escravidão, desde o período
em que Alagoas fez parte da Capitania de Pernambuco, durante sua elevação a Comarca e

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na sua emancipação política. Professores associados: Prof. Dr. Gian Carlo de Melo e Silva
e Profª Drª Flávia Maria de Carvalho.

2. Documentos, Imagens e Narrativas: O grupo abarca atualmente duas linhas de pesquisa:
1. Historicidade, Narrativas e Metodologias que tem como proposta desenvolver ensaios
analíticos, interpretativos e críticos dos diversos estilos historiográficos; 2. Memória Social,
Representação e Informação que tem como objetivo mapear e identificar tipos de
representação da memória social vinculados à cultura material e imaterial de Alagoas.
Estabelecer interfaces entre a informação, a representação e a memória pessoal e coletiva. O
Grupo tem contribuído de forma interdisciplinar com uma experiência epistemológica de
pesquisa e ensino no âmbito dos cursos de História, Biblioteconomia, Ciências Sociais e
Arquitetura. Atua na promoção de intercâmbios científicos e culturais; na participação e
produção de eventos científicos e culturais; na fomentação da Memória Social e suas formas
de preservação. Dentre suas projeções vislumbra-se a divulgação do conhecimento na área
de Ciências Humanas em suas múltiplas formas midiáticas; Assessoria às Associações
Sociais; Educação Popular e de Nível Médio e Superior. Professores Vinculados: Profa. Dra.
Arrisete Cleide de Lemos Costa e Profa. Dra. Maria de Lourdes Lima.

3. Grupo de Estudos América Colonial: o grupo de pesquisa tem seus estudos voltados
para investigação sobre as estruturas políticas, econômicas e culturais da América
portuguesa. Preocupados com a compreensão da formação da elite, da constituição das redes
clientelares, da instituição do corpus administrativo, das ações culturais e do
desenvolvimento da político-econômica para os espaços coloniais; busca-se também
trabalhar com a documentação, sobretudo em seu caráter de transcrição, visando à
democratização de fontes em formatos digitais para futuros pesquisadores. Em termos
geográficos, privilegia o estudo do território alagoano enquanto localidade subordinada à
Capitania de Pernambuco. Suas linhas de pesquisa são: 1. Administração, poder e redes
clientelares; 2. Documentação e transcrição de documentos; 3. Escravidão, relações de poder
e diáspora africana. Professores vinculados: Prof. Dr. Antonio Filipe Pereira Caetano e Profª
Drª Flávia Maria de Carvalho.

4. História Social e Política: o grupo de pesquisa tem seus estudos voltados para as
investigações no campo do poder, das relações de trabalho, das ações políticas, dos conflitos

32

sociais, da política externa brasileira, da história da esquerda (política e cultural), da história
social do trabalho e das ações da esquerda católica no seu imaginário anticomunista. Não
somente se restringindo a este espaço, o grupo debruça-se em grande parte na documentação
acolhida pelo Arquivo Público do Estado de Alagoas (APA). Suas linhas de pesquisa são: 1.
História da política externa brasileira; História das esquerdas: política e cultura; 3. História
política da Alagoas Republicana; 4. História Social do Trabalho. Professores vinculados:
Profª Drª Ana Paula Palamartchuk, Prof. Dr. José Alberto Saldanha de Oliveira, Profª Drª
Michelle Reis de Macedo e Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel.

5. História Social do Crime: o Grupo de Pesquisa tem seus estudos voltados para o
entendimento das práticas de desordens cotidianas e criminais, tanto em seus aspectos rurais
como citadinos; dos elementos componentes do comportamento do criminoso; o banditismo
social; a história das prisões; a justiça e os crimes coloniais; gênero e criminalidade; a relação
entre criminalidade e punição, entendidas em seu plano econômico, social, jurídico e
simbólico; e a contextualização histórica das formas ritualística das ações criminais. O grupo
possui relações de pesquisa com a Universidade Sapientia e Palermo (Itália), bem como com
outras instituições portuguesas. Suas linhas de pesquisa são: 1. Banditismo, máfia e crime
organizado; 2. História das Prisões; 3. História Social da Polícia; 4. Homicídio e Controle
Social; 5. Justiça e crimes coloniais; 6. Teorias do crime e criminologia; 7. Violência
coletiva: conflitos rurais; 8. Vitimização e gênero. Professora vinculada: Profª Drª Célia
Nonata da Silva.
6. VIVARIUM – UFAL – Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo: o
laboratório tem seus estudos voltados para questões culturais, políticas e sociais da
antiguidade e do medievo. Busca-se principalmente trabalhar com as formas de produção,
transmissão e recepção do material escrito e visual fruto destes períodos, no que tange aos
seus aspectos hermenêuticos, formais, estruturais e de funcionamento e apropriação. Os
estudos do laboratório recaem, assim sobre a busca por reflexões sobre representações e
modos de representar a vida elaborada pelos homens e mulheres do passado. Linhas de
pesquisa: 1 – A antiguidade clássica e sua historiografia. 2 – A recepção de textos escritos
na Idade Média: textos escritos e cultura visual. 3 – Cultura escrita na Idade Média:
produção, circulação e recepção dos códices. Professora vinculada: Profª Drª Raquel de
Fátima Parmegiani.

33

7. Centro de Hermenêutica do Presente: o grupo de Pesquisa tem seus estudos voltados
para a desnaturalização e a desuniversalização de conceitos e práxis sociais do mundo
ocidental. Teórica e Metodologicamente fundamentado na História Oral, investiga temáticas
como comunidades sociais, imigrações, narradores, sobreviventes sociais e econômicos,
historicidades indígenas, sociocosmologias e filosofia da educação. Suas linhas de pesquisa
são: 1. Ficção: Do Conto e do Romance, do Poema ao Teatro. 2. Narradores do Presente:
Devires e Redes das Vidas Menores. 3. Narradores Negros. 4. Hermenêutica do Presente VI
- Máquina Tribal III. Professor Associado: Prof. Dr. Alberto Frederico Lins Caldas Filho.

8. LAHAFRO - Laboratório de História Afro-brasileira: Seu objetivo principal é
desenvolver pesquisas e estudos na área de História da África e História étnicorracial,
cultural e social no Brasil e na diáspora africana. Dá-se ênfase às relações de poder,
desenvolvimento e transformações histórico-culturais que impactaram na experiência dos
povos negros no Brasil. Suas linhas de pesquisa são: 1. Cultura negra e relações de poder. 2.
Religiões africanas, afrobrasileiras e movimentos sociais. O laboratório também procura
atuar em extensão, através da participação em cursos de formação de professores e
divulgação das artes e memórias afro-brasileiras. Professores Associados: Profª Drª Irinéia
Maria Franco dos Santos, Profª Ms. Clara Suassuna Fernandes, Prof. Esp. José Roberto
Santos Lima e Profª Drª Flavia Maria Carvalho.

9. LIER - Laboratório Interdisciplinar de Estudo das Religiões: O objetivo do
laboratório é desenvolver pesquisas sobre as religiões em diferentes temporalidades e
espaços, numa perspectiva interdisciplinar. Sua atuação dá-se também na realização de
atividades de extensão (eventos, cursos de aperfeiçoamento) estabelecendo redes com outros
grupos em nível nacional e internacional. Além da divulgação em mídias eletrônicas da
produção de membros e parceiros. Suas linhas de pesquisa são: 1. Religiões populares e
movimentos sociais. O objetivo desta linha é o estudo das religiões populares nas relações
com os movimentos sociais de cunho reivindicativo, transformativo ou de manutenção da
sociedade, em diferentes temporalidades. Também de seus elementos constitutivos,
sincretismos, festas populares, agentes religiosos etc. Nesse sentido, as religiões ou
religiosidades são percebidas como criadoras de princípios e valores fundamentais que
alimentam as lutas sociais 2. Religiões, cultura e identidade. Objetiva analisar o papel das

34

religiões na construção do comportamento social, nos valores culturais e seus aspectos
identitários. Procura mapear e desenvolver estudos que analisem as representações sociais
dos mitos, símbolos, rituais e sua relação com a identidade religiosa dos adeptos e o espaço
público. 3. Religiões, Estado e Relações de Poder. O objetivo é o estudo das relações entre
as diferentes religiões e o Estado Brasileiro, em que se configurem as lutas pelos espaços
sociais de poder em diferentes temporalidades e espaços geográficos. O caráter institucional
tem destaque, por exemplo, nas relações entre as diferentes práticas religiosas e o
Estado. Professores Associados: Profª Drª Irinéia Maria Franco dos Santos, Profª Drª Raquel
de Fátima Parmegiani.

10. História e construção literária na prosa brasileira: O grupo de pesquisa, criado em
2006, está vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (PPGLL) e ao
curso de História da Ufal, onde atua a líder do grupo. Partindo de uma perspectiva
interdisciplinar, as pesquisas no grupo visam à análise de diversos elementos presentes na
narrativa literária brasileira, examinados em correlação ao seu quadro histórico de referência.
Suas atividades dividem-se entre os projetos de pesquisa “Leituras gracilianas”, “O grotesco
e o monstruoso na construção literária” e “A prosa de ficção brasileira: espaços de
experiência e horizontes de expectativa”. Professores Associados: Profª. Drª. Ana Cláudia
Aymoré Martins e a Profª. Drª. Ana Paula Palamartchuk.

2.2.4. Laboratórios de Informática – TIC
O local onde o Curso de Bacharelado em História está inserido, possui dois laboratórios de
informática, um de uso compartilhado com o ICHCA com 25 computadores, e outro menor
com 15 computadores para uso exclusivo dos alunos do curso de História. Ambos estão
conectados à internet, onde os alunos podem ter acesso a consulta de artigos, vídeos de
conhecimento específico e construção de trabalhos para as disciplinas do curso de História.
O uso de ferramentas de da internet tem sido cada vez maior para as ciências humanas,
levando a universidade para um novo patamar de interação e facilitando a acessibilidade a
informação e dimensão científica. Para essa consolidação a UFAL está se comprometendo
com duas ações básicas preponderantes: a) a substituição dos seus sistemas informatizados
acadêmicos e administrativos; b) reestruturação da rede lógica, em especial o aumento de
velocidade e o alcance da rede, permitindo salas de aula verdadeiramente eletrônicas. O uso

35

das TICs, por parte dos estudantes com necessidades educacionais favorece não só o
aprendizado, mas a participação, com autonomia, na vida acadêmica. Assim, a UFAL possui
o Núcleo de Assistência Educacional – NAE – visando promover e facilitar a acessibilidade
pedagógica, metodológica de informação e comunicação conforme previstas na Política de
Acessibilidade. Desta forma, os docentes são incentivados a buscar junto a esses núcleos
orientações sobre o uso devido dessas tecnologias. Deste modo, os discentes do curso de
História Bacharelado utilizam tanto um Laboratório de informática do ICHCA de modo
compartilhado com outros alunos dos outros cursos, bem como um menor de uso exclusivo
do curso.

3. Organização Curricular.
3.1. Matriz e proposta.
A Matriz Curricular do Curso de Bacharelado em História2, através do ordenamento
dos conteúdos busca, sobretudo, introduzir os princípios gerais presentes nas novas diretrizes
curriculares: uma maior flexibilidade curricular; a ênfase na interdisciplinaridade; o
exercício de integração entre teoria e prática; o predomínio da formação, de forma mais
crítica e abrangente, sobre a informação e a mera reprodução dos saberes. Por outro lado, é
importante salientar que a opção por essas novas diretrizes deve ser realizada de forma a não
se perder de vista as especificidades do curso e do campo de atuação do profissional de
História.
O Projeto Pedagógico do Curso História Bacharelado da UFAL preocupa-se com as
atuais vigências historiográficas contemporâneas e

as mudanças na

historiografia

brasileira. Consideramos que a organização de toda esta urdidura teórico-metodológica foi
contemplada não organização curricular. As disciplinas chamadas de ‘conhecimento
histórico das sociedades ocidentais’ foram denominadas de História Moderna e História
Contemporânea, segundo a concepção do historiador em trabalhar as mudanças da
modernidade surgidas no século XIX até a atualidade. A ‘história do Brasil’ foi contemplada
de maneira a lidar com as necessidades e trabalhos da historiografia brasileira: a história do

2

A presente proposta de matriz curricular e distribuição do conteúdo do curso estão em consonância com a
Resolução do CNE/ de 09 de junho de 2015, que rege sobre o funcionamento da formação pedagógica para
graduados não licenciados.

36

Brasil I – a América Portuguesa- oportuniza esta possibilidade, e as outras disciplinas da
História do Brasil foram organizadas na temporalidade permitida pela matriz curricular do
curso, onde História do Brasil República I e II contemplam a história mais presente de nosso
país. Dentro desta possibilidade a República II termina justamente no governo mais recente
que podemos permitir ao historiador realizar suas pesquisas históricas.
As disciplinas obrigatórias e eletivas foram dispostas segundo as necessidades do
curso, das mudanças historiográficas e das necessidades urgentes em implementar políticas
de ações afirmativas dentro do currículo acadêmico. Disciplinas como História da África,
História da Cultura Afro-brasileira e História Indígena são contempladas segundo estas
diretrizes, oferecendo a capacitação e as habilidades necessárias ao profissional que iremos
formar.
Ainda, de acordo com o Art. 3º do Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que
regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais - Libras, o curso de História Bacharelado oferece a disciplina de LIBRAS como uma
disciplina eletiva (optativa), sendo ofertada desta forma.
Também, não haverá na funcionalidade do curso de História exigência de prérequisitos para que o acadêmico possa caminhar livremente no curso e construir com
autonomia seu processo de formação, aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional.
Partindo desse princípio, entendemos que o respeito à autonomia e à dignidade de cada um
é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros
(FREIRE, 1996, p.66).
Por esse lado, o currículo do curso de História é flexível, deixando claro o que
importa não é uma visão evolutiva, como na perspectiva positivista, tão pouco uma
hierarquização de disciplinas dispostas por uma seriação concatenada a certa cronologia que
desagrega e isola-se das demais, mas antes criar uma matriz curricular em consonância com
domínios dos conteúdos historiográficos – a partir da otimização do clima social operador
de uma determinada realidade histórica e das diferentes concepções inerentes as práticas
teórico-metodológicas. Isso permitirá também a flexibilização da matriz curricular, abrindo
espaço para a oferta de disciplinas que contemplem as linhas de pesquisa dos professores
orientadores no sentido de promover a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade dos
conteúdos, e a ampliação das áreas de atuação profissional dos estudantes de História da
UFAL com ênfase na escolha autônoma do estudante, na construção de trajetórias de
aprendizagens significativas.

37

Notadamente, a matriz curricular do Curso de História Bacharelado – da
Universidade Federal de Alagoas, através do ordenamento dos conteúdos busca, sobretudo,
introduzir os princípios gerais presentes nas novas diretrizes curriculares para formação de
profissionais bacharéis: uma maior flexibilidade curricular; a ênfase na interdisciplinaridade;
o exercício de integração entre teoria e prática; o predomínio da formação, de forma crítica
e abrangente, sobre a informação e a mera reprodução dos saberes; o aprofundamento da
formação pedagógica.
Por outro viés, nota - segue a opção por essas novas diretrizes deve ser realizada de
forma a não se perder de vista as especificidades do curso e do campo de atuação do
historiador. Tais princípios podem ser alcançados, na prática dos seguintes procedimentos:
1) A flexibilidade curricular é evidente na adequação do número de disciplinas
consideradas do eixo fundamental, aumentando o leque de possibilidades de opção
combinação de disciplinas eletivas, sobretudo a partir do 2º semestre do curso. Tal
procedimento permite que o graduando possa complementar sua formação e obter o
perfil profissional mais adequado às suas expectativas.
2) A ênfase na interdisciplinaridade interliga-se, nesta proposta, às preocupações
comum a formação mais abrangente e flexível, e pode ser encontrada tanto no rol
de disciplinas eletivas como em várias disciplinas do eixo fundamental voltada para
o conhecimento em diversas áreas das ciências humanas e sociais – Sociologia,
Economia, Filosofia, Geografia, Antropologia, Arqueologia, Literatura, Artes–, nas
suas relações como conhecimento histórico.
3) Para a necessária articulação entre teoria e prática, nosso currículo estabelece,
em primeiro lugar, a conformidade às exigências para as Instituições Federais de
Ensino Superior para a formação de pesquisadores, incluindo um rol significativo
de disciplinas voltadas às questões pedagógicas e o Estágio Supervisionado como
lócus privilegiado de pesquisa. Além disso, todas as disciplinas (tanto as do eixo
fundamental quanto as eletivas) são compostas por parte teórica e prática, tal como
discriminado adiante neste documento.

Assim, as disciplinas obrigatórias estão distribuídas nas áreas de Teorias, Métodos da
História, Ferramentas da História, História Geral, História do Brasil e Regional que somam
2196 h e distribuídas de maneira cronológica e didaticamente visando à progressão do

38

conhecimento teórico e metodológico. As disciplinas eletivas têm por intenção prezar pela
diversificação temática e o aprofundamento de conteúdos específicos, contribuindo para que
o aluno possa se especializar em um determinado corte temporal e/ou geográfico, bem como
possibilita ao docente discutir seus objetos mais característicos de pesquisa. Desta forma, as
disciplinas eletivas somam um total mínimo de 360h.As disciplinas auxiliares ao
conhecimento histórico, também entendida como instrumentais, visam permitir a
interdisciplinaridade do futuro historiador com outras áreas do conhecimento. Por fim, neste
novo projeto do curso de história/bacharelado serão incluídos as disciplinas de Fontes
históricas que somam a carga horária de 252h, distribuídos ao longo dos semestres. Esses
créditos são entendidos como elementos integradores das disciplinas vigentes de cada um
dos semestres, visando uma articulação entre teoria e prática de maneira mais empírica.
Regulamentada a partir do Parecer CNE/CP 09/2001 (pp. 53-54), no qual os cursos de
licenciatura e bacharelado são componentes do conteúdo da prática pedagógica, as
disciplinas de fontes históricas neste PPC do Bacharelado serão vistos como atividades
desenvolvidas pelos discentes a partir de atividades de pesquisa sobre os principais materiais
de usufruto do historiador, as fontes históricas nas suas mais variadas representações
(manuscritas, orais, visuais, digitais, iconográficas, fotográficas, quantitativas e materiais).
Articuladas com as disciplinas do eixo obrigatório, estas disciplinas tendem aproximar os
historiadores da principal lacuna para compreensão e escrita da História de Alagoas: os
registros históricos. Assim, a mesma terá uma missão memorial, patrimonial e histórica
fundamental para a construção do passado e presente local, já que se pretende no
armazenamento de seus resultados através de catálogos, inventários, documentários, listas e
todos os tipos da catalogação possíveis deste corpus documental.
Nesse novo quadro mais dinâmico do Curso, as atividades ligadas à extensão também
ganham relevo, considerando-se a necessidade de uma formação voltada para as questões
mais agudas da sociedade contemporânea, e que dizem respeito diretamente ao profissional
de História, como a defesa da cidadania, da redução das desigualdades sociais e da extinção
dos preconceitos de classe, gênero e etnia. O objetivo principal, aqui, é o de viabilizar uma
relação transformadora entre Universidade e sociedade, através do incentivo a cursos e
outras atividades de extensão vinculadas à História, delineadas, a princípio, em torno de duas
linhas de ação: a) ações de caráter social e de resgate da cidadania, visando à comunidade
do entorno da Ufal, no bairro do Tabuleiro do Martins; b) ações voltadas à redução das
desigualdades e preconceitos contra afrodescendentes, levadas à frente, sobretudo, pela

39

histórica atividade de um dos núcleos de estudos vinculado ao curso, NEAB (Núcleo de
Estudos Afro-Brasileiros).
Por isso, tais discussões podem ser percebidas nas atividades acadêmico-didáticos
culturais que perfazem 200h da carga horária do curso (atividades de prática profissional),
onde o discente poderá desenvolver atividades voluntárias com organizações privadas,
públicas e não-governamentais; monitoria; participação com bolsa ou de forma voluntária
em projetos de iniciação científica; estágios curriculares não-obrigatórios; participação em
projetos de extensão; viagens de estudo; palestras; seminários ou fóruns; módulos temáticos;
ou disciplinas oferecidas por outras instituições e/ou unidades acadêmicas não contempladas
no currículo do curso.
Vale ressaltar que as atividades extraclasse são orientadas por cada professor em seu
gabinete ou em seu espaço de Grupos de Pesquisa onde também atuam com projetos de
pesquisa e orientação aos alunos. Também, as atividades extracurriculares não são de caráter
obrigatório do curso, ficando o docente com determinada autonomia para exercer tais
atividades como Visitas Técnicas orientadas e mediante Roteiro de Trabalho combinado com
as turmas em questão, caso seja necessário. Estas atividades não são enquadradas como
atividades complementares, eventos ou extensão. A dimensão extraclasse insere-se na
autonomia de cada professor em sua disciplina.

3.1.1 Matriz curricular
CURSO

HISTÓRIA

HABILITAÇÃO

*****

TURNOS

VESPERTINO E NOTURNO

ANO DE APROVAÇÃO DO PROJETO

2018

ANO DE EXECUÇÃO DO PROJETO

2018

MODALIDADE

BACHARELADO

40

Tabela Carga Horária de História (Base 18)

1º Semestre
Carga Horária
Semanal Teóric
Prática
a
Paleografia
4
40
32
História Antiga
4
40
32
Teoria Sociológica
4
40
32
Introdução aos Estudos Históricos
4
40
32
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE
Disciplina

Total
72
72
72
72
288

2º Semestre
Disciplina
ACE 1 - Eventos
Teoria da História
Antropologia Cultural
História Medieval

Carga Horária
Teóric Prática
a
4
32
40
4
40
32
4
40
32
4
40
32
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE
Semanal

Total
72
72
72
72
288

3º Semestre
Carga Horária
Disciplina
Semanal Teóric Prática
a
Historiografia Indígena
4
40
32
História do Brasil 1
4
40
32
História da América 1
4
40
32
História da África I
4
40
32
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE

Total
72
72
72
72
288

4º Semestre
Disciplina
Eletiva
História Moderna
História do Brasil 2
História da América 2
Historiografia Geral

Carga Horária
Semanal Teóric Prática
a
4
40
32
4
40
32
4
40
32
4
40
32
4
40
32
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE

Total
72
72
72
72
72
360

41

5º Semestre
Disciplina
ACE 2 - Projeto 1, parte 1
História Contemporânea 1
História do Brasil 3
Historiografia Brasileira
Eletiva

Carga Horária
Semanal Teóric Prática
a
3
24
30
4
40
32
4
40
32
4
40
32
4
40
32
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE

Total
64
72
72
72
72
352

6º Semestre
Disciplina
História Contemporânea 2
História do Brasil 4
Métodos da História
África 2
ACE 3 - Projeto 1, parte 2

Carga Horária
Teóric Prática
a
4
40
32
4
40
32
4
40
32
4
40
32
3
24
30
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE
Semanal

Total
72
72
72
72
54
342

7º Semestre
Disciplina
ACE 4 - Projeto 2, parte 1
História da arte
Estágio Supervisionado 1
História de Alagoas 1
Eletiva

Carga Horária
Semanal Teóric Prática
a
4
24
40
4
40
32
100
4
40
32
4
32
40
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE

Total
64
72
100
72
72
380

8º Semestre
Carga Horária
Disciplina
Semanal Teóric Prática
a
Seminário de Trabalho Acadêmico
4
40
32
História de Alagoas 2
4
40
32
Estágio Supervisionado 2
100
Eletiva
4
40
32
ACE 5 - Projeto 2, parte 2
4
32
40
CARGA HORÁRIA TOTAL DO SEMESTRE

Total
72
72
100
72
72
390

42

Carga Horária Total: em horas e hora/aula

Componentes Curriculares
Extensão
Fixa
Eletivas
Estágio Supervisionado
Atividades Complementares
TCC
Total

Hora aula 60 min
326
2196
288
200
200
50
2934

a) Disciplinas do Eixo Fundamental

EIXO FUNDAMENTAL
Teorias, Métodos da História e
Ferramentas da História

Formação do Bacharel

História Geral

História do Brasil e Regional

Disciplinas Instrumentais

DISCIPLINAS
Introdução aos Estudos Históricos
Historiografia Geral
Historiografia Brasileira
Teoria da História
Métodos da História
Seminário de Trabalho Acadêmico
Estágio Supervisionado 1
Estágio Supervisionado 2
Paleografia
História Antiga
História Medieval
História Moderna
História Contemporânea 1
História Contemporânea 2
História da América 1
História da América 2
História Indígena
História da África 1
História da África 2
História do Brasil 1
História do Brasil 2
História do Brasil 3
História do Brasil 4
História de Alagoas 1
História de Alagoas 2
Antropologia Cultural
Teoria Sociológica

43

b) Disciplinas do Eixo Eletivo:
História do Nordeste
História Econômica
Tópicos Especiais em História da Arte
Tópicos Especiais em Cultura Afro-Brasileira
Tópicos Especiais em História Antiga
Tópicos Especiais em História Contemporânea I
Tópicos Especiais em História Contemporânea II
Tópicos Especiais em História Contemporânea III
Tópicos Especiais em História Contemporânea IV
Tópicos Especiais em História Cultural
Tópicos Especiais em História da África I
Tópicos Especiais em História de Alagoas I
Tópicos Especiais em História de Alagoas II
Tópicos Especiais em História do Brasil I
Tópicos Especiais em História do Brasil II
Tópicos Especiais em História do Brasil III
Tópicos Especiais em História do Brasil IV
Tópicos Especiais em História do Trabalho e dos Trabalhadores
Tópicos Especiais em História Indígena
Tópicos Especiais em História Medieval
Tópicos Especiais em História Moderna
Tópicos Especiais em História da América Latina I
Tópicos Especiais em História da América Latina II
Tópicos Especiais em Patrimônio Histórico-Cultural
Tópicos Especiais em Teoria e Metodologia em História
Libras.

44

3.1.1.1. Ementas e bibliografias.
Antropologia Cultural
72h

Ementa: A formação do pensamento antropológico. Objeto, método e técnicas da
antropologia. Análise do processo de humanização e das teorias sobre a origem e
desenvolvimento da cultura. Sistemas de representação das sociedades.
Bibliografia Básica:
MALINOWSKI, Bronislaw. Crime e Costume na Sociedade Selvagem Brasília: Editora
da UnB, 2003.
LÉVI- TRAUSS, Claude. O Pensamento Selvagem. São Paulo: Companhia das Letras,
1976.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
Bibliografia Complementar:
DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução a Antropologia Social. Rio de
Janeiro, Ed. RECORD, 1987.
EVANS-PRITCHARD, E.E. Os Nuer. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.
MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a Dádiva. Sociologia e Antropologia. Rio de Janeiro:
Cosac&Naify, 2004.
MERCIER, Paul. História da Antropologia. Lisboa: Teorema, 1986.

HI História Antiga–

História Antiga–
72h
Ementa: A disciplina procura abordar o mundo Antigo por um viés historiográfico que
leva em conta os pontos de contato entre os povos que viveram em torno do Mediterrâneo,
isto implica pensar não em unidades e sequencias, mas sim, em espaço geográfico.
Colocar-se-á em discussão questões centrais para a historiografia contemporânea:
podemos pensar o Mediterrâneo como um meio, ou um espaço de uma integração histórica
concreta? De que modo se deram os processos de integração humana na bacia do
Mediterrâneo? Como pensar a integração humana na bacia do Mediterrâneo? O fio
condutor do trabalho será, nesse sentido, a análise do processo que levou a uma crescente
articulação das fronteiras internas das várias sociedades mediterrânicas (identidades,
controle da terra etc.) com aquelas externas. Esse processo de integração, sem dúvida
alguma, não apenas encurtou distâncias entre regiões cada vez mais ampla, mas também
produziu, na longa duração, sistemas cada vez mais complexos e sofisticados de identidade
e alteridade.

45

Bibliografia Básica
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Editora Contexto, 2013.
BROWN, Peter. A ascensão do cristianismo no Ocidente. Lisboa: Presença, 1999.
VEYNE, Paul. O Império Grego-Romano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
Bibliografia complementar:
ARAUJO, Emanuel. Escrito para a eternidade. A literatura no Egito faraônico. Brasília:
Editora UNB, 2000.
ARAÚJO, Sônia Regina Rebelo, ROSA, Claudia Beltão, JOLY, Fábio Duarte (org.).
Intelectuais, poder e política na Roma antiga. Rio de Janeiro: PERJ, 2010.
GIARDINA, Andrea. O homem Romano. Lisboa: Editora Presença, 1992.
VIDAL-NAQUET, Pierre. Os gregos, os historiadores, a democracia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
REDE, Marcelo. Família e Patrimônio na Antiga Mesopotâmia. Rio de Janeiro: MauadX,
2007.

História Contemporânea 1– 72h

Ementa: A Revolução Industrial e o nascimento da cultura moderna: os processos do
desencantamento em Weber e em Karl Marx. A modernidade como sistema social e
cultural e o pathos ‘burguês identificados na estrutura moderna. O comportamento
moderno, a literatura e a arte moderna e a ideologia capitalista. A concretização do sistema
capitalista enquanto projeto da modernização política e econômica pela expansão de
mercado se pela dinâmica da economia de mercado liberal. A defesa do individualismo
moderno e do pensamento liberal. As ideologias Oitocentistas na Europa e a
fundamentação do capitalismo como sistema. A África como o segundo colonialismo do
sistema econômico, advindo da crise econômica de 1873-96. Imperialismo e colonialismo:
relações práticas da modernização do capital. As dinâmicas do imperialismo moderno e
suas relações coloniais. Os partidos políticos e os movimentos sociais. A ideologia
socialista e a organização da classe trabalhadora durante o século XIX. Também nesta
disciplina continuaremos a discussão sobre o alcance dos Direitos Humanos assegurado
no Estado Democrático e as mudanças afetivas para as classes sociais. Além disso outra
discussão presente nesta disciplina e que continuará para o subsequente será a mudança
real e efetiva trazida pelo sistema capitalista e o meio ambiente, incluindo as discussões
sobre conflitos de terra, patrimônio ambiental e mudanças climáticas.
Bibliografia
básica:
CRESPIGNY, Anthony de, CRONIM, Jeremy (eds.). Ideologias políticas. Tradução:
Sérgio Duarte. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.

46

HOBSBAWM, Eric. A Era do Capital. Tradução: Luciano Costa Neto. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1996.
HOBSBAWM, Eric J. Mundos do Trabalho: novos estudos sobre história operária.
Tradução: Waldea Barcellos e Sandra Bedran. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
Bibliografia
complementar:
BHABHA, HomiK. O local da cultura. Tradução: Myriam Ávila, Eliana Lourenço de
Lima Reis, Glaucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e
desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750até a nossa época. Tradução:
Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
REMOND, René. O Século XIX. São Paulo, ed. Cultrix, 1976.
SAID, Edward W. Cultura e imperialismo. Tradução: Denise Bottman. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
TILLY, Charles. Coerção, capital e Estados europeus. Tradução: Geraldo Gerson de
Souza. São Paulo: Editorada Universidade de São Paulo, 1996.

História Contemporânea 2– 72h

Ementa: Estudo e análise do mundo contemporâneo. Da I Guerra Mundial à crise
capitalista de 1929 e a introdução da política econômica do Welfare State. Apolítica de
desenvolvimentismo para os países subdesenvolvidos pela Economia Clássica. A
reorganização do Capitalismo e a Segunda Grande Guerra como surgimento dos regimes
totalitários. Análise das sociedades de massa, os efeitos dos governos totais e do
extermínio em massa. A guerra Fria, o período entre guerras e a política de armamento
mundial. O processo de descolonização e os movimentos de resistência amparados da
ideologia marxista. A derrocada dos programas econômicos e sociais do Welfare State e a
reorganização do capital pela Escola de Chicago: o receituário neoliberal. As guerrilhas e
o terrorismo. Acrescente pauperização mundial, o desequilíbrio ambiental e as políticas
neoliberais para os países de terceiro mundo. A sociedade pós-moderna: a modernidade
líquida. As artes e ciências.
Bibliografia
básica:
ARRIGHI, G. O longo século XX. Tradução Vera Ribeiro, SP: UNESP/Contraponto, 1996.
FRIEDEN, Jeffry A. O Capitalismo Global. História econômica e política do século XX.
RJ: Zahar, 2008.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991.Tradução:Marcos
Santarrita. SP: Companhia das Letras, 1995.

47

Bibliografia
Complementar:
DARNTON, Robert e DUHAMEL, Olivier (orgs.). Democracia. Tradução: Clóvis
Marques. Rio de Janeiro: Record, 2001.
EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. Tradução: Sandra Castello Branco. São Paulo:
Editora UNESP, 2005.
HOBSBAWM, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. Tradução: José Viegas. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007.
REIS Fº, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. (orgs.). O século XX. RJ:
Civilização Brasileira, 2000. 3 volumes.
VISENTINI, Paulo G.F.& PEREIRA, Ana Lúcia D. História do Mundo Contemporâneo.
Da Pax Britânica do século XVIII ao Choque das Civilizações do século XXI. Petrópolis:
Ed. Vozes, 2008.

História da África 1 –
72h
Ementa: Análise das produções historiográficas sobre as sociedades africanas, com ênfase
na revisão e nas novas metodologias de pesquisa que adotam uma perspectiva endógena
para a leitura da historicidade do continente. Análise das especificidades das sociedades
africanas a partir do contato com os povos europeus no século XV, com ênfase nos
desdobramentos provocados pela abertura do mercado atlântico de escravos até o século
XIX.
Bibliografia básica:
BIRMINGHAM, David. Alianças e conflitos. Os primórdios da ocupação estrangeira em
Angola. 1483-1790.Luanda: Arquivo Histórico de Angola / Ministério da Cultura, 2004.
História Geral da África. vol. 1. Ed. JosephKi-Zerbo, UNESCO, 2010.
LOVEJOY, Paul E. A escravidão em África: uma história de suas transformações. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
Bibliografia complementar:
HEINTZE, Beatrix. Angola nos séculos XVI e XVII. Estudos sobre fontes, métodos e
história. Luanda: Ed. Kilombelombe, 2007.
M‘BOKOLO, Elikia. África Negra: História e Civilizações. Até ao Século XVIII.
Salvador: UFBA, São Paulo: Casadas Áfricas, 2009.
MILLER, Joseph. Poder político e parentesco. Os antigos Estados bundu em Angola.
Luanda: Arquivo Histórico Nacional/Ministério da Cultura, s/d.
SILVA, Alberto da Costae. Da manilha ao libambo. A África e a escravidão de 1500 a1700.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Fundação Biblioteca Nacional, 2002.
THORNTON,JohnK.A África e os africanos na formação do mundo atlântico.14001800. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

48

História da África 2 –
72h
Ementa: Análise das questões coloniais, através das singularidades das relações de poder
estabelecidas pelas metrópoles europeias e as sociedades africanas. Enfatizando os
desdobramentos dos processos de dominação econômica, de desarticulação das elites
políticas africanas e dos aspectos sócio-culturais do continente. Análise dos movimentos
plurais de descolonização e dos posteriores arranjos de poder no contexto posterior à 2ª
GM.
Bibliografia
básica:
ALEXANDRE, Valentim. Os sentidos do Império. Questão Nacional e Questão Colonial
na Crise do Antigo Regime Português. Porto: Afrontamento, 1993.
BITTENCOURT, Marcelo. Colonialismos, descolonizações e crises na
África.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos impérios. (1875-1914).RJ: Paz e Terra, 2009.
Bibliografia
complementar:
M‘BOKOLO, Elikia. África Negra: História e Civilizações. Do Século XIX até os dias de
hoje. Salvador: UFBA, São Paulo: Casadas Áfricas, 2010.
FAGE, J. D. História da África. Lisboa: Ed. 70, 1995.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na Sala de Aula: visita à história contemporânea.
São Paulo: Selo Negro, 2005.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos extremos. RJ: Paz e Terra, 2009.
ILLIFE, John. Os africanos. História dum continente. Lisboa: Terramar, 1999.

História da América 1 –
72h
Ementa: O processo histórico evolutivo original que desenvolvem as Culturas Indígenas
América na articulação como processo histórico dialético estabelecido a partir da
descoberta, invasão, conquista e progressiva colonização europeia do Continente
Americano.
Bibliografia
Básica:
DUSSEL, Enrique D.1492: o encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade.
Petrópolis: Vozes, 1992.
CARDOSO, Ciro Flamarion S. O Trabalho na América latina Colonial. São Paulo, editora
Ática, 1980.
BETHELL, Leslie (Ed.). História da América Latina. São Paulo: EDUSP, 2012, Tomos I

49

Bibliografia
Complementar:
BLACKBURN, Robin. A construção do escravismo no Novo Mundo. Rio de Janeiro:
Record, 2003.
DIVINE, BREEN, FREDRICKSON, WILLIAMS, ROBERTS. América. Passado e
Presente. Rio de Janeiro: Nórdica, 1992.
KONETZKE, Richard. América Latina. II.- La época colonial. México: Siglo XXI
Editores, 1993.
MORGAN, LEWISH. A sociedade primitiva. Lisboa: Presença, 1978, Tomos I–II.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América. SP: Martins Fontes, 2014.

História da América 2 –
72h
Ementa: Estudo e análise do processo e independência dos países americanos. O
desenvolvimento dos países americanos, da independência aos nossos dias. Características
gerais da América Latina nos séculos XIX e XX: desenvolvimento e subdesenvolvimento,
revolução e contra-revolução. Movimentos sociais contemporâneos.
Bibliografia
Básica:
BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Formação do império americano. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
BERARDO, João Batista. Guerrilhas e guerrilheiros no drama da América Latina.
São Paulo: Edições Populares, 1981.
BETHELL, Leslie (Ed.).História da América Latina. São Paulo: EDUSP, 2012, Tomos
Bibliografia
Complementar:
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Rio de Janeiro, Paz e
Terra,1990.
GENOVESE, Eugene D. O mundo dos senhores de escravos. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
2000.
DOWBOR, Ladislau. A formação do Terceiro Mundo. São Paulo: Brasiliense, 1994.

História da Arte– 72h
Ementa: Estudo das artes visuais no Ocidente tendo como base sua historicidade,
permitindo a formação de uma apreciação crítica e subsídios para a utilização das diversas

50

formas de expressão artística na pesquisa no ensino de História. Trata do questionamento
das definições tradicionais de arte e gosto estético; da análise da evolução e
desenvolvimento das principais correntes das artes visuais (pintura, escultura, arquitetura)
no Ocidente, em sua relação com o processo histórico; da definição dos principais
conceitos utilizados na História da Arte para definir estilos, tendências, características e
estruturas artísticas; da análise dos novos paradigmas criados pela Arte Moderna, até a
atualidade.
Bibliografia Básica:
GOMBRICH, E.H. A História da Arte. 15a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.
HAUSER, Arnold. Maneirismo. A crise da Renascença e a origem da arte moderna. São
Paulo: Perspectiva/EdUSP, 1976.
KEMP, Martin. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
Bibliografia Complementar:
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Do Iluminismo aos movimentos contemporâneos.
2ªed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
História da Arte como História da Cidade. 4ªed.São Paulo: Martins Fontes, 1998.
COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo:Brasiliense,1986.
GOMBRICH, E.H. A História da Arte. 15ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.
MARAVALL, José Antônio. A cultura do Barroco. Análise de uma estrutura histórica.
São Paulo: EdUSP, 1997.

Tópicos Especiais em
História da Arte– 72h
Ementa: Aprofundamento dos estudos sobre as artes visuais no Ocidente, trabalhando os
nexos entre as obras de arte, suas estruturas formais, seus significados intrínsecos e as
dinâmicas históricas. Obeloeogrotes com a História da Arte. Os conceitos wöllflinianos na
História da Arte: linear e pictórico, plano e profundidade, forma fechada e forma aberta,
pluralidade e unidade, clareza e obscuridade. Signo e alegoria nas artes visuais. A
iconologia de Panofsky. As imagens como representação coletiva.
Bibliografia
Básica:
DELUMEAU, Jean. História do Medo no Ocidente. 1300-1800: uma cidade sitiada.
2ªreimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
PANOFSKY, Erwin. O significado nas Artes Visuais. Lisboa: Presença, 1989.
WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da História da Arte. O problema da
evolução dos estilos na arte mais recente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Bibliografia Complementar:
ELIAS, Norbert. A peregrinação de Watteau à Ilha do Amor. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
GLANCEY, Jonathan. A História da Arquitetura. São Paulo: Loyola, 2007.

51

HANSEN, João Adolfo. Alegoria. Construção e interpretação da metáfora. São
Paulo/Campinas: Hedra/Unicamp, 2006.
HAUSER, Arnold. Maneirismo. A crise da Renascença e a origem da arte moderna. São
Paulo: Perspectiva/EdUSP, 1976.
História social da arte e da literatura. 2ªed. São Paulo: Martins Editora, 2000.
FERESJR., João. A história do conceito de “Latin América” nos Estados Unidos. Bauru,
SP.: EDUSC, 2005.
WOOD, Gordon S. A Revolução Americana. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

História de Alagoas 1–
72h
Ementa: Tendo como ponto central a discussão da singularidade de Alagoas no processo
de constituição da América Portuguesa, a disciplina apresenta o processo de sua formação
histórica em linhas gerais, destacando as questões relacionadas à dinâmica de produção
(economia) e às relações de poder intraelites e entre as classes sociais, mediadas pelo
Estado. Neste sentido, além da produção historiográfica, destacam-se o processo de
ocupação humana (pré-cabralina, indígena e europeia); a instalação dos primeiros
engenhos, a utilização da mão-de-obra escrava e as reações ao escravismo; a ocupação de
parte do território por francêses holandeses; a evolução administrativa e emancipação
política de Alagoas. Assim, a disciplina apresenta também o processo de sua formação
histórica no século XIX, destacando as questões relacionadas à dinâmica de produção
(economia) e às relações de poder intraelites e entre as classes sociais, mediadas pelo
Estado. Além da produção historiográfica, as revoltas sociais ocorridas no período; a
transição da mão de obra escrava para a juridicamente livre, bem como suas diversas
formas de arranjo do pós-1888 e o republicanismo, encerram o segundo bloco da
disciplina.
Bibliografia:
DIEGUES JR., Manuel. O Banguê nas Alagoas. Maceió: Edufal, 2006.
LINDOSO, Dirceu. Formação de Alagoas Boreal. Maceió: Cataventos, 2000.
SANT‘ANA, Moacir Medeiros de. Contribuição à história do açúcar em Alagoas.
Recife: Museu do Açúcar/IAA, 1970.
Bibliografia complementar:
ACIOLI, Vera Lúcia Costa. Jurisdição e conflitos. Maceió/Recife: Edufal/EDUFPE,
1997. MACIEL, Osvaldo (org.). Pesquisando (n)a Província. Arapiraca: Uneal, 2011.
CAETANO, Antonio Filipe Pereira (Org). Alagoas e o Império Colonial Português:
Ensaios de Poder e Administração. Maceió:Cepal,2010.
LINDOSO, Dirceu. Utopia Armada. Maceió: Edufal, 2005.
TENÓRIO, Douglas Apratto. A metamorfose das oligarquias. Curitiba: Hdlivros, 1997.

52

História de Alagoas 2–
72h
Ementa: Estudo e análise do processo de transição da Monarquia à República e o período
republicano, destacando-se: a decadência dos banguês e o surgimento das usinas e
destilarias; as ferrovias, a indústria têxtil e o capitalismo internacional; movimentos
políticos como o abolicionismo, o republicanismo, o socialismo e o populismo; a quebra
dos terreirosem1912; o coronelismo e a formação de oligarquias em Alagoas; a ditadura
militar e a redemocratização (partidos de esquerda e movimentos sociais). Pretende-se,
ainda, analisar a história política, econômica, social e cultural d‘Alagoas contemporânea.
Bibliografia
Básica:
ALMEIDA, Luiz Sávio de. Chronicas Alagoanas: Notas sobre Poder, Operários e
Cronistas. Maceió: Edufal, 2006.
OLIVEIRA, José Alberto Saldanha de. A Indústria Têxtil, a Classe Operária e o PCB
em Alagoas. Maceió:Edufal,2011.
TENÓRIO, Douglas Apratto. A Tragédia do Populismo: o Impeachment de Muniz
Falcão. Maceió: Edufal, 2007.
Bibliografia
Complementar:
ANDRADE, Manoel Correia de. Usinas e destilarias das Alagoas– uma contribuição
ao estudo da produção do espaço. Maceió:EDUFAL,1997.
RAFAEL, Ulisses Neves. Xangô rezado baixo: um estudo da perseguição aos terreiros
de Alagoas em 1912. Maceió: Edufal, 2012.
SILVA, Amaro Hélio L. Serra dos perigosos– guerrilha e índio no sertão de Alagoas.
Maceió: Edufal, 2007.
CARVALHO, Cícero Péricles. Formação Histórica de Alagoas. Maceió: Grafitex,
1982.
MACIEL, Osvaldo (org.)Operários em movimento: documentos para a história da
classe trabalhadora em Alagoas(1870-1960). Maceió: Edufal, 2007.

História do Brasil 1–
72h
Ementa: A disciplina tem por objetivo analisar os aspectos políticos, econômicos, sociais,
religiosos, comportamentais e ideológicos do Brasil desde os primeiros contatos entre
portugueses e nativos até os primeiros sinais da crise do Antigo Regime implementado
pela corte lusitana (1500-1808). Sugere-se um debate historiográfico sobre as
características políticas e econômicas desta sociedade, bem como uma análise das
diferentes áreas coloniais buscando demonstrar suas diferenciações e suas funções na
conjuntura colonial.

53

Bibliografia
Básica:
JUNIOR, Caio Prado. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Publifolha,
2000. HOLANDA, Sérgio Buarque de (Dir.). História Geral da Civilização Brasileira.
São Paulo: Bertrand Brasil, 1993.
WEHLING, Arno e WEHLING, Maria J. C. Formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2000.
Bibliografia Complementar:
FRAGOSO, João, BICALHO, Maria Fernanda Baptista & GOUVÊA, Maria de Fátima
(Orgs.). O Antigo Regime nos Trópicos: A Dinâmica Imperial Portuguesa (Século
XVI- XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. São Paulo: Global, 2000.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos. Engenhos e Escravos na Sociedade Colonial.
São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a Terra de Santa Cruz. São Paulo: Companhia
das Letras, 1986.

História do Brasil 2–
72h
Ementa: Observar o Brasil a partir das transformações no Velho Continente no início do
século XIX. Caracterizara presença da corte portuguesa e passagem de colônia para Reino
Unido de Portugal e Algarves, os caminhos seguidos até a independência política e o seu
processo de reconhecimento. Observar o período imperial em seus aspectos sociais,
políticos, culturais e econômicos durante o Primeiro Reinado, Regências e o Segundo
Reinado. As bases para construção da nacionalidade brasileira. As mudanças ocorridas
com a escravidão até a implementação da mão de obra assalariada. O contexto da crise do
Império e os passos até a Proclamação da República.
Bibliografia Básica:
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. História da vida privada: Império; a corte e a
modernidade nacional. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil
oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
FREYRE, Gilberto. Sobrados & Mucambos. São Paulo: Global, 2000.
Bibliografia Complementar:
CARVALHO, José Murilo. A Construção da Ordem: A elite política imperial; Teatro das
Sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.

54

CARVALHO, José Murilo. (Org.). A construção nacional(1830-1889). Vol. 2.
Madri: Fundação Mapfre; Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
REIS, João José. A Morte é uma Festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século
XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial,
2010. SILVA, Alberto da Costa e. (Org.). Crise Colonial e Independência 1808-1830.
Vol. 1. Madri: Fundação Mapfre; Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

História do Brasil 3–
72h
Ementa: A disciplina tem por objetivo conduzir o aluno a interpretar alguns aspectos da
construção inicial do Brasil republicano. A Proclamação da República e a república da
espada‖. O Liberalismo Oligárquico e a democracia excludente. A Revolução de 1930, o
Estado Novo e a cidadania regulada. A experiência democrática de 1945 a 1964.
Bibliografia Básica:
D‘ARAÚJO, Maria Celina. As instituições brasileiras da Era Vargas. Rio de Janeiro:
EdUerj&FGV, 1999.
FERREIRA, Jorge & DELGADO, Lucilia de A. Neves (orgs.).O Brasil Republicano vol.
1 -O tempo do liberalismo excludente; vol. 2– o tempo do nacional-estatismo e vol. 3– o
tempo da experiência democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
GOMES, Angela de Castro (org.).Vargas e a crise dos anos 50. Rio de Janeiro: Relume
Dumará, 1994.
Bibliografia Complementar:
D‘ARAÚJO, Maria Celina. Sindicatos, carisma e poder: o PTB de 1945-65. Rio de
Janeiro, FGV, 1996.
FERREIRA, Jorge. O Imaginário Trabalhista: getulismo, PTB e cultura política popular,
1945-1964. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,2005.
GOMES, Angela de Castro. A Invenção do Trabalhismo. 2ªedição, Rio de Janeiro, Relume
Dumará, 1994.
MACEDO, Michelle Reis de. O movimento queremista e a democratização de 1945. Rio
de Janeiro, 7Letras, 2013.
PANDOLFI, Dulce (org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora da
Fundação Getúlio Vargas, 1999.

História do Brasil 4–
72h

55

Ementa: A disciplina tem como objetivo interpretar os acontecimentos contemporâneos
do Brasil republicano. O Governo João Goulart e o Golpe civil-militar de 1964.O Regime
Militar: história e memória. A ―Nova República‖. A era FHC‖ e a globalização. A
ascensão das esquerdas no século XXI: o PT e o―lulismo.
Bibliografia
Básica:
FERREIRA, Jorge & DELGADO, Lucilia de A. Neves(orgs.). O Brasil Republicano vol.
3–o tempo da experiência democrática evol.4- o tempo da ditadura. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
MACIEL, David. De Sarney a Collor: reformas políticas, democratização e crise85/90.
São Paulo, Alameda, 2013.
SINGER, Andre. Os Sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo,
Companhia das Letras, 2012.
Bibliografia
Complementar:
FERREIRA, Jorge & REIS, Daniel Aarão(orgs.). As Esquerdas no Brasil vol.1-a
formação das tradições (1889/1945), vol.2- nacionalismo e reformismo radical
(1945/1964) evol.3-revolução e democracia (1964/...). Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 2007.
FICO, Carlos. Como eles agiam - os subterrâneos da Ditadura Militar: espionagem e
polícia política. Rio de Janeiro: Record, 2001.
LESBAUPIN, Ivo (org.). O Desmonte da Nação: balanço do governo FHC. 4ªEd.,
Petrópolis/RJ, Vozes, 2003.
POCHMANN, Marcio & BORGES, Altamiro.“ERA FHC“: a regressão do trabalho. São
Paulo, Anita Garibaldi, 2002.

História do Nordeste –
72h
Ementa: A partir da discussão de autores clássicos sobre o pensamento político e social
nordestino, a disciplina apresentará o processo de formação histórica da região, ocupandose tanto dos amplos quadros macro-estruturais que balizam esta história, como dos
movimentos sociais e políticos que caracterizam o posicionamento social no processo de
construção da nacionalidade brasileira e da sociabilidade nordestina, sobre o regionalismo
que perpassou parte da história do século XX.
Bibliografia Básica:
ALBUQUERQUEJR., Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes.
Recife/São Paulo: FJN/Cortez, 2001.
ANDRADE, Manuel Correia de. A terra e o homem no nordeste. São Paulo: Brasiliense,
2019.
FREIRE, Gilberto. Casa grande e senzala. 21 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981.

56

Bibliografia
Complementar:
FACÓ, Rui. Cangaceiros e fanáticos: gênese e lutas. 3ed.Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1990.
FERLINI, Vera Lúcia Amaral. Terra, trabalho e poder. São Paulo: Brasiliense,
1988.
LEAL, Vitor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo
no Brasil. 2 ed. São Paulo: Alfa-ômega, 1975.
MELLO, Evaldo Cabral. O Norte agrário e o Império (1871-1889). 2ed. Rio de Janeiro:
Toopbooks, 1999.
PERRUCI, Gadiel. A República das usinas: Um estudo de história social e econômica do
Nordeste, 1889/1930. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1978.

História Econômica–
72h
Ementa: Estudo e análise dos processos de transformação econômica e social do período
moderno e contemporâneo. Das comunidades primitivas ao capitalismo contemporâneo e
ao socialismo de Estado. Os principais teóricos da economia.
Bibliografia Básica:
ANDERSON, Perry. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo, Brasiliense,
2000.
MARX, Karl. O capital. Várias.1990
RICARDO, David. Princípios de economia política e tributação. Várias edições.1993
Bibliografia
complementar:
DOBB, Maurice. A Evolução do Capitalismo. Trad. Miguel Rego. Rio de Janeiro, Zahar.
1999
DUBY,George. Guerreiros e Camponeses: Os Primórdios do Crescimento Europeu
Século VII ao XII. Lisboa, editorial Estampa,1978.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo. Ed. Nacional,
1971.
HOBSBAWM, Eric. A era do capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.

História Indígena–
72h

57

Ementa: A partir de novas abordagens teórico-conceituais da História e da Antropologia,
a disciplina propõe-se a destacar o papel dos índios como sujeitos históricos do processo
de desenvolvimento das sociedades coloniais e pós-coloniais. Para isto, será fundamental
refletir sobre o lugar do indígena na produção discursiva historiográfica; repensar as
guerras de conquista e as guerras indígenas, bem como as relações entre elas; identificar
alianças e confrontos entre indígenas e com outros personagens históricos; analisaras
políticas indigenistas e as políticas indígenas; investigar relações interétnicas, mestiçagens
e adaptações culturais; verificar os impactos da escravidão sobre as populações indígenas;
examinar criticamente os conflitos de terra; e, por fim, refletir sobre o conceito de
etnicidade.
Bibliografia
Básica:
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os Índios na História do Brasil. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2010. 2000.
CARNEIRODA CUNHA, Manuela (org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo,
Companhia das Letras, 1992.
OLIVEIRA, João Pacheco de (org.). A Presença Indígena no Nordeste: processos de
territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória. Rio de Janeiro: Contra
Capa, 2011.

Bibliografia
Complementar:
ALMEIDA, Luiz Savio de &SILVA, Amaro Hélio Leite da. Índios do nordeste: etnia,
politica e história. Maceió, EDUFAL, 2008.
KODAMA, Kaori, Os Índios no Império do Brasil: a etnografia no IHGB entre as décadas
de1840 e1860. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz; São Paulo: Edusp, 2009.
MONTEIRO, John. Negros da Terra: índios e bandeirantes nas origens de SãoPaulo. São
Paulo, Companhia das Letras, 1994.
MONTEIRO, John. Unidade, Diversidade e a Invenção dos Índios: Entre Gabriel Soares
de Sousa e Francisco Adolfo de Varnhagen, Revista de História, USP, 149, 2003.
VAINFAS, Ronaldo. A Heresia dos Índios- Catolicismo e Rebeldia no Brasil Colonial.
São Paulo, Companhia das Letras, 1995.

História Medieval–
72h
Ementa: A disciplina pretende dar uma visão de conjunto sobre a Idade Média. Partindo
de discussões historiográficas, abordar-se-á temáticas como: a formação dos reinos
germânicos; Império carolíngio e papado; características gerais do Império Bizantino;
formação e expansão do Islã; gênese, natureza e o desenvolvimento do Feudalismo;
questões culturais, econômicas, sociais e religiosas que permearam a formação das cidades
no século XII; relação entre Império e Papado; crise do século XIV.

58

Bibliografia Básica:
BASCHET, Jêrôme. A civilização feudal. Do ano mil à colonização da América. São
Paulo: Editora Globo, 2006.
BLOCH, Marc. Os reis Taumaturgos. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
DUBY,G., Guerreiros e camponeses. Os primórdios do crescimento económico europeu.
Séc. VII-XII. Trad., Lisboa: Estampa, 1980.
Bibliografia Complementar:
BANNIARD, Michel. A Alta Idade Média. Trad. port., Lisboa: Europa-América,
s./d. BLOCH, Marc. A sociedade Feudal. Trad., Lisboa: Ed. 70, 1982.
DUBY, Georges. As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo. Lisboa: Estampa, 1982.
DUBY, George. Idade Média, Idade dos homens. Do amor e outros ensaios. São Paulo,
Companhia das Letras, 1989.
ZERNER, Monique(org.). Inventar a heresia? Discursos polêmicos e poderes antes da
Inquisição. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

História Moderna–
72h
Ementa: Investigação e análise do contexto da Era Moderna, entre os séculos XV e XVI, a
partir de dois eixos norteadores: a) o processo de formação da sociedade burguesa ocidental,
do processo de secularização do Ocidente. As temáticas abordadas têm como principais
objetos: o questionamento do conceito de moderno em sua formulação como era histórica
e a compreensão da Era Moderna como um período de alargamento e transformação nas
visões de mundo, engendradas por processos como os Descobrimentos Ultramarinos, o
Renascimento e as Reformas Religiosas; a formação do pensamento político e social
moderno no contexto do Humanismo; a cultura do Barroco no contexto da Contra Reforma;
as Revoluções Inglesas e a Revolução Francesa; o ideário político e da fundação da
nacionalidade na Revolução Americana; as transformações econômicas na primeira fase da
Revolução Industrial. Nesta disciplina iniciar-se-á a discussão sobre o alcance dos Direitos
Humanos na era moderna a partir da Revolução Francesa e o Estado Moderno de Direito.

Bibliografia Básica:
DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da Reforma. Trad. João Pedro Nunes. SP:
Pioneira, 1989.
MARAVALL, José Antônio. A cultura do Barroco. Análise de uma estrutura histórica.
SP: EdUSP, 1997.
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. 4ªreimp. SP: Cia. Das
Letras, 2003.
Bibliografia Complementar:
BURKE, Peter. A fabricação do rei. A construção da imagem pública de Luis XVI. Trad.
Maria Luíza X. de A. Borges. 2ªed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

59

DELUMEAU, Jean. A civilização do Renascimento. Lisboa: Ed. 70, s.d. FEBVRE, Lucien.
A Europa. Gênese de uma civilização. Bauru: EdUSC, 2004.
HILL, Christopher. O eleito de Deus. Oliver Cromwellea Revolução Inglesa. São Paulo:
Companhia das Letras, 2001.
HUNT, Lynn. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. Trad. Laura Teixeira
Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Historiografia Brasileira– 72h
Ementa: O desenvolvimento da historiografia nacional, suas temáticas principais, questões
conceituais e de investigação historiográfica. A formação da nação e da identidade
nacional, da perspectiva dos fundadores da historiografia brasileira às tendências
contemporâneas.
Bibliografia
Básica:
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. São Paulo:Global,2006.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação econômica e política do Brasil. São Paulo: Brasiliense,
2000.
Bibliografia
Complementar:
FREITAS, Marcos Cezar de (org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. São
Paulo: Contexto, 2012.
GLEZER, Raquel (org.). Do passado para o futuro: edição comemorativa dos 50 anos
da ANPUH. São Paulo: Contexto, 2011.
IGLÉSIAS, Francisco. Historiadores do Brasil: capítulos de historiografia brasileira.
Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.
LAPA, José Roberto do Amaral. Historiografia brasileira contemporânea: a História em
questão (2ªed.). Petrópolis: Vozes, 1981.
MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio. Conversas com historiadores
brasileiros. São Paulo:Editora34, 2002.

Historiografia Geral–72h
Ementa: O objetivo da disciplina é o estudo do desenvolvimento da historiografia do
mundo moderno a os dias atuais; suas tendências, perspectivas e interdisciplinaridade com

60

destaque para o Materialismo Histórico, a Escola Metódica, a Escola dos Annales, a Nova
História, a Micro-história e demais concepções historiográficas contemporâneas.
Bibliografia
Básica:
CARDOSO, Ciro; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e
metodologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
MALERBA, J.; ROJAS, Carlos Aguirre. (orgs.). Historiografia contemporânea em
perspectiva crítica. Bauru/SP: EDUSC, 2007.
BENTIVOGLIO, Julio; LOPES, Marcos Antônio(orgs.). A constituição da História como
ciência: de Ranke a Braudel. Petrópolis RJ: Vozes, 2013.

Bibliografia Complementar:
BLOCH, Marc. Apologia a História ou o Ofício de Historiador. Rio de Janeiro, Editor.
Jorge ZAHAR, 2001.
BURKE, Peter. A Escolados Annales, 1929-1989: a revolução francesa da historiografia.
São Paulo: Unesp, 1997.
CARDOSO, Ciro; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Novos Domínios da História. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2012.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: CIA das
Letras, 1998.
THOMPSON, E. P.A formação da classe operária inglesa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

Introdução aos Estudos Históricos– 72h
Ementa: A constituição da epistemologia e da teoria da História. Definição e utilização
dos instrumentos teóricos de análise. A problemática do conhecimento histórico. O
conhecimento objetivo e subjetivo na teoria da História. Processo histórico-social: o tempo
histórico, leis, fatos, estruturas e conjunturas. Do positivismo à quantificação das séries
estatísticas e às séries sociais. A História conceitual: a História é uma ciência? O debate
atual.
Bibliografia Básica:
BLOCH, Marc. Introdução à História. Várias edições.
LE GOFF, Jacques (org.). História nova. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1990.
HOBSBAWM, Eric. RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1984
Bibliografia Complementar:
BRAUDEL, Fernando. História e Ciências Sociais. Lisboa, ed. Presença, 1972.

61

DAVIS, Natalie Zemon. O retorno de Martin Guerre. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
DARNTON, Robert. O grande massacre dos gatos. 2. ed, Rio de Janeiro: ForenseUniversitária, 1987.
PESAVENTO, Sandra Jathay. História e História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica,
2003.
THOMPSOM, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras,1997.

Métodos da História–
72h
Ementa: O desenvolvimento de pesquisas apoiadas no rigor metodológico auxilia nos
processos de investigação e produção do conhecimento histórico a partir do debate sobre
a cientificidade da História: problematizações, objetivos, sistemas de escolhas e decisões.
Discutiremos sobre o modelo de cientificidade da ciência social e ou dos métodos
qualitativos na produção do conhecimento histórico.
Bibliografia Básica:
AROSTÉGUI, Júlio. A pesquisa histórica: teoria e método. Tradução de Andréa Dore;
Revisão Técnica de José Jobson de Andrade Arruda. Bauru: EDUSC, 2006 (Col.
―História).
BLOCH, Marc. Apología à história, ou o ofício do historiador. Trad. De André Telles. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
PINSKY, Carla Bassanezi; LUCA, Tania Regina de.(orgs.).O historiador e suas fontes.
São Paulo: Contexto, 2009.
Bibliografia
Complementar:
BURKE, Peter. Testemunha ocular: História e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier
dos Santos. Bauru: EDUSC, 2004.
GINZBURG, Carlo. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício. Tradução de Rosa Freire
d‘Aguiare Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2007 [2006].
GUAZELLI, César Augusto Barcellosetal. (orgs.). Questões de Teoria e Metodologia da
História. Porto Alegre: Ed. Universitária/ UFRGS,
2000.
PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto,
2005.
SANTOS, Boaventura de Souza.
Um discurso sobre as Ciências. 5. ed. Porto:
Afrontamento, 1991.

62

Paleografia–
72h
Ementa: A disciplina tem por objetivo entender as origens da Paleografia, suas
diferenciações com a Diplomática e seu uso pelos historiadores. Por fim, sugere – se a
discussãodasnormaspaleográficasparatranscriçãodedocumentoseatividadespráticas
de
transcrição da documentação referente aos séculos XVI-XIX.
Bibliografia Básica:
DONATO, Ernani. A Palavra Escrita e sua História. São Paulo: Melhoramentos, 1951.
BERWANGER, Ana Regina e LEAL, João Euripedes Franklin. Noções de Paleografia e
Diplomática. Santa Maria: Centro de Ciências Sociais e Humanas, UFSM,1991.
SAMARA, Eni de Mesquita. Paleografia e Fontes do Período Colonial Brasileiro. São
Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1986.
Bibliografia Complementar:
ACCIOLI,Vera Lúcia Costa. A Escrita no Brasil Colonial: Um guia para Leitura de
Documentos Manuscritos. Recife: UFP/Fundação Joaquim Nabuco/Massangana, 1994.
BLANCO, Ricardo Román. Estudos Paleográficos. São Paulo: Laserprint, 1987.
COSTA,Pe. Avelino Jesus da. Álbum de Paleografia e Diplomática Portuguesa. Coimba:
Universidade de Coimbra, 1976.
FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: Manuscritos dos Séculos XVI ao XIX. São
Paulo: UNESP/Arquivo do Estado de São Paulo, 1991.
MEGALE, Heitor & NETO, Sílvio de Almeida Toledo (Orgs.) Por Minha Letra e Sinal:
documentos de Ouro do Século XVII. São Paulo: Ateliê Cultural, 2005.

Teoria da História–
72h
Ementa: O processo de formação do professor/pesquisador solicita reflexões teóricas sobre
a ciência histórica. Nesta perspectiva, suscitamos a elaboração de um debate em torno dos
modelos teóricos, dos campos e das especializações disciplinares, particularizando o papel
dos historiadores como produtores do conhecimento histórico.
Bibliografia
Básica:
BARROS, José D‘Assunção. Teoria da História. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, v. 1 e2.
BURKE, Peter. História e Teoria Social. Tradução de Klauss Brandini Gerhardte Roneide
Venâncio Majer. São Paulo: Editora da UNESP, 2002.
MALERBA, Jurandir. Ensaios: teoria, história e ciências sociais. Londrina: EDUEL,
2011.
Bibliografia
Complementar:

63

BARROS, José D‘Assunção. A expansão da história. Petrópolis: Vozes, 2013.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Novos domínios da história.
Rio de Janeiro, RJ: Elsevier: Campinas, 2012.
FALCON, Francisco José Calazans. Estudos de teoria da história e historiografia. Vol. I:
Teoria da história. São Paulo: Hucitec, 2011. (Estudos históricos, 85).
NICOLAZZI, Fernando; MOLLO, Helena Miranda; ARAUJO, Valdei Lopes de (orgs.).
Aprender com a história? O passado e o futuro de uma questão. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2011.
RUSEN, Jorn. Razão histórica. Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.
Trad. De Estevão Chaves de Rezende Martins. Brasília, DF: Editora da universidade de
Brasília, 2010.

Teoria Sociológica–
72h
Ementa: A origem da sociologia: condições históricas, políticas, econômicas e sociais.
História e sociologia. O problema sociológico e suas diferentes perspectivas
metodológicas e teóricas.
Bibliografia Básica:
ABEL, T. Os Fundamentos das Teorias Sociológicas. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.
DURKHEIM, E. A ciência social e a ação. São Paulo: Difel, 1975. Primeira parte e cap.
1.
MARX, K. O Capital: Crítica da Economia Política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1977 (vol 2, livro 1, cap XXIV). Científicos,1980.
Bibliografia Complementar:
DERRIDA, J. Espectros de Marx. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.
FREUND, J. Sociologia de Max Weber. Rio de Janeiro: Livros Técnicos,1995.
FREITAG, B. e Pinheiro, M.F. Marx morreu: Viva Marx. Campinas: São Paulo: Papirus,
1993.
WEBER, M. ― Origem do Capitalismo Moderno‖ in Os Pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1980.

Tópicos Especiais em História Afro-brasileira– 72h
Ementa: Contextualização da Lei10.639/2003. Desafios para um ensino de História que
privilegie a diversidade etno-racial. Propostas básicas para professores da educação básica,
com sugestões de material e estratégias de ensino.
Bibliografia básica:

64

BOAVENTURA,E. M.;SILVA, A. C. da. O terreiro, a quadra e a roda: formas
alternativas de educação das crianças negras em Salvador. Salvador: Eduneb, 2005.
MUNANGA,K. Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação–
Secretaria de Educação Fundamental,1999.
SILVA, A. C. da. A discriminação do negro no livro didático. Salvador: Ceao/CED,1995.
Bibliografia complementar:
FUNDAÇÃOFRIEDRICH EBERT STIFTUNG. Um fórum para a igualdade racial:
articulação entre Estados e Municípios. São Paulo: Ed. SEPPIR, 2005.
MARCON, Frank & SOGBOSSI, Hippolyte Brice (org). Estudos Africanos, História e
cultura Afro-brasileira: olhares sobre a Lei 10.639/03. São Cristóvão: UFS, 2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Educação Africanidade Brasil, Brasília: SECAD, 2006.
OLIVEIRA, Vicente de Paula (org). Construção de Identidade e Inclusão Social do
Afrobrasileiro. Belo Horizonte: Ed. UEMG-PROPEX, 2005.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA ALFABETIZAÇÃO E
DIVERSIDADE. Educação Anti-Racista: caminhos abertos para a Lei Federal
nº10.639/03: SECAD, 2005.

Tópicos Especiais em História Antiga– 72h
Ementa: Apresentar os principais temas e os elementos de análise da História do
cristianismo antigo na sua relação com o mundo mediterrâneo. Enfatizando aspectos
sociais, políticos e culturais que vão desde ambiente judaico do século I d.C. que deu
origem a figura de Jesus até o século IV com a transformação do cristianismo em religião
Oficial do Império Romano.
Bibliografia
básica:
BROWN, Peter. A ascensão do cristianismo no Ocidente. Lisboa: Editora Presença, 1999.
HORSLEY,R.A. Arqueologia, história e sociedade na Galiléia – o contexto social de
Jesus e dos rabis. São Paulo, Paulus, 2000.
VEYNE, Paul. Quando o nosso mundo se tornou cristão. Lisboa: Texto & Grafia, 2007.
Bibliografia
complementar:
BOWMA, Alan K.e WOOLF, Greg (org.). Cultura Escrita no mundo Antigo. São Paulo:
Ática, 1998.
CAVALLO, Guglielmo e CHARTIER, Roger(org.). História da leitura no mundo antigo.
São Paulo: Ática, 2002.
GOODMAN, Martin. Rome e Jerusalem. The Clash of Ancient Civilizations. Londres:
Pinguin Books Ltd, 2008.
BROWN, Peter. Santo Agostinho. Rio de Janeiro: Record,
2005.
VEYNE, Paul. O Império Grego-Romano. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

65

Tópicos Especiais em História Contemporânea 1– 72h
Ementa: Análise sobre a violência coletiva contemporânea específica da e num objeto de
estudo sobre a formação e perpetuação dos grupos terroristas surgidos a partir do século
XX. Ou seja, como as sociedades em aparecem, quais os programas ideológicos, a
formação dos grupos, as propostas, o contexto político, social e econômico, a visão
midiática e as interpretações acadêmicas sobre o fenômeno atual. A disciplina tenderá a
ampliar a discussão conceitual, priorizando também as interpretações documentais como
fontes históricas, enquanto trabalhos possíveis a serem desenvolvidos na disciplina.
Bibliografia básica:
ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo,
totalitarismo. Tradução: Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
BAUMAN, Zygmunt. Europa. Tradução: Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor,
HOBSBAWM, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. Tradução: José Viegas. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Bibliografia Complementar:
DARNTON, Robert e DUHAMEL, Olivier (orgs.). Democracia. Tradução: Clóvis
Marques. Rio de Janeiro: Record, 2001.
EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. Tradução: Sandra Castello Branco. São Paulo:
Editora UNESP, 2005.
KLEIN, Naomi. A Doutrina do Choque: Ascensão do Capitalismo de Desastre. Tradução
Vânia Cury. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 2003.
WALLERSTEIN, Immanuel. O declínio do poder americano: os Estados Unidos e mundo
caótico. Tradução: Elsa T. S. Vieira. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.

Tópicos Especiais em História Contemporânea 2– 72h
Ementa: Estudo das relações entre o cotidiano e a história do mundo contemporâneo,
através de diferentes linguagens e construções imagéticas.
Bibliografia
básica:
DECERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. Trad. Ephraim
Ferreira Alves. 20ªed. Petrópolis. Vozes:
DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico e outros ensaios. Trad. Marina Appenzeller.14ªed.
Campinas: Papirus, 2013.

66

PERROT, Michelle. História da Vida Privada volume 4: da Revolução Francesa à
Primeira Guerra. Trad. Denise Bottmann e Bernardo Joffily.10ªreimp. São Paulo:
Companhia das Letras, 2006.
Bibliografia
complementar:
BARTHES, Roland. A câmara clara. Nota sobre a fotografia. Trad. Julio Castañon
Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 984.
CRARY, Jonathan. Técnicas do observador. Visão e modernidade no século XIX. Trad.
Verray Chamma. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
KOSSOY, Borise SCHWARZ, Lilia Moritz. Um olhar sobre o Brasil– a fotografia na
construção da imagem danação (1833-2003). Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
SONTAG, Susan. Sobre fotografia. Trad. Rubens Figueiredo. 7ªreimp. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013.
STRAUMANN, Patrick (org.). Rio de Janeiro, cidade mestiça. Nascimento da imagem de
uma nação. Trad. Rosa Freire d'Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras,2001.

Tópicos Especiais em História Contemporânea3– 72h
Ementa: A disciplina tem como objetivo o estudo dos elementos que configuram a
História das Relações Internacionais no âmbito da História Contemporânea do século XX
a partir de 1945. Os marcos que a delimitam são, de um lado, a discussão sobre o pósguerra e o fenômeno da Guerra Fria e, de outro, o surgimento da terceira geração de
intelectuais engajados, que se modela nas agruras dos eventos da Guerra Fria, e começa a
desarticular-se em fins dos anos sessenta na esteira das denuncias de Nikita Kruschov, na
invasão soviética na Hungria e depois na Tchecolosváquia, da Revolução Cubana, da
Guerra do Vietnã, do movimento de 1968, chegando à desestruturação e desarticulação do
bloco soviético. Busca-se resgatara formação da tradição de intervenção política dos
intelectuais brasileiros, através da trajetória do Movimento dos Partidários da Paz(1947-)e
de como esse movimento internacional atraiu os intelectuais brasileiros no período central
da Guerra Fria (1945-1968).
Bibliografia básica:
ARENDT, Hanna. Sobrea revolução. SP: Companhia das Letras,008.
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. SP: Companhia das Letras, 2004.
LOWY, Michel. Revoluções. SP: Boitempo Editorial, 2009.
Bibliografia complementar:
BOBBIO, Norberto. Os intelectuais e o poder. SP: UNESP, 1997.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. SP: Cia das Letras,1996.
GADDIS, John Lewis. História da Guerra Fria. RJ: Nova Fronteira, 2006.
SAUNDERS, Frances Stonor. Quem pagou a conta? A CIA na Guerra fria da Cultura. RJ:
Record, 2008.
WINOCK, Michel. O século dos intelectuais. Rio de Janeiro, Bertrand do Brasil,
2001.

67

Tópicos Especiais em História Contemporânea4– 72h
Ementa: A disciplina tem como objetivo o estudo dos elementos que configuram a História
a partir de 1980 no âmbito da História Contemporânea do século XX até os dias atuais. Os
marcos que a delimitam são, de um lado, a discussão sobre a crise mundial do capitalismo,
o surgimento do neo-liberalismo e da globalização. De outro lado, o surgimento da onda
de manifestações desde a Primavera Árabe à Ucrânia de hoje. Busca-se entender, a partir
de leitura da imprensa e da historiografia, o Tempo Presente.
Bibliografia básica:
CASTELLS, Manuel. Fim de Milênio. São Paulo, Paz e Terra, V.3,2001.
REISFILHO, Daniel e outros. O Século XX. Rio de Janeiro, Record, 2002.
TEIXEIRADA SILVA, Francisco Carlos. Enciclopédia de Guerras e Revoluções do
Século XX. Rio de Janeiro, Campus, 2004.
Bibliografia complementar:
COSTA,Darce TEIXEIRA DA SILVA, Francisco Carlos. Mundo Latino e
Mundialização. Rio de Janeiro, Mauad, 2004.
COURMONT, B. e RIBNIKAR, D. Les Guerres Asymétriques. Paris, PUF,2003.
DELL VALLE, Alexandre. Guerras contra a Europa. Rio de Janeiro, Bom texto, 2003.
HEISBOURG, François. Hyperterrorisme: la nouvelle guerre. Paris, Jacob, 2003.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo, Cia das Letras, 1995.

Tópicos Especiais em História Cultural– 72h

Ementa: Problematização das articulações entre História e Cultura como meio de dar
visibilidade a métodos e estratégias capazes de possibilitar um fazer historiográfico cujo
foco prioritário se concentre em uma História Cultural do Social. Identidades e
representações como expressões culturais construídas historicamente, proporcionando
jogos simbólicos e códigos sociais como frutos da criação humana em diferentes espaços
e tempos.
Bibliografia Básica:
SCHWARCZ, Lilia. & GOMES, Nilma. Antropologia e História. Belo Horizonte:
Autêntica, 2000.
SCHWARTZMAN, Simon. A Redescoberta da Cultura. São Paulo: Edusp,
1997. WILLIANS, Raymond. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
Bibliografia Complementar:

68

GEERTZ, Cliford. Saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. 7. ed.
Petrópolis: Editora Vozes, 2004.
MELLO, Luiz Gonzaga. Antropologia Cultural: iniciação, teoria e temas. 10. ed.
Petrópolis: Editora Vozes, 2003.
ROCHA, Everardo P. G. O que é etnocentrismo.19.ed. São Paulo: Brasiliense, Col.
Primeiros Passos, 2004.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Raça e diversidade. São Paulo: Edusp, 996.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Tópicos Especiais em História da África 1– 72h
Ementa: A proposta da disciplina é analisar as organizações sociais e políticas dos estados
africanos antes da chegada dos europeus, e posteriormente no contexto da abertura do
mercado Atlântico de escravos. O objetivo principal é caracterizar os africanos como
agentes históricos, analisando as organizações de poder e as hierarquias sociais
responsáveis pelas alianças e conflitos entre os povos da África Centro Ocidental. Na
sequência o debate é dedicado aos desdobramentos das atividades responsáveis pelo
fornecimento de escravos e os desdobramentos ocorridos nas organizações políticas e
sociais dos povos que habitavam Angola, Congo, Benguela, Cabinda e Cassanje.
Bibliografia básica:
LOVEJOY, Paul. A escravidão na África: uma história de suas transformações. RJ: Ed.
Civilização Brasileira, 2002.
SILVA, Alberto da Costa e. Da manilha ao libambo. A África e a escravidão (1500a1700).
RJ: Fund. BN, 2014.
THORNTON, John. A África e os africanos na formação do Mundo Atlântico. RJ: Ed.
Campus, 2004
Bibliografia complementar:
BIRMIMGHAN, David. Alianças e conflitos. Os primórdios da ocupação estrangeira em
Angola (1483-1750). Luanda, 2004.
FAGE, John. História da África. Lisboa: Ed. 70, 1995.
HEINTZE, Beatrix. Angolanos séculos XVI e XVII. Luanda: Ed. Kilolombele, 2007.
ILLIFFE, John. Os africanos. História dum continente. Lisboa: Ed. Terramar, 1999.
MILLER, Joseph. Poder político e parentesco. Os antigo Estado Mbundu em Angola.
Luanda: AHN, 1995.

Tópicos Especiais em História da Alagoas 1– 72h
Ementa: A disciplina tem por intenção aprofundar temáticas específicas sobre a História de
Alagoas em diversas temporalidades (Colônia, Império &República).

69

Bibliografia Básica:
BRANDÃO, Moreno. História de Alagoas. Maceió: Sergasa, 981.
COSTA, Craveiro. História das Alagoas. Maceió: Sergaça, 1983.
LINDOSO, Dirceu. Formação de Alagoas Boreal. Maceió: Cataventos, 2000.
Bibliografia complementar:
CAETANO, Antonio Filipe Pereira (Org). Alagoas e o Império Colonial Português:
Ensaios de Poder e Administração. Maceió: Cepal, 2010.
BRANDÃO, Otávio. Canais e Lagoas. Maceió: Edufal, 2009.
DIEGUES JR., Manuel. O Banguênas Alagoas. Maceió: Edufal, 2006.
MACIEL, Osvaldo (org.).Pesquisando (n)a Província. Arapiraca: Uneal,
2011. LINDOSO, Dirceu. Utopia Armada. Maceió: Edufal, 2005.

Tópicos Especiais em História da Alagoas– 72h

Ementa: A disciplina enfatiza alguns aspectos do contexto político alagoano durante o
período republicano, em particular, os acontecimentos políticos de1930 a1964. Dialoga
com os marcos históricos da Proclamação da República, da Revolução de 1930 e o Estado
Novo, da redemocratização a partir de 1946, do Regime Militar de1964 e da transição
democrática pós 1985.
Bibliografia Básica:
CARVALHO, Cícero Péricles de. Alagoas 1980-1992: a esquerda em crise. Maceió/AL,
Edufal/Lúmen/Engenho,1993.
SALDANHA, Alberto (org.). A indústria têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas.
Maceió/AL, Edufal, 2011.
TENÓRIO, Douglas Apratto. A Tragédia do Populismo: o impeachment de Muniz Falcão.
Maceió/AL, Edufal, 1995.
Bibliografia Complementar:
ALMEIDA, Luiz Sávio de. Chronicas alagoanas II: notas sobre poder, operários e
comunistas em Alagoas. Maceió/AL, Edufal, 2006.
CABRAL, Luiz Antonio Palmeira. Planos de desenvolvimento de Alagoas:1960-2000.
Maceió/AL, Edufal, 2005.
LIRA, Fernando José. Formação da Riqueza e a Pobreza de Alagoas. Maceió/AL,
Edufal, 2007.
MACIEL, Osvaldo. Trabalhadores, Identidade de Classe e Socialismo: os gráficos de
Maceió (1895-1905). Maceió/AL, Edufal, 2009.
MEDEIROS, Fernando Antonio Mesquita de. O homo inimicus: igreja, ação social católica
e imaginário anticomunista em Alagoas. Maceió/AL, Edufal, 2007.

70

Tópicos Especiais em História do Brasil1– 72h

Ementa: A disciplina tem por intenção aprofundar temáticas especificas sobre a história
do Brasil Colônia. Sugere-se, ainda a verticalização temática para as áreas política
(Escravidão e racismo; Sociedades Indígenas; Estado e Nação; Cidadania e Direitos;
Instituições Políticas e Poderes Públicos; História intelectual e Cultura Política; Educação
e poder; Imprensa e a prática política; Saber, ciência e o poder); econômica (Economia
Colonial; Casa Grande & Senzala: o mundo açucareiro; História agrária: estruturas
fundiárias e o uso da terra; História urbana, comércio e indústria; Economia
agroexportadora; e cultural (Literatura; Arte; Música; Religiosidade e Inquisição; Folclore;
Renascimento, Barroco, Racionalismo e Ilustração; Cultura Erudita e Cultura Popular;
História da Leitura; Intelectuais: obra e trajetória; Família, Gênero e Sexualidade;
Manifestações culturais; Identidades étnicas e gêneros; Religiosidade e História das
Religiões no Brasil).
Bibliografia básica:
HOLANDA, Sérgio Buarque de (Dir.) História Geral da Civilização
Brasileira. São Paulo: Bertrand Brasil, 1993.
MOTA, Carlos Guilherme (Org.) Brasil em Perspectiva. São Paulo:Difel,1980.
NOVAIS, Fernando (Dir.). História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 4 Volumes, 1999.
Bibliografia Complementar:
LINHARES, Maria Yeda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
NEVES, Guilherme Pereira das, SANTOS, Ana Maria, GONÇALVES, Williams da Silva
& MACHADO, Humberto Fernandes (Orgs.). História do Brasil – De Terra Ignota ao
Brasil Atual. Rio de Janeiro: Editora Multimídia, 2002.
WEHLING, Arno e WEHLING, Maria J. C. Formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2000.

Tópicos Especiais em História do Brasil2– 72h
Ementa: A disciplina tem por intenção aprofundar temáticas especificas sobre a História
do Brasil entre os anos de1808e1889.Neste sentido sugere-se a verticalização temática para
as relações sociais existentes na época em seus aspectos políticos, econômicos, religiosos
e culturais.
Bibliografia básica:
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. História da Vida Privada no Brasil: Império: a corte a
modernidade nacional. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

71

FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos: Introdução à História da Sociedade Patriarcal
no Brasil– 2. São Paulo: Global, 2006.
CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial; Teatro
de Sombras – A política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
Bibliografia complementar:
COSTA, Emília Viottida. Da Monarquia a República: momentos decisivos.7.ed.São
Paulo: Ed. Da UNESP, 1999.
FREYRE, Gilberto. Vida social no Brasil nos meados do século XIX. São Paulo: Global,
2020
REIS, João José. A Morte é uma Festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século
XIX. São Paulo: Companhia das Letras.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. (Dir.). História do Brasil Nação: 1808-2010.
CARVALHO, José Murilo. (Org.). A construção nacional 1830-1889. Vol. 2. Madri:
Fundação Mapfre; Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil imperial: 1822-1889. Rio de Janeiro: Objetiva,
2008.

Tópicos Especiais em História do Brasil3– 72h
Ementa: O populismo no Brasil - A disciplina desenvolve a análise da trajetória da
categoria populismo nas ciências sociais do Brasil. Identifica as origens da força
explicativa desta categoria para os acontecimentos políticos de 1930 a 1964. Debate os
limites desta construção histórica e sua insuficiência na interpretação da Era Vargas e do
projeto nacional-estatista. Dialoga com essa tradição na história do tempo presente.
Bibliografia Básica:
FERREIRA, Jorge. (org.). O populismo e sua história–debate e crítica. Rio de janeiro,
Civilização Brasileira, 2001.
IANNI, Octavio. O Colapso do Populismo no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1968.
WEFFORT, Francisco. O Populismo na Política Brasileira. 4ªed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1980.
Bibliografia Complementar:
FERREIRA, Jorge & REIS, Daniel Aarão (orgs.). As Esquerdas no Brasil, vol. 3 –
revolução e democracia (1964/...). Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007.
FERREIRA, Marieta de Moraes (coord.). João Goulart: entre a memória e a história. Rio
de Janeiro: Ed. FGV, 2006.
GOMES, Angela de Castro. Vargas e a crise dos anos 50. Rio de Janeiro, Relume Dumará,
1994.
GORENDER, Jacob. Combate nas Trevas: a esquerda brasileira, das ilusões perdidas à
luta armada. 4ªed. São Paulo: Ática, 1990.
REIS, Daniel Aarão. Ditadura Militar, esquerdas e sociedade. 2ªed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 2000.

72

Tópicos Especiais em História do Brasil4– 72h
Ementa: O golpe de 64: suas interpretações e análises. Os governos militares e a política
militar do Cone Sul, a implementação da economia de pendente do imperialismo norteamericano.
Bibliografia Básica:
CAVALCANTE, Berenice; STARLING, Heloisa; EISENBERG, José. Decantando a
República: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira & São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília. O Brasil Republicano. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003 (volumes 2, 3 e4).
REIS,RIDENTI,MOTTA(org.).O golpe e a ditadura militar: 40 anos depois. São Paulo:
EDUSC, 2004.
Bibliografia Complementar:
LENHARO, A. Sacralização da política. Campinas: UNICAMP/ Papirus,
1989.
REIS, Fábio W. & O' DONNELL, Guillermo (orgs.). A democracia no Brasil: dilemas e
perspectivas. São Paulo. Vértice, 1988.
SCHWARCZ, Lilia. História da Vida Privada no Brasil: Contrastes da intimidade
contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
GOMES, Ângela Maria de Castro. A invenção do trabalhismo. São Paulo. Vértice/Iuperj,
1988.
MOTTA, Rodrigo P. S. Introdução à História dos Partidos Políticos. Belo Horizonte:
UFMG, 1999.

Tópicos Especiais em América Latina 1– 72h
Ementa: A história das sociedades à margem. As tribos indígenas no período colonial e
suas localidades geográficas. O fluxo de migração pelo processo de ocidentalização, o
enfrentamento indígena ao bandeirante e as formas de mestiçagem das duas culturas. A
política getulista e o redescobrimento ‘dos índios. As formas de políticas públicas de
proteção às comunidades indígenas.
Bibliografia Básica:
BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina–América Latina Colonial.Vol.1. São
Paulo: EDUSP, 1999.
SCHWARTZ, Stuart B.&LOCKHART, James. A América Latina na época colonial. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

73

Bibliografia Complementar:
BLACKBURN, Robin. A construção do escravismo no Novo Mundo. São Paulo: Record,
2003.
GRUZINSKI, Serge. O Pensamento Mestiço. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da Nação. São Paulo: Contexto, 2001.
ROMERO, José Luis. América Latina: as cidades e as idéias. Rio de Janeiro: Editorada
UFRJ, 2004.
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. São Paulo: Martins Fontes,1993.

Tópicos Especiais em América Latina2 – 72h
Ementa: Analisar os conflitos ambientas, dando ênfase nos países da América Latina.
Perceber, também as relações entre o meio ambiente, as políticas públicas de preservação
ou não, as formações étnicas, os interesses econômicos e as relações com a ecologia: suas
formas de degradação ambiental e o impacto ambiental como surgimento da economia
capitalista. Estudar as lideranças católicas e suas ideologias no impacto dos conflitos
ambientais, principalmente nas áreas de preservação e assentamentos indígenas na
América Latina.
Bibliografia Básica:
ACOT, Pascal. História da Ecologia. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
BURSZTYN, Marcel. Para Pensar o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Cia. Das
Letras, 1996.
DEAN, Warren. À ferro e fogo: a História e a devastação da Mata Atlântica. São Paulo:
Cia. Das Letras, 1996.
Bibliografia Complementar:
BELLOTTO, Manoel Lelo e CORRÊA, Anna Maria Martinez. Bolívar e a luta pela
independência da América: ação e pensamento político. In: Simón Bolívar. São Paulo:
Ática, 1983 (Coleção Grandes Cientistas Sociais, 40).
DIVINE, R. A.et al. América: passado e presente. Rio de Janeiro: Nórdica, 1992.
OLIVEIRA, Lúcia Lippi. Americanos. Representações da identidade nacional no Brasil e
nos EUA. Alagoas: Editora UFMG/Humanitas, 2000.
NOIRIEL, Gérard. Repensar o Estado-nação. São Paulo: Element. s/d.
SOARES, Gabriela Pellegrino e
COLOMBO, Sylvia. Reforma Liberal e Lutas
Camponesas na América Latina: México e Peru nas últimas décadas do século XIX e
princípios do XX. São Paulo: Humanitas FFLCH/USP, 1999.

Tópicos Especiais em História do Trabalho e dos Trabalhadores– 72h

74

Ementa: Num primeiro momento, realiza-se a introdução aos fundamentos teóricometodológicos das categorias―trabalho e classe a partir da leitura de clássicos da filosofia,
das ciências sociais e da história. Num segundo momento, objetiva-se discutir o modo
como estas categorias apresentam-se na produção historiográfica mais recente.
Bibliografia Básica:
LINEBAUGH, Peter e REDIKER, Marcus. A hidra de muitas cabeças: marinheiros,
escravos, plebeus e a história ocultado Atlântico revolucionário. Tradução de Berilo
Vargas. São Paulo: Cia. das letras, 2008.
LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe: estudos sobrea dialética marxista.
Tradução de Rodnei Nascimento e revisão de Karina Jannini. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
MARX, Karl. El capital– crítica de La Economia Política. Tradução de Wenceslao Roces.
México: Fondo de Cultura Económica, 1975.
Bibliografia Complementar:
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaios sobrea afirmação e a negação do
trabalho. 3 ed. São Paulo: Boitempo, 2000.
BRAVERMA, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no
século XX. Tradução de Nathanael Caixeir. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
HOBSBAWM, Eric. Mundos do trabalho. 2ed. Tradução de Waldea Barcellos e Sandra
Bedran, com revisão técnica de Edgar de Decca e Michael Hall. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1987.
THOMPSON, Edward P. Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial. In:
Costumes em comum: estudos sobre cultura popular tradicional. Tradução de Rosaura
Eichemberg. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, (pp. 267/304).
WEBER, Max. Aética protestante e o espírito do capitalismo. Tradução de Pietro Nassetti.
São Paulo: Martin Claret, 2002.

Tópicos Especiais em História Indígena 1– 72h
Ementa: Estudo do transcurso histórico e cultural das sociedades indígenas no atual
território brasileiro, desde os primeiros grupos de caçadores-coletores do período
Paleoíndio até os tempos atuais, a saber: a) os índios antes do contato com os europeus; b)
a conquista ibérica dos índios no Brasil; c) os índios no contexto do Brasil moderno; d) a
presença indígena no atual território brasileiro.
Bibliografia Básica:
HAUBERT, M. Índios e jesuítas no tempo das Missões. São Paulo: Cia. Das Letras, 1990.
LÉVI-STRAUSS,C. Tristes trópicos. Trad. Rosa Freire D'Aguiar. São Paulo: Cia. Das
Letras, 1996.

75

KERN,A.A. Descoberta e colonização da América: impactos e contatos entre as
sociedades indígenas e europeias. América 92: 5 séculos de história, 500 anos de luta.
Porto Alegre: Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 1992. p.3-6.
Bibliografia complementar:
BOMMEIHY, J. C.S. Canto de Morte Kaiowá: história oral de vida. São Paulo:
Loyola,1991.
CUNHA, M. C. da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: FAPESP/SMC/Cia
das Letras, 1992.
FERNANDES,F. Organização social dos Tupinambás. São Paulo: Difel, 1963.
GOMES, M. P. Os índios e o Brasil: ensaio sobre um holocausto e sobre uma nova
possibilidade de convivência. 2. ed. Petrópolis : Vozes, 1991.
MONTEIRO, John M. Negros da terra. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

Estágio Supervisionado 1 – 100h
Ementa: Introduzir o aluno no ambiente de estudos e pesquisas em instituições arquivísticas
e museológicas, constituindo um espaço de reflexão crítica sobre o patrimônio históricocultural e sua constituição a partir da pesquisa concreta em acervos. Quer-se nesta disciplina
propiciar ao discente uma aproximação à realidade na qual irá atuar, permitindo ao mesmo
tempo uma iniciação e uma reflexão sobre os procedimentos metodológicos e as técnicas
básicas da pesquisa em História.
Bibliografia Básica:
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4 ed.
Rio de Janeiro: ED. FGV, 2007.
CASTRO, Celso. Pesquisando em arquivos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. (col Passo a
Passo, 82)
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3ed rev. e amp. Rio de Janeiro: ED. FGV,
2006.
Bibliografia Complementar:
COMISSÃO do Patrimônio Cultural/ USP. Guia de museus brasileiros. São Paulo:
Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 2000 (Col. "Uspiana - Brasil 500 Anos").
DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA. Rio de Janeiro:
Arquivo Nacional, 2005. (Publicações técnicas, nº 51)
MOREIRA, Isabel M. Martins. Iniciação à museologia: caderno de apoio. Lisboa:
Universidade Aberta, 1994.
SCHELLENBERG, Theodore R. Arquivos modernos: princípios e técnicas. 5 ed.
Tradução de Nilza Teixeira Soares - Rio de Janeiro: ED. FGV, 2005.
SILVA, Zélia Lopes da (org.). Arquivos, patrimônio e Memória – trajetórias e
perspectivas. São Paulo: EDUNESP/FAPESP, 1999.

Estágio Supervisionado 2 – 100h

76

Ementa: Quer-se nesta disciplina aprofundar os estudos dos alunos capacitando os mesmos
para a realização dos estudos acadêmicos e uma reflexão sobre os procedimentos
metodológicos e as técnicas básicas da pesquisa e trabalhos junto a fontes históricas.
Bibliografia Básica:
SILVA, Zélia Lopes da (org.). Arquivos, patrimônio e Memória – trajetórias e
perspectivas. São Paulo: EDUNESP/FAPESP, 1999.
SUANO, Marlene. O que é museu. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1991 (Col. "Primeiros
Passos", vol. 182).
ARQUIVO NACIONAL. Relatório de visita técnica – Arquivo Público de Alagoas. 2 versão
atualizada. Elaborado por HOLLÓS, Adriana Cox, PERALTA, Lucia e SILVA, Maria Ignez
Ramos. Maceió/Rio de Janeiro, fevereiro de 2003, (digitado).
Bibliografia Complementar:
SILVA, Zélia Lopes da (org.). Arquivos, patrimônio e Memória – trajetórias e
perspectivas. São Paulo: EDUNESP/FAPESP, 1999.
DUCHEIN, Michel. O respeito aos fundos em arquivística: princípios teóricos e
problemas práticos. Tradução de Maria Amélia Gomes Leite – Arquivo e Administração,
Rio de Janeiro, vol. 10-14, nº 1, abril/1982-agosto/1986, (pp. 14/33).
FENELON, Déa. “Pesquisa em História: perspectivas e abordagens”. In FAZENDA, Ivani
Catarina. Metodologia da pesquisa educacional. 2ª ed. São Paulo, Cortez, 1991.
ZANATTA, Elaine Marques. Contribuição à organização de fundos fechados em arquivos:
a leitura que não se lê. Fonte: www.ael.unicamp.br, acesso em 20 de dezembro de 2005.
Seminário de Trabalho Acadêmico– 72h/a
Ementa: Orientação para as múltiplas metodologias que podem ser utilizadas pelo
historiador para o desenvolvimento da pesquisa histórica nas diversas especialidades tais
como história cultural; história social; imaginário social e representações; história do
cotidiano; história econômica; história das ideias; história intelectual; etno-história; história
quantitativa Mídia e História e sobre as múltiplas relações de poder percebidas em
diferentes contextos sociais. Portanto, o objetivo da disciplina será a elaboração de um
projeto de pesquisa, contendo seus itens necessários para um trabalho acadêmico.
Bibliografia Básica:
CARDOSO, Ciro Flamarion, VAINFAS, Ronaldo. Domínios da História. Rio de
Janeiro:Campus, 1997.
CARDOSO, Ciro Flamarion, BRIGNOLI, Héctor Pérez. Os métodos da história. Rio de
Janeiro: Graal, 1990.
CHARTIER, Roger. A História Cultural entre práticas e representações. São Paulo:
Difel,1990.
Bibliografia Complementar:
BOURTIER, Jean; JULIA, Dominique. Passados recompostos: campos e canteiros da
História. RJ: Ed. UFRJ / FGV, 1998.
BURKE, Peter. A escrita da História. SP: Ed. Unesp, 1995.

77

D’ALESSIO, Márcia. Reflexões sobre o saber histórico. Entrevistas com Pierre Vilar,
Michel Vovelle, Madeleine Rebérioux. São Paulo: Unesp, 1998
DUBY, G., ARIÉS, LE GOFF, J., LADURIE, E. L. História e Nova História. Lisboa:
Teorema, s/d.
HUNT, Lyn (org.). A Nova História Cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Libras– 72h/a
Ementa:
Os conceitos iniciais básicos sobre deficiência auditiva (surdez) e indivíduo surdo:
identidade, cultura e educação. A forma e a estruturação da gramática em Libras e o conjunto
do seu vocabulário. Aspectos psicológico, pessoal, familiar e social do indivíduo surdo.
Cultura surda e identidade: direitos como minoria lingüística, comunidades, lei de Libras,
entidades de apoio e ensino, associações, federação e processo de inclusão educacional e
social. Educação de surdos no mundo e no Brasil: do oralismo à comunicação total e ao
bilingüismo, leis referentes à educação de alunos surdos, o profissional tradutor e intérprete
da Libras, adaptação curricular, ensino da Língua Portuguesa como segunda língua (L2) e
produção textual.
Bibliografia Básica:
BRITO, L.F. Por uma gramática de Língua de Sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,
2000.
CAPOVILLA, F. et al. Manual Ilustrado de sinais e sistema de comunicação em rede. São
Paulo: USP, 2000. Material não publicado.
COUTINHO, D. LIBRAS e Língua Portuguesa: semelhanças e diferenças. João Pessoa: s.n.,
[200-]. V. I e II.
Bibliografia Complementar:
STRNADOVÁ, VERA. Como é ser Surdo. São Paulo: União de Surdos
Tcheca Babel, 1995.
SOUZA DUARTE, A. M. Comunicando com as Mãos. Teófilo Otoni: Associação dos
Surdos de Teófilo Otoni, 1999.
SACKS, O.Vendo Vozes: Uma Viagem ao Mundo dos Surdos. São Paulo: Cia das Letras,
2000.
QUADROS, R.M. Educação de Surdos: Aquisição da Linguagem. Porto Alegre:Artes
Médicas, 1997.
MÜLLER, R. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.
ACE 1 – Eventos - 72 h/a
Ementa: A ACE 1 se dará no 2º Período e contempla a modalidade Evento. Os discentes
terão a possibilidade de participar da organização de eventos que fazem parte do calendário
acadêmico do curso de Bacharelado em História. Esta atividade procura desenvolver
condições para que os estudantes possam atuar de forma consciente, crítica e criativa no
desenvolvimento do meio social como um todo, levando em consideração as dimensões
culturais, sociais, ambientais, políticas e econômicas da realidade brasileira, oportunizadas
em eventos.

78

Bibliografia Básica
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da história. Rio de
Janeiro, RJ: Elsevier: Campinas, 2012.

FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Extensão Universitária: organização e sistematização. Belo Horizonte:
Coopmed, 2007.
Disponível
em:
www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Organizacao-esistematizacao.pdf> Acesso em 06 nov. 2017.
GUIA PRÁTICO SOBRE ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS ACADÊMICOS.
Universidade
Federal
do
ABC.
Disponível
em:
http://www.ufabc.edu.br/images/aci/guia-pratico-para-organizacao-de-eventos.pdf:
Acesso em 10 de julho de 2019.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view>. Acesso em 06 nov. 2017.
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf>. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. A indissociabilidade ensino-pesquisa- extensão e a flexibilização
curricular:uma visão da extensão. Porto Alegre: UFRGS; Brasília: MEC/SESu, 2006.
Disponível
em:https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Indissociabilidade-eFlexibilizacao.pdf>. Acesso em 06 nov. 2017.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Avaliação nacional da extensão universitária. Brasília: MEC/SESu;
Paraná: UFPR; Ilhéus: UESC, 2001. Disponível em:
<https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/AvaliacaoExtensao.pdf>. Acesso em 06 nov. 2017.

ACE 2 – Projeto 1, parte 1 – 64 h/a
Ementa: A ACE 2 se dará no 6º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse
componente curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de
extensão do Projeto 1 – parte 1. A ACE 2 deverá ser pré-requisito para cursar a ACE 3,
Projeto 1, parte 2.
Bibliografia Básica

79

SAMARA, Eni de Mesquita e TUPY, Ismênia Silveira. História & documento e
metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em:
<https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo
didáticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf>. Acesso em 06 nov. 2017.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view>. Acesso em 06 nov. 2017.
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf>. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). Fontes Históricas. São Paulo: Ed.
Contexto, 2008.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). O historiador e suas fontes. São
Paulo: Ed. Contexto, 2009.

ACE 3 – Projeto 1, parte 2 - 54 h/a

A ACE 3 se dará no 7º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse componente
curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de extensão do
Projeto 1 – parte 2, que será teórico-prática, resultando na construção de atividades ou
materiais didático-pedagógicos e/ou de pesquisa pelos discentes.
Bibliografia Básica
CHAGAS, Mário. MEMÓRIA E PODER: DOIS MOVIMENTOS. Cadernos de
Sociomuseologia, [S.l.], v. 19, n. 19, june 2009. ISSN 1646-3714. Disponível em:
<http://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/367>.
Acesso em: 26 nov. 2018.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em:
&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo
didáticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:

80

http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividadesextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.

de-

Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
SILVA, Zélia Lopes da (org.). Arquivos, patrimônio e Memória – trajetórias e
perspectivas. São Paulo: EDUNESP/FAPESP, 1999.
ACE 4 – Projeto 2, parte 1 - 64 h/a
Ementa: A ACE 4 se dará no 8º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse
componente curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de
extensão do Projeto 2 – parte 1. A ACE 4 deverá ser pré-requisito para cursar a ACE 5,
Projeto 2, parte 2.
Bibliografia Básica
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4ª
ed. Rio de Janeiro: ED. FGV, 2007.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em: &lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo e didáticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
PACHECO, Ricardo de Aguiar. O MUSEU NA SALA DE AULA: propostas para o
planejamento de visitas aos museus. Revista Tempo e Argumento, PPGH – UFSC,
Florianópolis,

v.

4,

n.

2,

pp.

63

–

81,

jul./dez.

2012.

Link:

http://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180304022012063/2
157
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.

81

PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). Fontes Históricas. São Paulo: Ed.
Contexto, 2008.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). O historiador e suas fontes. São
Paulo: Ed. Contexto, 2009.

ACE 5 – Projeto 2, parte 2 – 72 h/a
Ementa: A ACE 5 se dará no 9º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse
componente curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de
extensão do Projeto 2 – parte 2, que contemplará atividades teórico-práticas, e que resultarão
na construção de atividades ou materiais didático-pedagógicos e/ou de pesquisa pelos
discentes.
Bibliografia Básica
ARÓSTEGUI, Julio. A Pesquisa Histórica: teoria e método. Bauru: Edusc, 2006.

CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em:
&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Pol%C3%ADticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
LOPEZ, André Porto Ancona. Como Descrever Documentos de Arquivo: Elaboração de
Instrumentos de Pesquisa. São Paulo: Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado de São
Paulo, 2002.

Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
COSTA, Carina Martins. “A escrita de Clio nos temp(l)os da Mnemósime: olhares
sobre materiais pedagógicos produzidos em museus”. Educação em Revista, Belo
Horizonte, n. 47, p. 217-240, jun. 2008.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
MERCADO, Luis Paulo Leopoldo; CAVALCANTE, Maria Auxiliadora da Silva
(orgs.). Formação do pesquisador em educação: profissionalização docente, políticas
públicas, trabalho e pesquisa. Maceió: EDUFAL, 2007.

82

3.1.2.Proposta da matriz curricular.
O Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em História preocupou-se com as
atuais vigências historiográficas contemporâneas e as mudanças na historiografia brasileira,
além das inserções legais vigentes. Consideramos que a organização de toda esta urdidura
teórico-metodológica foi contemplada na organização curricular. As disciplinas de
‘conhecimento histórico das sociedades ocidentais’ estão denominadas de História antiga,
História Medieval, História Moderna e História Contemporânea I e II, História da África I e
II, e a História da América Latina I e II, seguindo a lógica estruturalista e a concepção do
historiador em trabalhar as sociedades ocidentais e as mudanças da modernidade surgidas
principalmente no século XIX até hoje. O conceito de pós-modernidade foi suprimido por
não se inserir nas necessidades do conhecimento histórico. Os conceitos da ciência política
e da ciência econômica foram pulverizados nas disciplinas do curso, assim como o seu
trânsito específico nas ciências humanas.
Também, a história do Brasil foi contemplada de maneira a lidar com as necessidades
e trabalhos da historiografia brasileira: a história do Brasil I e II - a América Portuguesa oportuniza esta possibilidade, e as outras disciplinas da História do Brasil foram arrumadas
na temporalidade permitida pela grade curricular, onde História do Brasil III e IV
contemplam a história mais presente de nosso país.
Já as disciplinas do eixo formador do bacharel estão contempladas no eixo de técnicas
de pesquisa, historiografia e estágio supervisionado, perfazendo a necessidade de formação
do bacharel em História.
A disciplina de História indígena está contemplada segundo estas diretrizes,
oferecendo a capacitação e as habilidades necessárias ao profissional que iremos formar. De
forma especial ela garante a grande articulação com a história ambiental e patrimonial.
Assim, optamos por trabalhar a questão ambiental de forma pulverizada no curso dando a
oportunidade para todas as disciplinas trabalharem esta questão. O decreto nº 4.281, de 25
de junho de 2002, que regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, responsável por
instituir a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências, e também
conforme a Resolução CNE/CP nº 02/2012, que define formas de sua implementação nos
currículos dos cursos superiores, é incorporado no presente projeto pedagógico curricular do
curso de História – Bacharelado, Isso quando aborda e aplica de forma direta as temáticas
ambientais na inclusão de seus conteúdos curriculares em suas disciplinas obrigatórias e

83

eletivas. Uma das abordagens para a discussão da relação humana com o meio ambiente –
hoje conhecida como “questão ambiental” – e para uma proposta de solução – o chamado
desenvolvimento sustentável3 – é a análise do surgimento deste problema pelo viés das
ciências sociais. Disciplinas como História, Antropologia, Sociologia, Geografia, Filosofia
e Economia articulam-se nas explicações para um dos maiores problemas da atualidade. A
partir da década de 1990 com a aparente globalização econômica, os desdobramentos da
“questão ambiental” tornaram-se mais prementes. Hoje vários países no mundo procuram
formas de diminuir o impacto ambiental da produção capitalista.
Tal problemática passou a ser, especialmente, objeto de estudo da História, tanto pelo
viés da “história dos movimentos sociais”, como também pelo viés atual da “história
ambiental”. Neles, as temáticas variam, desde as construções ideológicas da relação
natureza/sociedade, passando pela exploração dos recursos naturais, a relação entre
comunidades indígenas e a natureza, agricultura, ecologia, urbanização e o processo de
degradação ambiental, etc. Ou seja, os historiadores lidam com novos problemas e procuram
historicizá-los. A aplicação do método histórico proporciona uma análise mais consistente
dos problemas ambientais e suas implicações socioeconômicas e culturais. O surgimento de
uma compreensão humana sobre a Natureza foi um longo processo histórico que se deu a
partir das tentativas de “controle dos seus fenômenos”, produziu as bases estruturais da
sociedade humana, suas identidades e visões de mundo, por fim, sua Cultura.
O Projeto Político Pedagógico do Curso de História (Bacharelado) da Universidade
Federal de Alagoas entende que a formação do pesquisador de História necessita englobar,
transversalmente, em suas disciplinas, este importante debate. O apontamento do tema nos
conteúdos específicos deve privilegiar também o incentivo à construção de uma ética de
cidadania que seja “transhumana”; isto é, que valorize a existência das várias espécies e da
diversidade biológica do planeta. A crise social e ambiental afeta a todos. Vale lembrar que,
em Alagoas, a existência de conflitos sociais históricos identificados na luta pelo acesso à
terra e aos meios de produção, são intensificados ao se refletir sobre a manutenção do
trabalho no corte da cana – produção de alto impacto ambiental –, urbanização desregulada

3

“Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer
a capacidade de as futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades”. Relatório Nosso Futuro
Comum. Comissão Mundial da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1987. Apesar do aporte
teórico, as empresas passaram a utilizar o desenvolvimento sustentável numa perspectiva tecnicista; procurouse alterar tecnologias na produção para diminuir o impacto ambiental e a poluição, mas mantendo a lógica do
consumo com os “produtos verdes”.

84

e especulação imobiliária que atinge as áreas próximas aos rios e a extração tradicional do
caranguejo e sururu; a falta de saneamento básico sobremaneira os bairros populares,
aumentando a poluição dos rios e do mar etc. Da mesma forma a questão sobre Direitos
Humanos está sendo discutida em todas as disciplinas do curso para uma melhor
compreensão e discussão da questão.
As disciplinas de história da África e História Indígena serão os eixos principais da
curricularização da extensão na grade do curso, como a Legislação proposta. Ver em anexo.
Também buscamos trabalhar de forma equânime as possibilidades que a internet
acrescentou em termos de acesso à informação. Há uma clara mudança na forma clássica da
escrita da história e da comunicação do discurso histórico, ao mesmo tempo que se
inauguram perspectivas inéditas para esta forma de produção científica. Essa experiência
contemporânea tem instigado os historiadores a ponto da própria forma de ler e escrever se
tornar objeto de problematização. Obras como as de Roger Chartier, que se debruçam sobre
a história da leitura e a revolução do texto eletrônico, nos dão análises fundamentais para a
compreensão, não apenas das mudanças em curso, mas também das continuidades entre os
diversos modos das práticas de ler, escrever e seus suportes.
As novas tecnologias digitais têm conquistado cada vez mais espaço dentro do ofício
do historiador. Isso tem se dado a partir de quatro eixos principais: em termos de publicações
das narrativas historiográficas e do acesso às bibliotecas digitais; dos bancos de dados
documentais; das ferramentas de pesquisa; e por fim, do próprio suporte digital como
documento histórico. A esse respeito ver o item já citado sobre o Laboratório de Informática
do curso.
Quando nos voltamos para o pesquisador de história esse ganho fica ainda maior. Isto
se dá, não só pelo acesso disponível a professores e alunos dos arquivos documentais e
bibliotecas digitais, mas também pelas ferramentas pedagógicas disponíveis na Web que
incentivam o desenvolvimento de um aprendizado construtivista, no qual o aluno pode se
colocar como agente do conhecimento. Podemos dar o exemplo dos blogs e dos e-books, o
trabalho de construção destes suportes de textos virtuais, proporcionam uma experiência que
não se limita apenas a pesquisa a e construção da narrativa, mas também interage com a
realidade editorial, posto que a construção destas ferramentas devem seguir regras tanto
relacionadas a linguagem, como a diagramação.

85

O curso de história da UFAL tem incentivado o uso das novas tecnologias nas
pesquisas historiográficas de seus alunos, mantendo a Revista Crítica Histórica (Qualis B5)4
para publicações na área, além do trabalho desenvolvido pelo CPDHIs que tem
disponibilizado em seu site documentação sobre a História do Estado de Alagoas.
As práticas profissionais foram oferecidas ao longo do curso como Fontes Históricas,
com orientação do trabalho em fontes documentais de diversos tipos para o historiador.
Buscamos orientar as atividades de práticas profissionais, segundo as possibilidades de
competência técnica do curso, orientando os alunos para o auxílio nas monografias,
orientação de leituras e outros, que possibilitem aos alunos aprimorarem as habilidades e
competências propostas em nosso Projeto Pedagógico. Os estágios foram contemplados
segundo as necessidades de carga horária e as horas de eventos também nortearam as
possibilidades de discussão acadêmica. Assim, buscamos favorecer a discussão
interdisciplinar e multidisciplinar que favoreçam o crescimento acadêmico e intelectual do
corpo docente e discente do curso, favorecendo, também, o espaço de diálogo necessário ao
conhecimento.
No amparo de atualizar o PPC do curso de Bacharelado em História procuramos
equacionar as atividades de nivelamento das disciplinas com as provas de equivalência para
melhor desempenho do curso e como orientação do DRCA.
Assim, refletindo a sua concepção, o Curso de Bacharelado em História busca formar
um profissional versátil, com visão crítica e sistêmica, preparado para exercer atividades no
campo da preservação documental e das atividades de pesquisador. Portanto, buscou-se
estruturar o Curso articulando-se organicamente e interdisciplinarmente nas diversas áreas
de conhecimento de ciência política, antropologia cultural, estudos sobre arte e religião, bem
como estudos sobre a ambientais e outros.

3.1.3.Atividades complementares.
O Curso de Bacharelado em História prevê um total de 200 h/aula em atividades
complementares, distribuídas entre os 8 semestres letivos. Estas atividades podem ser
realizadas em forma de participação em seminários, congressos, encontros e cursos de

4

Endereço digital: http://www.seer.ufal.br/index.php/criticahistorica/index

86

extensão, palestras, visitas a instituições de pesquisa e arquivos com apresentação de
relatórios etc.
Poderão ainda ser consideradas como atividades acadêmicas complementares as aulas
práticas realizadas fora do ambiente das salas de aula da Universidade, quer sejam uma
complementação dos conteúdos ministrados ou, dependendo da natureza de cada disciplina,
um conteúdo totalmente novo, ministrados em um ambiente propício para o aproveitamento
pleno de tal evento, como por exemplo, Museus, Arquivos, Bibliotecas, Institutos de
Pesquisa, Galerias de Arte etc., desde que exista um plano de trabalho a ser executado pelo
professor e que seja exigida a frequência dos alunos em tal evento. As viagens de estudo a
municípios ou cidades históricas, alagoanas ou de qualquer outra região do Brasil, também
farão parte das Atividades Complementares, desde que comprovada a sua importância para
a qualificação ou aperfeiçoamento dos conteúdos ministrados, e que esse trabalho seja
coordenado por professores, de forma inter ou multidisciplinar, homologado pelo Colegiado
ou pela Coordenação.

4.Atividades de Curricularização da Extensão.
O Curso de História Bacharelado conta com o Programa de extensão “Entre a
Universidade e a Comunidade: democratizando o conhecimento historiográfico”. Este
programa abrange a curricularização da extensão através das disciplinas ACEs, assim como
os projetos e as ações do corpo docente. Estas atividades pretendem atuar no auxílio e na
responsabilidade social da Universidade frente às demandas sociais, nas áreas temáticas de:
Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação. A contribuição do curso está em promover
uma ação especializada, articulada ao ensino de História, nas seguintes áreas prioritárias:
ampliação da oferta e melhoria da qualidade da educação básica; promoção do
desenvolvimento cultural em especial a produção e preservação de bens simbólicos e o
ensino das artes; e, ampliação e fortalecimento das ações de democratização da ciência.
As ações de extensão do curso História Bacharelado, ligadas a este Programa,
atendendo ao Anexo B dos Parâmetros teórico-metodológicos para a curricularização e
creditação da extensão da UFAL, classificam-se nas seguintes linhas: Formação de
professores; Metodologias e estratégias de ensino/aprendizado; Patrimônio Cultural,
Histórico, Natural e Imaterial; Direitos Individuais e Coletivos; Grupos sociais vulneráveis.

87

Além disso, contamos com o apoio extensionista de diversos projetos do curso de
História Bacharelado como apresentados em documentação sobressalente. O Programa de
Extensão está proposto dentro curso, discriminado neste Projeto Pedagógico, com suas
respectivas atividades, público alvo e carga horária, estando de acordo com a Resolução
Consuni/Ufal 04/2018.
Conforme a Resolução, destacamos abaixo o artigo 2º, 3º e 4º:
Art. 2º - As ações de extensão passam a ser obrigatórias para o corpo discente dos
Cursos de Graduação da UFAL, que deverá creditar o equivalente a 10% (dez por cento) da
carga horária total do respectivo curso em Programa(s) de Extensão, através das suas
respectivas atividades extensionistas definidas para o cumprimento dessa finalidade.
Art. 3º - Cada curso ofertará, no mínimo, um Programa de Extensão, com ações a ele
ligadas e distribuídas ao longo do curso, em consonância com os demais componentes
curriculares e com os objetivos da formação, considerando o perfil do egresso e os objetivos
sociais da universidade pública.
Art. 4º - Por ATIVIDADE DE EXTENSÃO é entendido o processo interdisciplinar,
educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre a
Universidade e outros setores da sociedade.
Parágrafo único - São consideradas atividades de extensão, configuradas como
componentes curriculares que podem ser creditadas no histórico do/a discente de graduação,
projetos, cursos, eventos e produtos relacionados a Programa de Extensão com ementa e
objetivos formativos definidos nos Projetos Pedagógicos de Cursos, denominadas,
doravante, Atividades Curriculares de Extensão (ACE).
A extensão curricular está proposta pelos cursos de graduação de História
Licenciatura e Bacharelado da Universidade, devendo ser pensada a partir do tripé ensinopesquisa-extensão, visando a integração entre Universidade e Sociedade, ressaltando o seu
caráter interdisciplinar e o potencial interprofissional. Logo, as atividades de extensão são
todas as ações de contribuição à sociedade, sob uma metodologia contextualizada com o
público-alvo e buscando objetivos a curto prazo, condizentes com o sentido de
responsabilidade social. Essas atividades propiciam a participação da sociedade extracampus (em especial a pessoas carentes de acesso a bens científicos). O Curso de Graduação
em História (Licenciatura ou Bacharelado) da Universidade Federal de Alagoas deve
desenvolver ações extensionsistas que estimulem a formação acadêmica em História.

88

Além destas propostas, existem atividades dos cursos de Licenciatura e de
Bacharelado em História diretamente ligadas à sua matriz curricular, através das disciplinas
de natureza extensionista, as ACEs. Cada qual terá seu projeto individual de execução
definido pelo professor da disciplina, seguindo as ementas de cada uma como consta na
Matriz curricular.
Temos realizado nos cursos de graduação e pós-graduação, eventos de extensão,
curso de formação continuada, interação com outras universidades e outros cursos, marcando
o caráter interdisciplinar do curso, mas sem perder de vista a especificidade do campo
científico da História. Sabendo que o Estado de Alagoas ainda possui baixos níveis de
escolaridade e sérios problemas no sistema educacional, nossa ênfase tem sido de intensificar
o diálogo com a educação básica, tanto com professores da rede pública e particular, quanto
com alunos do ensino fundamental e médio.
O público-alvo das atividades de curricularização da extensão são os graduandos,
pós-graduandos, egressos, técnicos, professores de História da rede pública e privada e áreas
afins e demais interessados da sociedade em geral. Serão 5 ACE’s distribuídas ao longo de
5 períodos, com a ACE 1 na modalidade Evento e as demais (ACE 2, 3, 4 e 5) na modalidade
Projetos.
Os indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento das ACE’s, serão
realizados pelo professor, a partir dos objetivos e metodologias definidas em cada ACE. As
avaliações serão realizadas a partir do envolvimento dos discentes nas atividades de extensão
teórico-práticas, e que resultarão na construção de atividades ou material didáticopedagógico e/ou de pesquisa pelos discentes. As atividades de extensão (projetos, eventos,
cursos etc.) serão discutidas e avaliadas entre os professores do curso que estarão envolvidos
com as ACE’s, semestralmente, em reuniões orientadas pelo NDE e apresentados em
relatórios parciais e finais.
Seguem discriminadas abaixo as ações de extensão que vem sendo desenvolvidas nos
últimos anos (eventos, cursos e projetos):
3º Fórum do Programa de Pós-Graduação em História da UFAL (março de
2018)
Este evento já é tradição no PPGH/UFAL como um espaço em que os discentes
apresentam resultados parciais e finais de suas pesquisas, dando maior visibilidade às suas
produções científicas e os impactos socioeconômicos e culturais provocados por seu caráter
inovador. Além disso, é também uma forma de recepcionar os discentes ingressantes e

89

apresentá-los ao PPGH, suas produções, regras de funcionamento e estrutura, por meio de
uma reunião com todos os discentes do Programa no início da programação do Fórum. Para
a conferência de abertura, convidamos o Prof. Itamar Freitas de Oliveira, da Universidade
Federal de Sergipe (UFS), que tem sido nossa parceira em vários eventos, permitindo a troca
de experiências entre dois Programas ainda novos e em vias de consolidação. O título da sua
conferência foi Método histórico na historiografia alemã (1736-1913). Já para a conferência
de encerramento, convidamos o Prof. Elias Ferreira Veras, professor de História da UFAL,
recém concursado e recém credenciado no PPGH. O objetivo foi apresentá-lo à comunidade
acadêmica e dar início aos debates científicos sobre gênero no Programa, área de pesquisa
do professor citado, que ao entender a demanda, criou o Grupo de Estudos e Pesquisas em
História, Gênero e Sexualidade (GEPHGS). Intitulada A invenção do estigma travesti no
Brasil (1970-1990), a conferência atraiu um grande público, não apenas composto por alunos
de história da Pós-graduação e da graduação, mas também discentes de outros cursos e
pessoas da comunidade no entorno, interessadas no assunto.
1968 faz 50 anos: História, Memória e Silêncios (maio de 2018)
Em maio, o Programa de Pós-Graduação em História da UFAL promoveu um ciclo
de debates sobre os 50 anos das manifestações estudantis que agitaram o ano de 1968 em
várias partes do mundo. Para isso, convidamos o Prof. João Roberto Martins Filho, da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pesquisador especialista na temática e autor
de livros que se tornaram referência para os estudiosos do período. Além de uma roda de
debates com o professor convidado, os professores Michelle Macedo e Anderson Almeida,
coordenadora e vice-coordenador do PPGH, realizaram uma entrevista com o convidado,
que será posteriormente publicada na Revista Crítica Histórica, periódico acadêmico
vinculado ao Programa e ao CPDHis. O professor João Roberto Martins Filho também teve
um espaço reservado para o lançamento de seu livro Segredos de Estado – o governo
britânico e a tortura no Brasil.
I Seminário de Ensino de História da UFAL (julho de 2018)
O evento ocorreu como parte da programação da SBPC Educação, que foi realizada
em Maceió, nos espaços da UFAL. Além da intensa participação de alunos do curso de
História (PPGH e graduação), tivemos uma grande presença de professores da rede básica
de ensino de Alagoas, que se sentiram confortáveis em compartilhar suas experiências em
sala de aula, bem como demonstraram interesse em estreitar os laços com as produções
científicas da Pós-Graduação em História. Em 2019 teremos a 2ª edição do evento.

90

Encontro Nacional de História da UFAL
O evento já é tradição do curso, e está na sua 11ª edição. Além das conferências e
mesas redondas, temos simpósios temáticos, com grande participação de professores da rede
básica, minicursos e oficinas, grande parte ministrados por discentes do PPGH/UFAL.
Curso de Formação Continuada e Colaborativa intitulado O Ensino de História
e a formação da consciência histórica de professores e alunos (dezembro de 2017 a
dezembro de 2018)
Coordenado pela prof.ª Lídia Baumgarten, em parceria com a Secretaria de Educação
do Estado e com a Associação Nacional de História, seção Alagoas (ANPUH-AL), o curso
teve resultados bastante positivos ao longo dos encontros mensais que foram marcados pela
troca de experiências entre professores da educação superior com professores da rede básica.
As oficinas abordaram as seguintes temáticas: Metodologias do Ensino de História; Brasil
Republicano; História Antiga e Medieval; História de Alagoas; História do Brasil Colônia;
Arqueologia; História da África; História do Brasil Império; História Indígena; História e
Gênero.
Minicurso de extensão Entre Revoluções e Reformas: Projetos Políticos no Brasil
O minicurso foi oferecido para alunos do Ensino Médio da rede pública de Alagoas,
participantes do Programa de Apoio aos Estudantes das Escolas Públicas do Estado
(PAESPE). Além disso, a aproximação permitiu outras ações em outros momentos, como o
aulão preparatório para o ENEM ministrado pela professora Michelle Reis de Macedo.
Diálogo com a Associação Nacional de História, seção Alagoas (ANPUH-AL)
A aproximação do PPGH com a ANPUH-AL em 2018 foi feito especialmente por
meio do ingresso das professoras permanentes Raquel Parmegiani e Michelle Reis de
Macedo na gestão da associação. A intensão na nova gestão em 2018 foi tentar resgatar as
atividades da ANPUH em Alagoas, que há algum tempo não se movimentava no estado.
Ações importantes foram realizadas, como participação no Curso de Formação Continuada
e Colaborativa citado acima, campanhas de filiação, sobretudo entre professores da rede
básica e discentes do PPGH/UFAL. Apesar de não ter conseguido realizar o evento regional
por falta de verba, a ANPUH-AL conseguiu promover uma campanha pedagógica de
apresentação da associação, bem como a importância de sua existência enquanto
representante da categoria de professores e pesquisadores de história.
Atividades culturais

91

Na programação dos nossos eventos, inserimos atrações culturais que também
contribuem para a inserção social do curso. Temos convidado alunos e ex-alunos a se
apresentarem nos eventos realizados pelo curso.
Diálogo com a Arquidiocese de Maceió e com o Arquivo Público de Alagoas
Os trabalhos de organização, higienização e catalogação de fontes históricas nestes
dois arquivos têm aproximado alunos e professores dessas instituições, proporcionando não
apenas pesquisas acadêmicas, mas também eventos importantes para o diálogo entre o
PPGH/UFAL e a sociedade civil, como os seguintes exemplos: o I e o II Congresso de
História (2015 e 2017), realizados no espaço do Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora
da Assunção, com grande participação da comunidade acadêmica e de seminaristas; e os
encontros do projeto Chá de Memória, no Arquivo Público de Alagoas, reunindo intelectuais
e leigos interessados em assuntos debatidos sobre a história de Alagoas.
Seguem abaixo o Programa de Extensão do CPDHis, os projetos e atividades de
extensão do curso.

4.1. Programa de Extensão do Curso.
PROGRAMA DE EXTENSÃO: "Entre a Universidade e a Comunidade:
democratizando o conhecimento historiográfico"

Ementa: Para atender às demandas sociais e educacionais na sua área de atuação, os
cursos de História (Bacharelado e Licenciatura) desenvolveram o Programa de extensão
"Entre a Universidade e a Comunidade: democratizando o conhecimento
historiográfico" com o objetivo de promover e apoiar projetos de extensão dos grupos de
pesquisa, laboratórios e/ou pesquisadores e professores dos cursos que possibilitem a
formação continuada de profissionais da área, estudantes, técnicos, líderes comunitários e
agentes sociais. As ações se darão de modo contínuo na preservação e difusão do patrimônio
histórico, cultural e imaterial, tendo como fim o seu acesso democrático; produção de
materiais didáticos para o ensino de História; oficinas de formação cultural e política;
divulgação de conhecimento histórico via exposições, eventos científicos e de
popularização. O Programa de Extensão também agrega as Atividades de Curricularização
da Extensão – ACE, dos cursos de Licenciatura e Bacharelado de História. Para isso, devem

92

também ser ofertadas em suas ações, entre outras demandas, a apreensão das teorias,
métodos e técnicas que envolvam a proteção do patrimônio histórico, cultural e documental
de Alagoas.

Justificativa:
A importância de um programa de extensão reside não só na possibilidade de
desenvolver projetos e aglutinar especialistas da área em torno de grandes temas e
problemáticas historiográficas, mas também em propiciar o repasse da prática de construção
do conhecimento histórico, no relacionamento estabelecido entre professores e alunos no
cotidiano da pesquisa e das atividades de mediação com a comunidade.
A ordenação e o processamento de documentação histórica voltada para a pesquisa e
o ensino, devem vir acompanhados de uma reflexão crítica e historiográfica sobre o processo
de construção e uso delas. Ou seja, a preocupação metodológica e epistemológica é
fundamental para o sucesso das pesquisas tanto quanto os estudos e debates coletivos são
necessários como estratégias de formação dos futuros pesquisadores e professores de
História. Entende-se assim, que os diferentes grupos e laboratórios de pesquisa funcionam
como formação complementar àquela obtida em sala de aula e no estudo individual. Assim,
os cursos de História (Bacharelado e Licenciatura) refletem uma articulação especializada
entre as metodologias e as teorias em torno das fontes históricas, as diferentes pesquisas
desenvolvidas no curso, nas atividades de extensão e na concentração dos resultados destas
pesquisas com vistas à sua divulgação.
A apropriação destes conhecimentos pela comunidade torna-se elemento importante
para a valorização das memórias e identidades sociais, e para a crítica das relações de poder
que perpassam a sociedade. A democratização da documentação e do conhecimento
histórico tem um papel importante nas lutas sociais ligadas às questões de raça, gênero e
classe.

Fundamentação teórico-metodológica:
Na última década houve um avanço na busca por articulação de agentes em
diferentes redes de atuação que englobam o governo federal, instituições privadas e públicas,
universidades, arquivos, museus e memoriais, detentores de acervos históricos documentais
e artísticos. Entre esses esforços destaca-se, a nível nacional a iniciativa da Rede Memorial,
criada em Recife em 2011, durante a CTCM (Conferência sobre Tecnologia, Cultura e

93

Memória: estratégias para a preservação e acesso à informação). No que diz respeito à
preservação e ao acesso, diz a Carta de Recife – documento produzido durante conferência
– que “no atual contexto de desenvolvimento da sociedade da informação e de expansão da
economia da cultura e da cultura digital no Brasil, é imperativo definir uma política pública
para a digitalização de acervos memoriais (referentes ao patrimônio cultural, histórico e
artístico brasileiro).” Nesse sentido, ainda segundo o documento, “uma tal política, de
alcance nacional e que envolva os três níveis da Federação e as instituições privadas
comprometidas com a guarda de acervos de valor cultural, será essencial para orientar as
iniciativas de patrocinadores, agências financiadoras e fundos que tem oferecido recursos
públicos e privados para a reprodução digital dos acervos e a sua publicação na rede mundial
de computadores (internet).”
Para fins deste programa, entende-se que as articulações desenvolvidas a nível
nacional, exemplificadas acima, encontram eco na atuação do GT Arquivos UFAL, iniciado
em março de 2012, através da elaboração do Protocolo de Intenções que viabiliza a
articulação entre a Universidade Federal de Alagoas e as instituições de guarda documental
no Estado. Em sua Primeira Cláusula, afirma o Protocolo que: “Os signatários deste
Instrumento se comprometem a envidar esforços objetivando promover a integração
institucional na formulação e no desenvolvimento de programas e projetos de cooperação
técnica, científica e acadêmica, voltados para o desenvolvimento de ações e políticas
públicas de preservação, conservação, pesquisa, difusão e acesso público ao patrimônio
histórico e documental público e privado de interesse público de Alagoas”. Na sequência,
em sua Segunda Cláusula, tem-se que: “Os objetivos definidos no item anterior serão
implementados mediante projetos específicos, cuja execução será levada a efeito nos termos
de acordos ou convênios individuados a serem oportunamente pactuados pelas partes
signatárias”.
Neste sentido, o programa "Entre a Universidade e a Comunidade:
democratizando o conhecimento historiográfico" foi elaborado tendo em vista por um
lado, a evolução dos debates nacionais a respeito da digitalização e difusão dos acervos
culturais históricos, e as necessidades locais já há muito identificadas pelas universidades e
instituições de memória de Alagoas, que se propõe a aplicar na prática as intenções
estabelecidas e debatidas nos últimos anos. Salienta-se, por outro lado, que ao trabalhar com
os diferentes acervos no estado, ao promover a ampliação da rede de profissionais que atuam

94

neste campo, está-se cumprindo as diretrizes científicas de formação universitária nos três
eixos, pesquisa, ensino e extensão.
Partindo destes princípios, o programa tem o intuito de abranger ações que façam
parcerias com outros cursos do ICHCA e unidades acadêmicas. As áreas temáticas de
Cultura, Direitos Humanos e Justiça e Educação nos possibilitará futuros diálogos com
cursos como: Biblioteconomia (ICHCA); Serviço Social (FSSO); Pedagogia (CEDU);
Direito (FDA); Letras (FALE); Ciências Sociais (ICS); Arquitetura (FAU). A exemplo da
parceria já estabelecida entre os cursos de História e o Museu Théo Brandão de Antropologia
e Folclore.
Metodologia:
Cada projeto proposto relaciona-se às diretrizes de extensão do ICHCA e da UFAL,
parte indissociável da formação discente, podendo ser desenvolvido inclusive nas ACEs –
Atividades de Curricularização da Extensão – dos cursos de História Bacharelado e
Licenciatura. Para melhor atender à relação ensino-pesquisa-extensão, os projetos e ações
deverão se enquadrar em uma das linhas e/ou atividades de extensão dos cursos, quais sejam:
● Formação de professores: formação e valorização de professores, envolvendo a
discussão de fundamentos e estratégias para a organização do trabalho pedagógico,
tendo em vista o aprimoramento profissional, a valorização, a garantia de direitos
trabalhistas e a inclusão no mercado de trabalho formal.
● Metodologias e estratégias de ensino/aprendizado: Metodologias e estratégias
específicas de ensino/aprendizagem, como a educação a distância, o ensino
presencial e de pedagogia de formação inicial, educação continuada, educação
permanente e formação profissional.
● Patrimônio Cultural, Histórico, Natural e Imaterial: Preservação, recuperação,
promoção e difusão de patrimônio artístico, cultural e histórico (bens culturais,
móveis e imóveis, obras de arte, arquitetura, espaço urbano, paisagismo, música,
literatura, teatro, dança, artesanato, folclore, manifestações religiosas populares),
natural (natureza, meio ambiente) material e imaterial (culinária, costumes do povo),
mediante formação, organização, manutenção, ampliação e equipamento de museus,
bibliotecas, centros culturais, arquivos e outras organizações culturais, coleções e
acervos; restauração de bens móveis e imóveis de reconhecido valor cultural;
proteção e promoção do folclore, do artesanato, das tradições culturais e dos

95

movimentos religiosos populares; valorização do patrimônio; memória, produção e
difusão cultural e artística.
● Direitos Individuais e Coletivos: Apoio à organizações a ações de memória social,
defesa, proteção e promoção de direitos humanos; direito agrário e fundiário;
assistência jurídica e judiciária; individual e coletiva instituições e organizações;
bioética médica e jurídica; ações educativas e preventivas para garantia de direitos
humanos.
● Grupos sociais vulneráveis: Questões de gênero, de etnia, de orientação sexual, de
diversidade cultural, de credos religiosos, dentre outros, processos de atenção
(educação, saúde, assistência social, etc), de emancipação, de respeito à identidade e
inclusão; promoção, defesa e garantia de direitos; desenvolvimento de metodologias
de intervenção.
•

Projetos

de

extensão:

são

todos

os

projetos

desenvolvidos

pelos

professores/pesquisadores do curso de licenciatura e bacharelado e da pós-graduação.
• Projetos desenvolvidos nas ACE’s – Atividades de Curricularização da Extensão:
são todos os projetos e atividades de extensão desenvolvidas nas ACE's dos cursos de
História Bacharelado e Licenciatura.
A metodologia utilizada será a dialógica-participativa, aplicando as seguintes
diretrizes:
(1) Plano de trabalho que preveja atividades teóricas e práticas a respeito da
preservação e organização de fontes documentais. No caso de atuação in loco nos acervos
ou com fundos existentes no CPDHis (Centro de Pesquisa e Documentação Histórica), tais
fontes, previamente higienizadas, passarão por uma avaliação de suas condições de
conservação e do impacto do processo de digitalização (escâner ou fotografia) em sua
estrutura, quando for o caso.
(2) Depois desta etapa, serão listadas de acordo com os protocolos estabelecidos pelo
CPDHis utilizados nas disciplinas de Estágio Supervisionado em Arquivos I e II
(Bacharelado), através da Ficha de Levantamento Prévio para Confecção de Guia Geral,
com apoio de bibliografia especializada. Neste estão presentes as informações que auxiliarão
na constituição dos metadados utilizados em catálogos, guias e inventários: localização,
proveniência, organização, espécie, datas-limite, quantidade, conservação, descrição e
observações. Outros elementos poderão ser incluídos após avaliação pelas equipes dos
projetos.

96

(3) Divulgação ampla, democrática e gratuita dos resultados dos projetos via
publicação dos catálogos, guias e/ou inventários resultantes em e-books, artigos científicos
publicados em revistas acadêmicas, repositório da UFAL, páginas e redes sociais do na
internet dos arquivos, museus e memórias, publicações impressas etc.5
Objetivos Gerais:
Promover e apoiar as ACE’s e os projetos de extensão dos grupos de pesquisa,
laboratórios e/ou pesquisadores e professores do curso que possibilitem a formação
continuada de professores, estudantes, técnicos, líderes comunitários, agentes sociais e
outros envolvidos na salvaguarda, identificação, construção de instrumentos de pesquisa
(inventários, catálogos, guias etc), digitalização de fundos e acervos de fontes históricas,
com fins ao seu acesso democrático. Para isso, devem também ser ofertadas em suas ações
a apreensão das teorias, métodos e técnicas que envolvam a proteção do patrimônio histórico,
cultural e documental de Alagoas.
Resultados Esperados:
Na população atendida: Espera-se ampliar sobremaneira o acesso à documentação
histórica de Alagoas contida nos diferentes acervos do estado, assim como ao conhecimento
histórico produzido a partir desta documentação. Os estudantes, professores e demais
consulentes e dirigentes dos acervos ganharão na qualidade do acesso, na preservação da
documentação e na ampliação dos conhecimentos científicos em história e disciplinas
auxiliares.
Na formação discente: Espera-se que os estudantes possam associar os
conhecimentos teóricos e práticos durante a execução dos projetos, ao se aplicar as técnicas
apreendidas nos projetos e nas ACE’s. Desenvolvam pensamento crítico a respeito dos
conteúdos trabalhados e vistos na documentação histórica. Também que sejam estimulados
ao desenvolvimento de pesquisas e a utilização do método científico aplicado à história e
demais disciplinas auxiliares; que se percebam como produtores e gestores de conhecimento
a ser transmitido. Por fim, quer-se que a experiência contribua para a formação profissional
dos estudantes e o aumento de suas habilidades, para que possam ser também difusores do
conhecimento apreendido.
Para a Universidade: Espera-se desenvolver novas técnicas e tecnologias a serem
utilizadas pela universidade para o ensino, pesquisa e extensão. A criação produtos (guias,
5

Uma política editorial foi elaborada, em conjunto com a Edufal (Editora da Universidade Federal de Alagoas)
para a publicação e divulgação gratuita dos e-books.

97

inventários e/ou catálogos) possibilitam o planejamento de novas ações interinstitucionais
que são essenciais para a salvaguarda da documentação histórica de Alagoas. O apoio deste
programa pela UFAL estabelecerá parâmetros para uma atuação profissional de seus
professores e estudantes, tendo em vista a sociedade da informação e as redes de memória
que estão sendo criadas no Brasil e em outros países. Esse programa também cobrirá os
compromissos assumidos pela Universidade junto aos acervos que se disponibilizaram a
assinar o Protocolo de Intenções e os acordos técnico-científicos nos últimos anos.
Indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento: A partir desses
resultados espera-se alcançar os seguintes indicadores, somando todas as ações de extensão:
em média, 100 pessoas por ano incluindo alunos matriculados nas ACEs, professores de
História, agentes sociais e público em geral. Os instrumentos de avaliação e
acompanhamento serão relatórios parciais e finais, além dos produtos resultantes como
material didático-pedagógico, e-books, artigos de divulgação e científicos, exposições,
eventos, catálogos etc.
Referências:
ARÓSTEGUI, Julio. A Pesquisa Histórica: teoria e método. Bauru: Edusc, 2006.

BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4ª ed.
Rio de Janeiro: ED. FGV, 2007.
CHAGAS, Mário. MEMÓRIA E PODER: DOIS MOVIMENTOS. Cadernos de
Sociomuseologia, [S.l.], v. 19, n. 19, june 2009. ISSN 1646-3714. Disponível em:
<http://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/367>. Acesso
em: 26 nov. 2018.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da história. Rio de
Janeiro, RJ: Elsevier: Campinas, 2012.
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe. Santa
Rosa:

Universidad

Nacional

de

La

Pampa,

2017.

Disponível

em:

https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extension-enamerica- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação Oviêdo
Teixeira, 2000.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das diretrizes
gerais

das

atividades

de

extensão

no

âmbito

da

UFAL.

Disponível

em:

98

http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais-das-atividades- de-extensaono-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
DUARTE, Zeny (trad.). Preservação de Documentos. Métodos e práticas de
salvaguarda. The British Library National Preservation Office. Salvador: Edufba, 2009.
FARGE, Arlette. O Sabor do Arquivo. São Paulo: Edusp, 2009.
FONSECA, Maria Cecília Londres. O patrimônio em processo: trajetória da política
federal de preservação no Brasil. 3ª edição. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. FORPROEX.
Política

Nacional

de

Extensão

Universitária.

Manaus,

&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo

2012.

Disponível

em:

didática-Nacional-de-

Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017. GUIA PRÁTICO
SOBRE ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS ACADÊMICOS.

Universidade Federal do

ABC. Disponível em: http://www.ufabc.edu.br/images/aci/guia-pratico-para-organizacaode-eventos.pdf: Acesso em 10 de julho de 2019.
LOPEZ, André Porto Ancona. Como Descrever Documentos de Arquivo: Elaboração de
Instrumentos de Pesquisa. São Paulo: Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo,
2002.

PACHECO, Ricardo de Aguiar. O MUSEU NA SALA DE AULA: propostas para o
planejamento de visitas aos museus. Revista Tempo e Argumento, PPGH – UFSC,
Florianópolis,

v.

4,

n.

2,

pp.

63

–

81,

jul./dez.

2012.

Link:

http://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180304022012063/2157
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). Fontes Históricas. São Paulo: Ed. Contexto,
2008.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Ed.
Contexto, 2009.
SAMARA, Eni de Mesquita e TUPY, Ismênia Silveira. História & documento e
metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
SILVA, Zélia Lopes da (org.). Arquivos, patrimônio e Memória – trajetórias e
perspectivas. São Paulo: EDUNESP/FAPESP, 1999.
LEGISLAÇÃO
LEI Nº 2.428, de 30 de dezembro de 1961. (Dispõe sobre a criação do Arquivo Público de
Alagoas)

99

LEI Nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. (Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos
e privados e dá outras providências)
LEI Nº 6236, de 6 de junho de 2001. (Institui o sistema de Arquivos do Estado de Alagoas)

Acervos e espaços museológicos em Alagoas
Arquivo da Cúria Metropolitana de Maceió – ACMM
Arquivo Público de Alagoas – APA
Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas - IHGAL
Memorial Pontes de Miranda – TRT
Museu de Arte Sacra – Marechal Deodoro
Museu de História Natural – UFAL
Museu Théo Brandão – UFAL
Museu da Imagem e do Som – MISA

4.2. Atividades e Projetos de Extensão do Curso.
ACE – ATIVIDADE CURRICULAR DE EXTENSÃO
ACE 1 - Eventos (72 Horas)
Ementa
Ementa: A ACE 1 se dará no 2º Período e contempla a modalidade Evento. Os discentes
terão a possibilidade de participar da organização de eventos que fazem parte do calendário
acadêmico do curso de Bacharelado de História. Estas atividades procuram desenvolver
condições para que os estudantes possam atuar de forma consciente, crítica e criativa no
desenvolvimento do meio social como um todo, levando em consideração as dimensões
culturais, sociais, ambientais, políticas e econômicas da realidade brasileira, oportunizadas
em eventos.
Distribuição de Carga Horária
Teórica: 30 horas
Prática: 42 horas
Público-Alvo
Graduandos, pós-graduandos, técnicos, professores de História da rede pública e privada e
áreas afins e demais interessados da sociedade em geral.

100

Objetivos
●

Incentivar o intercâmbio acadêmico de pesquisadores, professores e alunos de diversas
instituições, dentro e fora do estado de Alagoas, por meio da troca de experiências e do
diálogo acadêmico em torno dos eixos que são temas dos eventos organizados pelo curso de
História/ICHCA;

●

Debater e refletir sobre os temas dos eventos, suas implicações, desafios e possibilidades de
encaminhamentos;

●

Propiciar aos discentes participar da organização dos eventos e, com isso, contribuir para
que eles possam atuar de forma consciente, crítica e criativa no desenvolvimento do meio
social como um todo;

●

Elaborar atividades temáticas ligadas aos eventos do curso de História.

●

Corroborar para a formação complementar dos discentes.

Metodologia
Consiste em aulas participativas, voltadas para prática extensionista, com atividades que
deem origem a produtos acadêmicos, mais acessíveis e compreensíveis pelo público em
geral. Os discentes terão a oportunidade de participar da organização de eventos que fazem
parte do calendário acadêmico e científico do curso de História. Dessa forma, os discentes
irão participar de todas as atividades de preparação, execução e pós-evento. Além da
formação complementar, os discentes também serão motivados a desenvolver trabalho em
equipe, reforçando o senso de criticidade, criatividade, responsabilidade social, produção e
exposição de resultados de pesquisa, atividades que são inerentes a própria carreira do
profissional em História. Atividades a serem desenvolvidas: Organização de Exposições,
catálogos, portfólios, materiais didáticos e atividades de monitoria, divulgação e organização
de eventos (minicursos, oficinas, intervenções didáticas/artísticas), entre outras.
Indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento da ACE
Os indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento das ACE’s, serão realizados
serão realizados pelo professor, a partir do envolvimento dos discentes nas atividades de
extensão teórico-práticas, e que resultarão na construção de atividades ou material didáticopedagógico e/ou de pesquisa pelos discentes.
Bibliografia Básica
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da história. Rio
de Janeiro, RJ: Elsevier: Campinas, 2012.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Extensão Universitária: organização e sistematização. Belo Horizonte:
Coopmed, 2007.
Disponível
em:
www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Organizacao-esistematizacao.pdf&gt; Acesso em 06 nov. 2017.
GUIA PRÁTICO SOBRE ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS ACADÊMICOS.
Universidade
Federal
do
ABC.
Disponível
em:

101

http://www.ufabc.edu.br/images/aci/guia-pratico-para-organizacao-de-eventos.pdf:
Acesso em 10 de julho de 2019.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. A indissociabilidade ensino-pesquisa- extensão e a flexibilização
curricular:uma visão da extensão. Porto Alegre: UFRGS; Brasília: MEC/SESu, 2006.
Disponível
em:https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Indissociabilidade-eFlexibilizacao.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Avaliação nacional da extensão universitária. Brasília: MEC/SESu;
Paraná: UFPR; Ilhéus: UESC, 2001. Disponível em:
&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/AvaliacaoExtensao.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.

ACE 2 – Projeto 1, parte 1 (54 Horas)
Ementa
A ACE 2 se dará no 5º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse componente
curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de extensão do
Projeto 1 – parte 1. A ACE 2 deverá ser pré-requisito para cursar a ACE 3, Projeto 1, parte
2.
Distribuição de Carga Horária
Teórica: 20 Horas
Prática: 34 Horas
Público-Alvo:

102

Graduandos, pós-graduandos, técnicos, professores de História da rede pública e privada e
áreas afins, técnicos e demais interessados da sociedade em geral.
Objetivos
● Proporcionar aos discentes a elaboração e participação de projetos e atividades
extensionistas que reforcem o papel social de cada um na sociedade alagoana e
brasileira;
● Introduzir as principais técnicas de conservação e tratamento documental;
● Exercitar a prática de conservação em fundos documentais específicos.
● Exercitar a análise histórica na documentação;
● Atuar junto aos acervos levando o conhecimento histórico ao acervo atendido;
● Promover a atualização e formação continuada de professores da rede regular de
ensino e dos graduandos e pós-graduandos em processo de formação;
● Propiciar aos discentes e professores da rede regular de ensino o contato com
diferentes metodologias/linguagens e atualização de bibliografia e debates referentes
a prática docente.
Metodologia
A ACE 2, com o Projeto 1, parte 1, será desenvolvida no 5º Período e deverá ser pré-requisito
para cursar a ACE 3, Projeto 1, parte 2. As atividades da ACE 2, Projeto 1, parte 1, serão
teórico-metodológicas e as atividades da ACE 3, Projeto 1, parte 2, serão teórico-práticas, e
que resultarão na construção de atividades ou material didático-pedagógico e/ou de pesquisa
pelos discentes. As atividades a serem desenvolvidas nesse projeto são: Democratização das
Fontes Históricas, Alagoas Histórica Digital, parte 1 e 2. Formação de Professores, Ensino
de História e suas Metodologias e Linguagens. Projetos de Extensão que os professores já
desenvolvem também serão ofertados aos discentes como atividade extensionista.
Indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento da ACE
Os indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento das ACE’s, serão realizados
serão realizados pelo professor, a partir do envolvimento dos discentes nas atividades de
extensão teórico-práticas, e que resultarão na construção de atividades ou material didáticopedagógico e/ou de pesquisa pelos discentes.
Bibliografia Básica
SAMARA, Eni de Mesquita e TUPY, Ismênia Silveira. História & documento e
metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em:
&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo
didáticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.

103

Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). Fontes Históricas. São Paulo: Ed.
Contexto, 2008.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). O historiador e suas fontes. São
Paulo: Ed. Contexto, 2009.
ACE 3 – Projeto 1, parte 2 (54 Horas)
Ementa
A ACE 3 se dará no 6º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse componente
curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de extensão do
Projeto 1 – parte 2, que será teórico-prática, resultando na construção de atividades ou
materiais didático-pedagógicos e/ou de pesquisa pelos discentes.
Distribuição de Carga Horária
Teórica: 20 Horas
Prática: 34 Horas
Público-Alvo
Graduandos, pós-graduandos, técnicos, professores de História da rede pública e privada e
áreas afins, técnicos e demais interessados da sociedade em geral.
Objetivos
● Proporcionar aos discentes a elaboração e participação de projetos e atividades
extensionistas que reforcem o papel social de cada um na sociedade alagoana e
brasileira;
● Propiciar aos discentes a construção e elaboração de material de pesquisa e didáticopedagógico, resultantes das atividades desenvolvidas na ACE 2, Projeto 1, parte 1.
Metodologia
A ACE 3, com o Projeto 1, parte 2, será desenvolvida no 6º Período e será teórico-prática,
resultando na construção de atividades ou materiais didático-pedagógicos e/ou de pesquisa
pelos discentes. As atividades a serem desenvolvidas nesse projeto são: Democratização das
Fontes Históricas, Alagoas Histórica Digital, parte 1 e 2. Formação de Professores, Ensino

104

de História e suas Metodologias e Linguagens. Projetos de Extensão que os professores já
desenvolvem também serão ofertados aos discentes como atividade extensionista.
Indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento da ACE
Os indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento das ACE’s, serão realizados
serão realizados pelo professor, a partir do envolvimento dos discentes nas atividades de
extensão teórico-práticas, e que resultarão na construção de atividades ou material didáticopedagógico e/ou de pesquisa pelos discentes.
Bibliografia Básica
CHAGAS, Mário. MEMÓRIA E PODER: DOIS MOVIMENTOS. Cadernos de
Sociomuseologia, [S.l.], v. 19, n. 19, june 2009. ISSN 1646-3714. Disponível em:
<http://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/367>.
Acesso em: 26 nov. 2018.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em:
&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo
didáticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
SILVA, Zélia Lopes da (org.). Arquivos, patrimônio e Memória – trajetórias e
perspectivas. São Paulo: EDUNESP/FAPESP, 1999.
ACE 4 – Projeto 2, parte 1 (64 Horas)
Ementa
A ACE 4 se dará no 7º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse componente
curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de extensão do
Projeto 2 – parte 1. A ACE 4 deverá ser pré-requisito para cursar a ACE 5, Projeto 2, parte
2.
Distribuição de Carga Horária
Teórica: 24 Horas

105

Prática: 40 Horas
Público-Alvo
Graduandos, pós-graduandos, técnicos, professores de História da rede pública e privada e
áreas afins, técnicos e demais interessados da sociedade em geral.
Objetivos
● Proporcionar aos discentes a elaboração e participação de projetos e atividades
extensionistas que reforcem o papel social de cada um na sociedade alagoana e
brasileira;
● Proporcionar aos discentes trabalhar com a memória dos sujeitos que construíram
relações sociais e de poder ao longo da História de Alagoas;
● Auxiliar no processo de “dar voz aos (às) silenciados (as)”, sujeitos (as) que ficaram
à margem da História de Alagoas por meio da memória;
● Propiciar discussões e debates acerca das questões de Gênero, Raça/Etnicidade e
Diversidade, tão necessários nos dias atuais, procurando motivar os discentes ao
diálogo e respeito à diversidade em todos os setores da sociedade;
● Colaborar para que o discente entre em contato com diferentes metodologias e
linguagens do ensino de História, tais como, História e Cinema, História e Literatura,
História e Música.
Metodologia
A ACE 4, com O Projeto 2, parte 1, será desenvolvida no 7º Período e deverá ser prérequisito para cursar a ACE 5, Projeto 2, parte 2. As atividades da ACE 4, Projeto 2, parte
1, serão teórico-metodológicas e as atividades da ACE 5, Projeto 2, parte 2, serão teóricopráticas, que resultarão na construção de atividades ou material didático-pedagógico e/ou de
pesquisa pelos discentes. As atividades a serem desenvolvidas na ACE 4 são: Questões de
Gênero, Raça/Etnicidade e Diversidade, Patrimônio Cultural e Memória, História e Cinema,
História e Literatura, História e Música. Projetos de Extensão que os professores já
desenvolvem também serão ofertados aos discentes como atividade extensionista.
Indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento da ACE
Os indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento das ACE’s, serão realizados
serão realizados pelo professor, a partir do envolvimento dos discentes nas atividades de
extensão teórico-práticas, e que resultarão na construção de atividades ou material didáticopedagógico e/ou de pesquisa pelos discentes.
Bibliografia Básica
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4ª
ed. Rio de Janeiro: ED. FGV, 2007.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-gerais- das-atividades- deextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.

106

FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível
em: &lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Polo e didáticaNacional-de-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
PACHECO, Ricardo de Aguiar. O MUSEU NA SALA DE AULA: propostas para o
planejamento de visitas aos museus. Revista Tempo e Argumento, PPGH – UFSC,
Florianópolis, v. 4, n. 2, pp. 63 – 81, jul./dez. 2012. Link:
http://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180304022012063/2
157
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extensionen-america- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação
Oviêdo Teixeira, 2000.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). Fontes Históricas. São Paulo: Ed.
Contexto, 2008.
PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania R. de (orgs.). O historiador e suas fontes. São
Paulo: Ed. Contexto, 2009.
ACE 5 – Projeto 2, parte 2 (72 Horas)
Ementa
A ACE 5 se dará no 8º Período e contempla a modalidade Projetos. Nesse componente
curricular, os discentes terão a possibilidade de participar de atividades de extensão do
Projeto 2 – parte 2, que contemplará atividades teórico-práticas, e que resultarão na
construção de atividades ou materiais didático-pedagógicos e/ou de pesquisa pelos discentes.
Distribuição de Carga Horária
Teórica: 32 Horas
Prática: 40 Horas
Público-Alvo
Graduandos, pós-graduandos, técnicos, professores de História da rede pública e privada e
áreas afins, técnicos e demais interessados da sociedade em geral.
Objetivos
● Proporcionar aos discentes a elaboração e participação de projetos e atividades
extensionistas que reforcem o papel social de cada um na sociedade alagoana e
brasileira;

107

● Propiciar aos discentes a construção e elaboração de material de pesquisa e didáticopedagógico, resultantes das atividades desenvolvidas na ACE 4, Projeto 2, parte 1.
Metodologia
A ACE 5, com O Projeto 2, parte 2, será desenvolvida no 8º Período e contemplará atividades
teórico-práticas, que resultarão na construção de atividades ou materiais didáticopedagógicos e/ou de pesquisa pelos discentes. As atividades a serem desenvolvidas na ACE
5 são: Questões de Gênero, Raça/Etnicidade e Diversidade, Patrimônio Cultural e Memória,
História e Cinema, História e Literatura, História e Música. Projetos de Extensão que os
professores já desenvolvem também serão ofertados aos discentes como atividade
extensionista.
Indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento da ACE
Os indicadores/instrumentos de avaliação e acompanhamento das ACE’s, serão realizados
serão realizados pelo professor, a partir do envolvimento dos discentes nas atividades de
extensão teórico-práticas, e que resultarão na construção de atividades ou material didáticopedagógico e/ou de pesquisa pelos discentes.
Bibliografia Básica
ARÓSTEGUI, Julio. A Pesquisa Histórica: teoria e método. Bauru: Edusc, 2006.
CONSUNI/UFAL. Resolução n. 65, de 03 nov. 2014. Estabelece a atualização das
diretrizes gerais das atividades de extensão no âmbito da UFAL. Disponível em:
http://www.ufal.edu.br/extensao/documentos/diretrizes-geraisdas-atividadesdeextensao-no-ambito- da-ufal/view&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
FÓRUM de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível em:
&lt;https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Pol%C3%ADtica-Nacionalde-Extensão universitária - e-book.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
LOPEZ, André Porto Ancona. Como Descrever Documentos de Arquivo: Elaboração de
Instrumentos de Pesquisa. São Paulo: Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado de
São Paulo, 2002.
Bibliografia Complementar
CASTRO, Jorge Orlando. Los caminos de la extensión en América Latina y el Caribe.
Santa Rosa: Universidad Nacional de La Pampa, 2017. Disponível em:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Los-caminos- de-la- extension-enamerica- latina-y- el-caribe.pdf&gt;. Acesso em 06 nov. 2017.
COSTA, Carina Martins. “A escrita de Clio nos temp(l)os da Mnemósime: olhares sobre
materiais pedagógicos produzidos em museus”. Educação em Revista, Belo Horizonte, n.
47, p. 217-240, jun. 2008.

108

CORREIA, Ovídio Valois; CRUZ, Marta Vieira; CRUZ, Maria Elisa da. A extensão
universitária no Brasil: um resgate histórico. São Cristóvão: Ed. UFS: Fundação Oviêdo
Teixeira, 2000.
MERCADO, Luis Paulo Leopoldo; CAVALCANTE, Maria Auxiliadora da Silva (orgs.).
Formação do pesquisador em educação: profissionalização docente, políticas públicas,
trabalho e pesquisa. Maceió: EDUFAL, 2007.

4.Metodologia do Curso.
A proposta teórico-metodológica do curso de Bacharelado em História na
modalidade presencial da UFAL insere-se, primeiramente, na atual tendência historiográfica
Inglesa e francesa, identificadas respectivamente como a Escola Social Inglesa e a Escola
dos Annales. Ambas oferecerem um conjunto de expectativas conceituais abrangentes e
pressupostos metodológicos necessários à investigação documental, além de serem as
Escolas preferenciais nos departamentos de História das academias brasileiras. Nossa
preocupação está orientada pela necessidade atual em oportunizar o acesso à pesquisa e suas
as interpretações, bem como ampliar os objetos de estudos para a historiografia brasileira.
Assim, a afirmação mais contundente seria dizer que buscamos criar um curso empenhado
em discussões acadêmicas e, oportuno às propostas de elaboração reflexiva e de pesquisa. O
que seria o mesmo que afirmarmos nossa oposição ao relativismo conceitual e cultural. A
partir disso temos constatado que as expectativas quanto à produção acadêmica devem
reiterar também os paradigmas conceituais historiográficos.
A Escola dos Annales, a partir de uma nova proposta metodológica cultural, ampliou
as práticas do conhecimento historiográfico e do saber histórico, usufruindo de renovações
constantes em seus conceitos e em seus objetos de pesquisa. Uma das maiores revoluções
foi sentida pela noção de documento histórico atualmente. A ampliação dos conceitos das
fontes documentais e do documento histórico possibilitou uma ampliação nas capacidades
intelectuais e investigativas do conhecimento histórico. Com isto, a possibilidade de
pesquisa para o historiador ampliou-se e revalorizou-se na academia, contribuindo para o
reconhecimento da profissão e do interesse de muitos para a história mundial e de seu próprio
país. Disto, a história perdeu seu ensino cansativo de um viés apenas de estudos pautado pela
história tradicional política. A revolução documental dos Annales possibilitou novas
incursões pela história desconhecida até então, expandindo o interesse por novos

109

documentos históricos. Mas, o importante é sabermos que toda esta mudança nos obriga a
responsabilidade com os acervos documentais, bem como as possibilidades de interpretação
destas fontes. Fornecer as bases sólidas dos argumentos teóricos e metodológicos é, de fato,
algo que orientou toda a estrutura curricular do presente Projeto Pedagógico do curso de
história bacharelado.
A experiência das novas oportunidades para os historiadores, aberta pela revolução
documental trouxe, também, o surgimento de algumas linhas específicas de trabalho e
pesquisa com novos objetos para a cultura historiográfica. Dentre estes, a memória, o
patrimônio cultural e documental tem se revelado como uma linha específica de trabalho
historiográfico, assim como a descoberta da história de gênero, revelando as mulheres na
sociedade, a necessidade de pesquisa sobre o meio ambiente como espaço de identidade e
reciprocidade cultural, as representações e os imaginários como análises macro e estruturais,
que compreendem as permanências e as tradições. E, nas incursões das necessidades atuais,
também, a noção dos Direitos Humanos, da diversidade cultural e dos diálogos sobre
questões étnico-Raciais, das incursões sobre a violência de gênero e de demandas necessárias
aos debates atuais inseridos na Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(CNE/CEB 4/2010), que estão contemplados no Projeto Pedagógico do curso de História
Bacharelado.
Assim, o presente Projeto Pedagógico do curso de História do Bacharelado da UFAL
vem ao encontro de tais necessidades, assumindo seu compromisso com a Educação
Superior não apenas com as propostas de mudanças historiográficas, mas de um empenho
nacional quanto às demandas das Leis de Diretrizes da Educação Brasileira. Demandas que
orientaram a construção das linhas mestras deste projeto, tendo o cuidado em não cair na
tentação das oportunidades e expectativas das incoerências dos modismos acadêmicos.
Ressaltamos, ainda, que as expectativas de mudança e de renovação do conhecimento
historiográfico não devem oportunizar a banalização do conhecimento e, portanto,
reivindicar prioridades fúteis. Nossa estrutura curricular, bem como nossa concepção de
curso privilegia, desde suas primeiras disciplinas do primeiro período, o envolvimento com
os conceitos, a produção historiografia recente e a prática profissional com leituras
documentais. Também, contemplamos ao longo do curso a necessidade do aprendizado e
conhecimento da história da África e da História Indígena, e dos debates teóricometodológicos.

110

E a nossa autenticidade, além de ser um espaço para os Bacharelados na própria
UFAL, é o de oferecer à sociedade alagoana uma proposta de Curso de Bacharelado em
História arregimentado nas demandas educacionais atuais e na preocupação com a
investigação histórica contemporânea, contemplados na grade curricular.
Neste sentido, nossa opção metodológica, frente às necessidades curriculares, foi de
criar os ‘espaços de conhecimento interdisciplinar articulados’ (ECIA) entre as grandes
áreas de conhecimento curricular, propondo atividades interdisciplinares como fóruns,
debates, eventos, seminários, projetos de pesquisa em comum, e etc. sugerindo um maior
desempenho acadêmico para o curso com ganho tanto para os docentes, quanto para os
discentes. As atividades dos ‘espaços de conhecimento interdisciplinar articulada’ nas
grandes áreas de conhecimento da grade curricular irá possibilitar uma maior dimensão das
propostas tanto historiográficas, como das Diretrizes nacionais para que as atividades do
curso possam contemplar as expectativas.
Os ECIAs serão coordenados pelos professores das áreas, unindo as expectativas de
trabalhos das disciplinas das áreas com outras diferentes áreas de conhecimento, e que
também envolvam as atividades do programa de Pós-graduação. A proposta é que as
disciplinas sejam contempladas em atividades interdisciplinares nas demandas atuais das
Diretrizes Nacionais de Educação e das repercussões historiográficas atuais. Estas atividades
podem tomar uma proporção de debates simples variando para grandes seminários que
envolvam o curso e o PPGH. Assim, o empenho das atividades ficará com a orientação dos
coordenadores de área para a articulação de temas, dias e atividades das áreas. Entretanto, a
ideia é que as áreas ECIA articulem mesas redondas, fóruns e discussões interdisciplinares,
bem como projetos articulados de pesquisa e extensão dentro do Curso de Bacharelado em
História.

Espaços articulados:

Atividades interdisciplinares articuladas:

- ECIA 1: área de Pesquisa, Teoria e
Método:

Seminários, pesquisas, projetos,
eventos, etc.

- ECIA2: área de Antiga e Medieval:

“

- ECIA 3: área de História contemporânea:

“

111

- ECIA 4: área de História do Brasil e
História Regional:

“

- ECIA 5: área de América Latina:

“

- ECIA 6: área de África e Indígena:

“

Nesta perspectiva, as disciplinas foram cuidadosamente articuladas ao sucesso e
desempenho do aluno no conhecimento histórico e nas necessidades que ele terá no seu
percurso acadêmico, incluindo a pós-graduação. Também, algumas outras necessidades
foram colocadas. Aquelas que dizem respeito à própria estrutura interpretativa da
historiografia contemporânea e, claro, também a historiografia brasileira que, sentimos a
urgência em capacitar os profissionais às mudanças teórico-metodológicas atuais. Neste
sentido, o nosso compromisso com a estrutura teórica do curso de Bacharelado em História
tem por preocupação a formação não apenas de profissionais considerados qualificados para
sua área específica de Bacharelado, mas que serão orientados às atividades técnicas de
pesquisa e de cuidado com o acervo documental, cujas oportunidades serão captadas e
orientadas para os Estágios Supervisionados e os Grupos e Pesquisa com o intuito de
desenvolver as suas habilidades na formação do historiador.
Abrimos as oportunidades para a competência profissional dos graduandos,
inserindo-os nas atividades de monografia, contemplada pela disciplina do TCC e do
seminário de Pesquisa, na metodologia de pesquisa com vistas a introduzir o discente nas
demandas da pós-graduação ‘stricto sensu’ e das atividades do bacharel em História. As
capacidades para as habilidades e competências serão desenvolvidas ao longo do curso
inseridas nas atividades dos Grupos de Pesquisa e das disciplinas de Estágios do curso de
História, oportunizando aos alunos o espaço de interação social acadêmica, e de identidade
profissional de que necessitam os graduandos. Neste sentido, o graduando será formado no
conhecimento historiográfico e das linhas mestras que orientam o perfil do curso. Pois,

toda a pesquisa historiográfica se articula com um lugar de produção
sócio-econômico, político e cultural. Implica um meio de elaboração
que circunscrito por determinações próprias: uma profissão liberal,
um posto de observação ou de ensino, uma categoria de letrados, etc.
Ela está, pois, submetida a imposições, ligada a privilégios,
enraizada em uma particularidade. É em função deste lugar que se

112

instauram os métodos, que se delineia uma topografia de interesses,
que os documentos e as questões que lhe serão propostas se
organizam. (DE CERTEAU, 2002, p. 67)

Concluímos, pois, que as mudanças na interpretação da história da cultura e da
sociedade, bem como as formas de se construir o conhecimento histórico estão consoantes
ao presente Projeto Pedagógico do curso de História do Bacharelado.
Na recusa, ainda, de um enfoque mais tradicional, ampliou-se as possibilidades de
outras categorias de análises surgirem no escopo das estruturas curriculares como disciplinas
e ou ofertas de optativas e, até mesmo, ampliando os objetos de pesquisa para o historiador.
É o caso das categorias de etnias, gênero, política da negociação, história ambiental, e outros
que fazem referência necessária ao contexto atual da cultura política. Numa dimensão
afirmativa, tendemos a ver que a defender a necessidade de tais mudanças e, principalmente,
que estas análises historiográficas não ‘coisifiquem’ o potencial do historiador. A nova
dimensão deverá ser tratada como proposta teórica, e como tal deverá ser entendida como
novo parâmetro conceitual de análise para a história política no Brasil. Assim, o conceito de
culturas políticas permite explicações, variações de objetos e interpretações sobre

o comportamento político de atores individuais e coletivos,
privilegiando suas percepções, suas lógicas cognitivas, suas
vivências, suas sensibilidades. Ou seja, realizando o exercício
historiográfico que implica se deslocar no tempo e no espaço,
compreendendo as orientações dos atores, segundo seus códigos
culturais. (...) O conceito de política foi, portanto, ampliado,
constituindo-se em instância autônoma estratégica para a
compreensão da realidade social, até porque a ideia é a de que as
relações de poder são intrínsecas às relações sociais. (GOMES,
2005, p. 30-31)

A que se notar que o trabalho com tais metodologias e urdiduras teóricas, ou seja, o
trabalho da historiografia brasileira atual aderindo a história social revisitada e ao conceito
de culturas políticas, que se revela sempre no plural, necessariamente nos remete a questão
da interdisciplinaridade como fator de importância capital para o desenvolvimento da
proposta atual do conhecimento historiográfico.
A reflexão historiográfica exige, assim, empenho das disciplinas conceituais e de
outras, necessitando da dinâmica interdisciplinar, definindo a abordagem das propostas
atuais presente neste currículo. O nosso empenho é uma tentativa original para um Projeto
Pedagógico em História Bacharelado que se empenha nas proporções de discussões atuais

113

tanto historiográficas, quanto das Diretrizes Nacional de Educação Brasileira para o estado
de Alagoas.
Nesse sentido, a instituição assume assim seu papel de mediadora e busca articular
tais trocas, pois reconhece o educando como o agente principal de sua própria aprendizagem,
sendo capaz de construir satisfatoriamente seu conhecimento quando participa ativamente
do processo. Sendo assim são empregadas nas práticas em sala de aula as seguintes
metodologias:
- Seminários: metodologia utilizada como uma forma de avaliação, preparando o aluno para
a prática expositiva, contribuindo para o processo de sistematização de ideias, clareza ao
discorrer sobre os assuntos em pauta, auxiliando na comunicação e expressão da oralidade.
- Palestras: metodologia utilizada após o professor aprofundar determinado assunto, tento o
palestrante a finalidade de contribuir para a integração dos aspectos teóricos com o mundo
do trabalho.

4.1. Das atividades:
- Ciclo de Palestras: metodologia utilizada na busca de integração de turmas e avanço do
conhecimento, trazendo assuntos novos e enriquecedores, além de proporcionar aos alunos
a prática cerimonial e organização de eventos, já que a proposta desses ciclos inclui a efetiva
participação dos alunos sob a supervisão do professor da disciplina competente.
- Dinâmicas de Grupo: metodologia que visa o preparo dos alunos para a vivência
profissional, com a estimulação do desenvolvimento da contextualização crítica, tomada de
decisões e liderança. Tem como proposta estimular a criatividade, iniciativas, trabalho em
equipe.
- Práticas em Laboratórios: o curso utilizará laboratórios aplicados ao desenvolvimento das
competências e habilidades práticas de suas disciplinas. Esses laboratórios possibilitam
metodologias diferenciadas de pesquisa, proporcionando ao aluno um contato com
equipamentos utilizados em sua área de trabalho. No caso o curso conta com um scaner
planetário de alta resolução utilizado para a digitalização e formatação de diferentes tipos de
fontes. Dessa forma o aluno ao se formar poderá aplicar em sua vida profissional
conhecimentos úteis adquiridos na vivência em aulas nos laboratórios.

114

- Visitas Técnicas: realização de vistas a instituições de salvaguarda, preservação,
restauração e divulgação de diferentes acervos documentais. Prática que visa integrar teoria
e prática, além de contribuir para o estreitamento das relações entre instituições de pesquisa
e acervo.
- Estudos de casos: atividades de aplicação de conteúdos teóricos a partir de situações
práticas, visando o desenvolvimento de habilidades técnicas, utilização de quadros teóricos
e conceituais adequados, além da possibilidade de promover uma avaliação sobre os
resultados obtidos.
- Projetos Culturais: projetos desenvolvidos pelos alunos, em prol da sociedade regional, a
serem desenvolvidos durante o curso. Atividade que tem como proposta reunir dados e
conclusões obtidas em pesquisas contribuindo dessa forma para a construção e reforço de
identidades, memórias e conhecimento e difusão da História.
- Aulas expositivas: método tradicional de exposição de conteúdos, porém com a utilização
de recursos tecnológicos que sejam úteis nos processos de ensino e aprendizagem, tais como
data-show, vídeos e internet.
As metodologias descritas possibilitam os estudantes articularem sua formação com
o exercício do ofício do bacharel em História, observando e conhecendo diferentes
possibilidades de pesquisa, transpondo barreiras da universidade, produzindo conhecimento
de forma autônoma e crítica, construindo novos saberes e reinterpretando espaços a partir do
conhecimento construído.

4.2. Núcleo Docente Estruturante– NDE
Em

atendimento

à

Portaria

147/2007,

ao

Parecer

CONAES

04/2010

e

a

Resolução CONAES 01/2010 a UFAL instituiu, através da Resolução 52/2012 no
60âmbito de seus cursos de graduação os Núcleos Docentes Estruturantes – NDE – em
conformidade com as especificações legais. Neste sentido, os NDE são compostos pelo
mínimo de cinco membros, todos docentes com titulação de pós-graduação stricto sensu e
formação na área do curso. Considera-se, igualmente, a afinidade da produção científica com
o eixo do curso e sua dedicação ao mesmo. Os membros de NDE possuem mandatos de dois
anos, assim como das coordenações de curso de graduação, com uma tarefa acadêmica de
acompanhamento, consolidação e atualização permanente do Projeto Político Pedagógico do
Curso - PPC.

115

O Núcleo Docente Estruturante - NDE do curso de Bacharelado em História se
reúne ordinariamente nas quartas feiras de cada mês, no horário das 14:00 às
16:00 e extraordinariamente, sempre que for necessário. A concepção e elaboração
deste PPC, é de responsabilidade do referido núcleo em conjunto com a coordenação do
curso, que o acompanhará até a implantação do mesmo pelo Colegiado do curso.
Compete ao Núcleo Docente Estruturante as seguintes atribuições:
I- Contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso;
II- Zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de
ensino constantes no currículo;
III- Indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão,
oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e
consoantes com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso;
IV- Zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Curso de
Graduação;
V- Elaborar e/ou reformular o Projeto Pedagógico do Curso assim como acompanhar
e avaliar a implantação e implementação do referido documento, propondo as
alterações necessárias a sua melhor consecução;
VI- Apreciar e encaminhar para homologação do Colegiado e das instâncias
deliberativas superiores, projetos de Pesquisa, de Cursos de Pós-Graduação Latu e
Strictu Sensu e de cursos e/ou atividade de extensão, com o objetivo de tornar efetiva
a aplicação do princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
VII- Participar da elaboração do Plano de Trabalho das Coordenações de Curso, que será
apreciado pelo Colegiado e aprovado pelos Órgãos competentes da UFAL, bem como
acompanhar sua execução;
VIII- Recomendar as diretrizes dos programas das disciplinas do curso de Graduação e
suas

respectivas

ementas,

encaminhando

à

Coordenação,

modificações

dos

programas para fins de compatibilização;
IX- Coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos bibliográficos
e outros insumos necessários ao curso;

116

5.Avaliação.
O sistema de avaliação do Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em História
será realizado em três dimensões: (a) avaliação do corpo discente; (b) do corpo docente e (c)
do próprio Projeto Pedagógico do Curso. Assim dispomos os seguintes critérios:

a) O sistema de avaliação do corpo discente observará o disposto na Resolução n°
25/2005 CEPE, de 26 de outubro de 2005, Arts. 11 a 18. Haja vista que, os requisitos
atuais para as avaliações diferenciadas aos alunos especiais, como alunos autistas,
são normas de orientação tanto para os professores quanto para os alunos do curso,
segundo a regulamentação de 12.764 de dezembro de 2012. Assim, contamos com o
apoio técnico da UFAL para a realização das tarefas de avaliação diferenciadas no
curso, bem como orientação para os professores e alunos em questão.

b) O sistema de avaliação do corpo docente, sendo disposto na Lei 9.394 de 1996 que
dispõe sobre a titulação do corpo docente do curso. Ainda, contamos com a auto
avaliação do curso onde todos os docentes, coordenação e corpo técnico são
avaliados.

c) O sistema de avaliação do Projeto Pedagógico do Curso contextualizado no espírito
da instituída “Década da Educação” (LDBEN, Título IX, Art. 87) e “em sintonia com
a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos” (§ 1º), institucionalmente, e
uma vez que, de modo geral, a “duração exigida como completa, jamais situa a
conclusão da maioria dos cursos de graduação de ensino superior abaixo de 3 anos e
o número de 4 anos tem sido uma constante para a delimitação dos cursos de
graduação no Brasil” (Parecer n° 28/2001 CNE/CP), deverá acontecer em um prazo
cronológico frequente de 3 ou 4 anos, enfatizando, entre outras coisas, a organização
didático-pedagógica (administração acadêmica, projeto do curso, atividades
acadêmicas articuladas ao ensino de graduação), o corpo docente (formação
profissional, condições de trabalho, atuação e desempenho acadêmico e profissional)
e infraestrutura (instalações gerais, biblioteca, instalações e laboratórios específicos),
sem esquecer que, nesta nova concepção de Universidade e de Unidade Acadêmica

117

onde o Curso de Bacharelado em História acontece, “O único juiz legítimo desta
consecução é a gente do povo, não os estudantes nem os professores, mas a própria
população cujas necessidades e carências se procura suprir” (RIBEIRO, 1991, p.
268). Cabe ao Colegiado do Curso a sistematização deste processo de avaliação, e ao
Coordenador de Curso, ou a Grupo de Trabalho nomeado pelo Colegiado para este
fim, sua execução.

O roteiro proposto pelo INEP/MEC para a avaliação das condições do curso também
servirá de instrumento para a avaliação, sendo o mesmo constituído pelos seguintes tópicos:
1. Organização didático-pedagógica: administração acadêmica, projeto do curso,
atividades acadêmicas;
2. Corpo docente: formação profissional, condições de trabalho; atuação e
desempenho acadêmico e profissional;
3. Infraestrutura: instalações gerais, biblioteca, instalações e laboratórios específicos.

6. Apoio aos discentes: Acessibilidade e Inclusão.
6.1. ACESSIBILIDADE
A UFAL atualmente possui um núcleo de estudos voltado para o entendimento das
necessidades postas para o seu corpo social, no sentido de promoção de acessibilidade e de
atendimento diferenciado as pessoas com necessidades especiais, em atenção à Política de
Acessibilidade adotada pelo MEC e à legislação pertinente. O próprio dimensionamento
dessas necessidades merece um cuidado especial, haja vista a forma atual de identificação
dos alunos: a autodeclaração. Por outro lado, a UFAL tem investido na capacitação técnica
de seus servidores para o estabelecimento de competências para diagnóstico, planejamento
e execução de ações voltadas para essas necessidades. Ao esforço para o atendimento
universal à acessibilidade arquitetônica, se junta, agora, o cuidado de fazer cumprir as
demais dimensões exigidas pela Política de Acessibilidade, qual sejam a acessibilidade:
pedagógica, metodológica, de informação e de comunicação. A acessibilidade pedagógica e
metodológica deve atentar para o art. 59 da Lei 9394/96, que afirma: “Os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I - currículos, métodos, técnicas,
recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades”. Neste

118

sentido, a Nota Técnica nº 24 / 2013 / MEC / SECADI / DPEE, de 21 de março de 2013,
orienta os sistemas de ensino no sentido de sua implantação. Em especial, recomenda que os
“PPCs contemplem orientações no sentido da adoção de parâmetros individualizados e
flexíveis de avaliação pedagógica, valorizando os pequenos progressos de cada estudante
em relação a si mesmo e ao grupo em que está inserido”. Para tal atendimento, a UFAL
assume o compromisso de prestar atendimento especializado aos alunos com deficiência
auditiva, visual, visual e auditiva e cognitiva, sempre que for diagnosticada sua necessidade.
Procura-se, desta forma, não apenas facilitar o acesso, mas estar sensível às demandas de
caráter pedagógico e metodológico, de forma a permitir sua permanência produtiva no
desenvolvimento do curso. Neste sentido, o Núcleo de Atendimento Educacional – NAE –
oferece o necessário apoio pedagógico de forma a atender ao corpo social da UFAL em suas
demandas específicas, de forma a promover a integração de todos ao ambiente acadêmico.
Desde sua criação e implementação, o Curso de Bacharelado em História da UFAL, quando
possui alunos com algum tipo de deficiência física, possibilita a facilidade em atendê-los. O
espaço físico do curso possui rampas de acesso para as salas de aula e coordenações, além
de piso tátil em alguns casos para facilitar o acesso aos alunos. Ao ter essa demanda, a
coordenação do curso buscará ações junto ao Núcleo de Acessibilidade, da UFAL, para
atendimento legal aos discentes. 4.5- NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE – NAC O Núcleo
atua de forma a oferecer Atendimento Educacional Especializado – AEE - aos estudantes
que fazem parte do público-alvo, tais como, pessoas com deficiência, pessoas com
Transtornos Globais de Desenvolvimento e pessoas com Altas Habilidades. Esse
atendimento tanto pode ser feito através de acompanhamento nas salas de aulas que os alunos
frequentam, quanto em atividades na sala do NAC em horário oposto ao das aulas, para
assessorar na confecção de trabalhos acadêmicos. Podemos fazer adaptação de materiais
didáticos, além de capacitar para o uso de tecnologias assistivas, como por exemplo, recursos
de informática para transformar textos em áudio para pessoas cegas. O NAC também
promove cursos sobre recursos didáticos e assistência educacional à pessoas com
deficiência, além de eventos sobre Educação Inclusiva abertos à toda a comunidade
acadêmica. Em parceria com a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho – PROGEP,
promove cursos para corpo técnico e docentes da universidade. Atua em parceria com o
Grupo de Estudo e Extensão em Atividade Motora Adaptada – GEEAMA e o Núcleo de
Estudos em Educação e Diversidade – EEDI. O Atendimento Educacional Especializado –
AEE é um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos

119

pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos
alunos, considerando as suas necessidades específicas. O AEE complementa e/ou
suplementa a formação do aluno com vistas à autonomia e independência na escola e fora
dela. Atendendo, prioritariamente, os estudantes de graduação, podendo ser atendidos
estudantes da pós-graduação. De maneira geral, a comunidade acadêmica no sentido de
trabalhar a compreensão de como devemos contribuir para a inclusão destes no universo
acadêmico, o que envolve não só os professores, mas também o corpo técnico e os demais
estudantes. No Curso de Bacharelado em História as adequações das tecnologias assistivas
serão feitas mediante as devidas necessidades, onde professores e técnicos serão capacitados
para que a execução das atividades ensino, pesquisa e extensão aconteçam em sua plenitude,
de acordo com o art. 59 da Lei 9394/96.

6.2. INCLUSÃO
Desde 1999 a UFAL preocupa-se com a questão da inclusão, tendo aprovado em 2003 a
Resolução 33 – CONSUNI, posteriormente modificada pelo Decreto 7.824, de 11 de outubro
de 2012 que dispõe sobre a política de ingresso nas IFES. Ainda, a Resolução 54/2012 –
CONSUNI institucionaliza a reserva de vagas/cotas no processo seletivo de ingresso nos
cursos de graduação da UFAL. Neste entendimento, em 2015, foram reservadas 40%
(quarenta por cento) das vagas de cada curso e turno ofertados pela UFAL para os alunos
egressos das escolas públicas de Ensino Médio. Destas, 50% (cinquenta por cento) das vagas
foram destinadas aos candidatos oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5
salários mínimo (um salário-mínimo e meio) bruto per capita e 50% (cinquenta por cento)
foram destinadas aos candidatos oriundos de famílias com renda igual ou superior a 1,5
salários mínimo (um salário-mínimo e meio) bruto per capita. Nos dois grupos que surgem
depois de aplicada a divisão socioeconômica, serão reservadas vagas por curso e turno, na
proporção igual à de Pretos, Pardos e Indígenas (PPI) do Estado de Alagoas, segundo o
último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, que
corresponde a 67,22% (sessenta e sete vírgulas vinte e dois por cento). A meta da UFAL é
destinar até o ano de 2016 50% de suas vagas a alunos egressos de escolas das redes públicas.
Seguindo o Compromisso Social da Universidade Federal de Alagoas, o Curso de
Bacharelado em História recebe a cada nova turma oriunda do ENEM, alunos cotistas
advindos de toda parte de Alagoas e de outros Estados brasileiros.

120

7.Referências Bibliográficas.
7.1. Fontes Primárias:
Carga horária mínima, em horas – para Bacharelados e Licenciaturas Resolução CNE/CES
N° 02/2007 (Graduação, Bacharelado, Presencial).
Tempo de integralização: Resolução CNE/CES N° 02/2007 (Graduação, Bacharelado,
Presencial.
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura afrobrasileira, africana e Indígena, nos termos da
Lei Nº 9.394/96, com a redação dada pelas Leis Nº 10.639/2003 e N° 11.645/2008,
e da Resolução CNE/CP N° 1/2004, fundamentada no Parecer CNE/CP Nº 3/2004.
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, conforme disposto no
Parecer CNE/CP N° 8, de 06/03/2012, que originou a Resolução CNE/CP N° 1, de
30/05/2012.
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conforme disposto
na Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012.
Condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,
conforme disposto na CF/88, art. 205, 206 e 208, na NBR 9050/2004, da ABNT, na
Lei N° 10.098/2000, na Lei N° 13.146/2015, nos Decretos N° 5.296/2004, N°
6.949/2009, N° 7.611/2011 e na Portaria N° 3.284/2003.
Disciplina de Libras (Dec. N° 5.626/2005).
Políticas de educação ambiental (Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281
de 25 de junho de 2002).

7.2. Bibliografia:
BLOCH, Marc. Apologia da História, ou O Ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 2001.
CHAUÍ, Marilena. Escritos sobre a Universidade. São Paulo: UNESP, 2001.
COLLINGWOOD, R.G. Idea de la Historia. México: Fondo de Cultura Económica, 1993.
DOSSE, François. A História em migalhas: dos Annales à Nova História. São Paulo:
EdUNICAMP, 1994.

121

DUBY, Georges. A História continua. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (org.). História: novas abordagens. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1976.
História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais. Morfologia e história. Trad. Federico Carotti.
1ª reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
PEREYRA, Carlos. “Historia, ¿para qué?”. In: BONFIL BATALLA, Guillermo, etalli.
Historia, ¿para qué?.México: Siglo XXI, 1982.
RIBEIRO, Darcy. A Universidade Necessária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
RIBEIRO, Renato Janine. Humanidades: um novo curso na USP. São Paulo: EDUSP, 2001.
SANTOS, Boaventura de Souza. Um Discurso sobre as Ciências. Porto: Afrontamento,
2008.
VEIGA, I.P.A. “Projeto Político-Pedagógico: continuidade ou transgressão para acertar?”.
In: CASTANHO, S, e CASTANHO, M.E.L.M. (Org.). O que há de novo na Educação
Superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas, SP: Papirus, 2000.
VEYNE, Paul. O inventário das diferenças. Lisboa: Gradiva, 1989.

122

Anexos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
Centro de Ciências Humanas, Comunicação e Artes
Licenciatura e Bacharelado em História
Resolução para Trabalho de Conclusão de Curso
REGULAMENTA NORMAS PARA A ELABORAÇÃO DO TCC (TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO) DO CURSO
DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DA
UFAL.
O COLEGIADO DO CURSO DE HISTÓRIA da Universidade Federal de
Alagoas – no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo ESTATUTO e
REGIMENTO GERAL da UFAL de acordo com a deliberação tomada, por ampla maioria,
na sessão ocorrida em 05 de novembro de 2010;
CONSIDERANDO que o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um requisito
indispensável para a colação de grau do Curso de História e obtenção do diploma de
Licenciado e/ou Bacharel na UFAL, tendo como finalidade aproximar o aluno da pesquisa,
suas concepções e condições de produção, além de permitir o conhecimento e a reflexão
sobre o processo de produção na historiografia;
R E S O L V E:
Art. 1º - Regulamentar as normas para a elaboração e produção do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) do Curso de História da Universidade Federal de Alagoas,
conforme esteja definido nesta Resolução.
Art. 2º - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá adquirir ao longo do curso
o formato de Projeto de Pesquisa que deverá obedecer às regras de produção do trabalho
científico e ser apresentado à Coordenação de TCC do Curso de História em forma de
monografia, ou artigo para publicação, durante o último ano do curso, correspondente aos
sétimos e oitavos períodos letivos, conforme as normas aprovadas pelo Colegiado do
respectivo Curso de Graduação.
§ 1° - Caberá aos TCC’s as seguintes regras BÁSICAS de elaboração:
- O Trabalho deverá estar inserido nas normas da ABNT atualizadas;
- O Trabalho constará em sua estrutura metodológica início, desenvolvimento e
conclusão das ideias, fazendo referência às hipóteses ou ao problema a ser discutido
pela monografia;

123

- O Trabalho deverá conter suas Referências Bibliográficas, com indicação de Fontes
Primárias e Secundárias, se assim houver;
- O Trabalho deverá realizar a discussão do problema apresentado;
- A Ata de Defesa deverá estar agregada à monografia, constando entre as primeiras
páginas.
Art. 3° - A elaboração do trabalho deverá ser feita individualmente.
Art. 4° - O tema da pesquisa será definido pelo orientando, preferencialmente, em
conformidade com as linhas de pesquisa do orientador e do Curso de História.
Art. 5° - Não mais serão aceitos como TCC as revisões da historiografia sem uma
referência analítica e crítica das produções atuais, e/ou relatos de caso sem fundamentação
documental, porque estas formas de trabalho são compreendidas como modelos que
antecedem ao desenvolvimento de pesquisa, elaborada de acordo com o método científico e
com o Projeto Político-Pedagógico do Curso.
Art. 6° - O orientador deverá fazer parte obrigatoriamente do quadro de docentes do
Curso de História ou de outros Cursos da UFAL, se o colegiado ou o coordenador do curso
permitir.
§ 1° - Caso não haja possibilidade de orientação por docente do curso, o aluno deverá
procurar a Coordenação do TCC, que indicará possíveis orientadores entre os docentes do
quadro do ICHCA, sendo exigido a titulação de Mestre ou Doutor para exercer o papel de
orientador.
§ 2° - Caso o docente não seja Mestre ou Doutor só poderá ser co-orientador.
§ 3° - Docente de outra instituição poderá ser co-orientador de Trabalho de
Conclusão de Curso de aluno da UFAL, sendo necessário enviar o seu currículo à
Coordenação do TCC, que o avaliará e autorizará (ou não) o pleiteante a ser co-orientador
e, neste caso, o projeto de pesquisa deverá ser apresentado junto ao currículo.
Art. 7° - A Coordenação do TCC, eleita pelo Colegiado do Curso a cada 12 meses,
acompanhará os trabalhos, organizando seminários de apoio, com a presença obrigatória do
orientador e mais docentes, em datas previamente definidas.
§ 1° - Caberá ao coordenador do TCC somente a obrigatoriedade de auxiliar e
observar os trabalhos de monografia, promover o bom andamento do TCC quer seja por
parte do orientando, quer seja por parte do orientador. Também caberá a este coordenador
informar e deixar disponíveis aos alunos as normas da ABNT, as regras de produção
monográficas do Curso, o modelo de Ata, as datas anuais para a produção do TCC e um
cronograma de atividades (seminários, palestras, etc.) para auxiliar as necessidades do bom
desempenho das monografias.
Art. 8º - Ao discente que não for aprovado, no prazo determinado, não será permitida
a colação de grau na data prevista pelo Departamento de Registro e Cadastro Acadêmico
(DRCA) e Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD).
Parágrafo Único - A colação de grau somente será permitida, em data posterior,
após a apresentação final do TCC.
Art. 9º - Cada docente poderá orientar, no máximo, 8 (oito) trabalhos.

124

Art. 10 - Serão aceitos como TCC projetos de pesquisa de iniciação científica,
vinculados às agências de fomento tais como CNPQ e FAPEAL, concluídos em outras etapas
do curso, desde que encaminhados para publicação ou publicados durante o sétimo ou oitavo
período.
§ 1° - No caso de projetos de pesquisa não vinculados às agências de fomento,
somente serão aceitos se encaminhados para publicação ou publicados durante o último
período do curso.
§ 2° - A comprovação da publicação, ou o seu aceite em revista indexada, garantirá
a nota máxima (dez), sendo o aluno dispensado da avaliação por banca examinadora do TCC.
§ 3° - A publicação em revista não indexada garantirá a aprovação, somente após a
apresentação oral dos resultados e avaliação do artigo por uma banca examinadora.
.
Art. 11 – Em caso de Banca Examinadora, esta será constituída pelo orientador e 02
(dois) docentes indicados pelo orientador, os quais serão informados à Coordenação do TCC.
§ 1° - Caberá ao orientador optar pela apresentação dos TCCs de seus orientandos.
§ 2° - Excluindo-se a possibilidade da Apresentação de Banca do TCC, os trabalhos
serão avaliados por uma comissão formada como determina o caput deste artigo, cabendo a
nota ser divulgada em prazo estabelecido pelo Colegiado.
§ 3° - Os trabalhos reprovados serão novamente enviados para a correção de suas
indicativas sugeridas pela Banca, tendo o aluno tempo hábil para sua devida correção e
indicado novamente a um professor para sua segunda avaliação.
Art. 12 - O Discente será considerado aprovado (ou não), conforme nota conferida
pela banca examinadora, sendo atribuída nota de valor quantitativo, variando de 0 (zero) a
10 (dez), por cada examinador, onde a nota final resultará da média aritmética das 03 (três)
notas atribuídas.
§ 1° - Considera-se aprovado o TCC que obtiver nota maior ou igual a 7 (sete),
conforme dispõe o Regimento Geral da UFAL.
§ 2° - Discentes cujos TCCs não forem aprovados somente poderão colar o grau e
obter o diploma de licenciado ou Bacharel após reapresentarem a monografia ou artigo e
este ser aprovado, observando-se as disposições legais em vigor.
§ 3º - Casos de plágios serão motivos para reprovação, cabendo ao aluno refazer seu
TCC, se isto for acordado pela banca examinadora, e esta estipulará prazos para nova
apresentação.
Art. 13 – Caso o orientador considere importante, caberá ao discente apresentar
pôster ou fazer apresentação oral no Congresso Acadêmico da UFAL ou em outro evento
científico, correspondente ao TCC, sendo exposto em conjunto com os dos demais alunos,
cujo certificado da apresentação deverá ser entregue à Coordenação do TCC.
Art. 14 - A apresentação final deverá corresponder à forma de artigo científico,
conforme as normas da revista a ser escolhida para publicação pelo orientador.
Art. 15 – A Coordenação de TCC apresentará, ao Colegiado de Curso, o Trabalho
de Conclusão que tirou nota máxima e recebeu, por parte da banca avaliadora, indicação
para publicação no edital para publicação de TCCs, elaborado pela Pró-Reitoria Estudantil.
Art. 16 - Deverão ser entregues à Coordenação do TCC 02 (duas) cópias impressas
do trabalho, para envio à Biblioteca Central, e 01 (uma) cópia digitalizada em CD.

125

Art. 17 - Esta Resolução entrará em vigor nesta data, revogadas todas as disposições
em contrário.

126

Universidade Federal de Alagoas
Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes
Licenciatura & Bacharelado em História

Resolução para o Programa de Monitoria

REGULAMENTA NORMAS PARA
AS ATIVIDADES DE MONITORIA
DO CURSO DE HISTÓRIA DA UFAL
Os Colegiados dos cursos de História da Universidade Federal de Alagoas – no uso de
suas atribuições legais que são conferidas pelo ESTATUTO e REGIMENTO GERAL de
acordo com a deliberação tomada, por ampla maioria, na sessão ocorrida em 23 de maio de
2011.
Considerando o programa de MONITORIA com parte integrante da formação discente
para aprimoramento das atividades de ensino, pesquisa e extensão;
RESOLVE:
I – Da Natureza do Programa

Art. 1º. O programa de monitoria desta I.E.S., conforme Resolução nº 55/2008CONSUNI/UFAL, de 10 de novembro de 2008, tem por objetivo:
§1º – Contribuir para a qualidade de formação dos estudantes através da mediação dos
monitores nos processos pedagógicos, criando condições para o aprofundamento teórico e
para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à atividade docente.
§2º – Criar condições de aprofundamento de conteúdos teóricos e para o
desenvolvimento de habilidades relacionadas à atividade docente.
§3º – Contribuir para a melhoria do ensino de graduação, participando da
implementação de novas práticas e experiências pedagógicas.
Art. 2º. O programa de monitoria é efetivado sob duas modalidades: com bolsa e sem
bolsa.
II – Das Funções do Monitor
Art. 3º. Cabe ao monitor:

127

§1º– o auxílio em atividades como preparação de aulas e trabalhos teóricos ou práticos,
bem como o acompanhamento de pequenos grupos de trabalho;
§2º– a facilitação do relacionamento professor-aluno,
desenvolvimento de atividades, elucidando dúvidas dos alunos;

acompanhando

o

§3º – auxiliar o(s) professor(es) em tarefas didáticas, inclusive na preparação de
materiais de aulas e trabalhos;
§4º – conhecer a Resolução nº 55/2008- CONSUNI/UFAL, de 10 de novembro de
2008;
§5º – apresentar relatórios (parcial e final) das atividades de monitoria.
III – Das Funções do Professor-Orientador

Art. 4º. Cabe ao Professor-Orientador:
§1º– participar da elaboração do plano de monitoria do curso (definição das atividades,
cronograma e carga horária);
§2º – participar do processo de seleção dos monitores;
§3º – elaborar um roteiro de atividades;
§4º – orientar e assistir o monitor em suas atividades específicas, fornecendo-lhe
subsídios ao desenvolvimento das mesmas acompanhando o cumprimento dos seus deveres
de acordo com sua formação;
§5º – organizar, com o monitor, horário de trabalho que favoreça a prática da
monitoria, sem prejuízo da sua presença na sala de aula das disciplinas em que estiver
matriculado no semestre e em outras atividades necessárias à sua formação acadêmica;
§6º – controlar a freqüência do monitor nas atividades;
§7º– a estes objetivos somam-se os previstos na Resolução nº 55/2008CONSUNI/UFAL, de 10 de novembro de 2008;
§8º – se responsabilizar em disponibilizar ao monitor uma cópia da Resolução
supracitada.
IV- Da Coordenação de Monitoria
Art. 5º. O Coordenador de Monitoria será escolhido pelos colegiados do curso no
início de cada ano letivo, podendo se reconduzido na função por tempo indeterminado.

128

Art. 6º. Cabe ao coordenador de Monitoria:
§1º – Realizar a seleção dos professores candidatos a bolsa de monitoria.
§2º– Elaborar o edital de monitoria para discentes, afixando-os publicamente na
unidade acadêmica.
§3º– Montar, acompanhar e divulgar os resultados do processo de seleção de monitoria
para os discentes;
§4º – Disponibilizar informações sobre as atividades das monitorias quando for
solicitado pela coordenação, pela coordenação de monitoria da unidade acadêmica e pela
PROGAD.
§5º – Realizar o acompanhamento e avaliação da atividade de monitoria, reunindo os
relatórios de atividades e encaminhando ao setor responsável.
§6º–Cumprir os itens exigidos por esta resolução.

V – Das Áreas Temáticas
Art. 7º. O programa de monitoria do curso terá como base a divisão equitativa das
bolsas por áreas de concentração, respeitando a seguinte divisão:
Setor I – Teorias, Métodos e Técnicas da História;
Setor II – História do Brasil, História da América e História da África;
Setor III – História Geral (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea);
Setor IV – História e Pesquisa Regional;
Art. 8º. As bolsas encaminhadas pela PROGAD serão divididas entre os setores
temáticos, respeitando um rodízio entre os cursos de história bacharelado e licenciatura.
Art. 9º. O coordenador de monitoria do ano letivo será contemplado com uma bolsa,
excluindo o setor temático no qual o mesmo está incluído nos critérios de escolha dos
professores para aquele ano.

VI – Do Processo Seletivo Docente nas Áreas Temáticas
Art. 10º. Caberá a(o) coordenador(a) de monitoria realizar a seleção dos docentes no
início de cada ano letivo dentro das áreas temáticas, aqueles que serão contemplados com as
bolsas ofertadas para o curso.
Art. 11º. O processo seletivo respeitará os prazos estabelecidos pela PROGRAD no
envio de informações;

129

Art. 12º. Estão aptos a concorrer à bolsa de monitoria os docentes que:
§1º–possuírem carga horária de ensino acima de 8 horas semanais;
§2º– terem entregado no semestre letivo de vigência da monitoria o Plano de
Atividades Acadêmicas;
§3º–terem cumprido os prazos de relatórios de monitoria nos anos anteriores.

Art. 13º. O processo seletivo se dará através de apresentação de propostas do docente,
contendo: a) formulário específico de monitoria oferecido pela Unidade Acadêmica; b)
Plano de Atividades Acadêmicas do ano anterior;
Art. 14º. No início do ano letivo, o(a) coordenador(a) de monitoria abrirá edital para
os docentes encaminharem propostas conforme o calendário institucional;
Art. 15º. De posse das propostas, a coordenação de monitoria obedecendo à
rotatividade das áreas temáticas do curso concederá, em comum acordo com os colegiados
do curso de história, os professores contemplados com as bolsas de monitoria para aquele
ano.
Art. 16º. Os itens 10º ao 15º não estão incluídos as propostas de monitoria SEM
BOLSA, que serão apenas avaliadas pelo coordenador e aprovadas em reunião de colegiado
a sua efetivação.
Art. 17º. Após 24h (vinte e quatro horas) da divulgação do resultado final, o docente
poderá recorrer da decisão através de encaminhamento de ofício a(a) coordenador(a) de
monitoria;
Art. 18º. Os presentes critérios serão reformulados e ajustados a cada 2 (dois) anos;
Art. 19º. Revogam-se as disposições em contrário.
Aprovado em 23 de maio de 2011
Colegiado do Curso de História (Bacharelado & Licenciatura)

130

ANEXO - DIVISÃO DOS PROFESSORES POR ÁREA
1 – Teoria, métodos e técnicas da História
Prof. Dr. Anderson da Silva Almeida
Profa. Dra. Arrisete Cleide Lemos Costa
Profa. Dra. Irinéia Maria Franco dos Santos
Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel
2 – História do Brasil, da América e da África
Prof. Dr. Alberto Vivar Flores
Profa. Dra. Flávia Maria de Carvalho
Prof. Dr. Antonio Filipe Pereira Caetano
Prof. Dr. José Alberto Saldanha de Oliveira
Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva
3 – História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea
Profa. Dra. Ana Claudia Aymoré Martins
Profa. Dra. Célia Nonata da Silva
Prof. José Roberto Gomes da Silva
Profa. Dra. Raquel de Fátima Parmegiani
Profa. Dra. Ana Paula Palarmatchuk
4 – História e pesquisa regional
Profa. Ms. Clara Suassuna Fernandes
Prof. Esp. José Roberto Santos Lima
Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel

131

RESOLUÇÃO Nº 71/2006-CONSUNI/UFAL, de 18 de dezembro de 2006.
Disciplina os estágios curriculares dos cursos de graduação da ufal.
CONSIDERANDO a análise e discussão promovidas pelo Fórum dos Colegiados da
Graduação, sob a Coordenação da PROGRAD/UFAL, fundamentada na Lei Federal nº
6.494, de 07/12/1977 e regulamentada pelos Decretos nºs. 87.497, de 18/08/1982 e 89.467,
de 21/03/1984;
CONSIDERANDO a apreciação e aprovação da Câmara Acadêmica do CONSUNI,
ocorrida na sessão do dia 15/12/2006, bem como o resultado das discussões ocorridas no
pleno do Conselho Universitário sobre o tema;
R E S O L V E:
Art. 1º Disciplinar, na forma desta Resolução, o funcionamento dos Estágios Curriculares
dos Cursos de Graduação da Universidade Federal de Alagoas – UFAL.
I - Da Natureza e Objetivo do Estágio
Art. 2ºO estágio curricular de caráter formativo, que pode ser obrigatório ou não
obrigatório, constitui parte dos processos de aprendizagem teórico-prática que integram os
Projetos Pedagógicos dos Cursos, sendo inerente à formação acadêmico-profissional.
§ 1º O estágio curricular é obrigatório quando exigido em decorrência das diretrizes
curriculares dos cursos e/ou previsto nos respectivos projetos pedagógicos, como disciplina
que integraliza a estrutura curricular.
§ 2º O estágio curricular é não obrigatório quando previsto nos projetos pedagógico dos
cursos como atividade opcional à formação profissional, e/ou como parte integrante do
conjunto de possibilidades previstas para as atividades complementares.
§ 3º O estágio curricular pressupõe planejamento, acompanhamento, avaliação e validação
pela Instituição de Ensino, em comum acordo com a instituição concedente.
Art. 3º O estágio curricular tem como objetivo o desenvolvimento de competências –
conhecimentos teórico-conceituais, habilidades e atitudes – em situações de aprendizagem,
conduzidas no ambiente profissional, sob a responsabilidade da Universidade e da
Instituição Concedente.
Parágrafo Único. Cada Colegiado de Curso escolherá, preferencialmente dentre os
professores que o compõem, um Coordenador de Estágio, a quem caberá o acompanhamento
das atividades de estágio no âmbito do Curso.

II - Das Instituições Concedentes de Estágio
Art. 4º Podem ser Instituições Concedentes de estágio curricular pessoas jurídicas de direito
público ou privado que tenham condições de proporcionar ao aluno experiência prática na
sua área de formação acadêmico-profissional.
Art. 5º O estágio curricular poderá se desenvolver nas dependências da Universidade ou nas
da Instituição Concedente de estágio.
§ 1º Quando o estágio curricular ocorrer nas dependências da Universidade, será celebrado
Termo de Responsabilidade entre os órgãos envolvidos.
§ 2º Quando o estágio curricular ocorrer nas dependências da Instituição Concedente, será
firmado convênio onde serão especificadas as condições do estágio e as obrigações e
direitos das partes.

132

§ 3º Os convênios referidos no § 2º serão periodicamente avaliados, ficando sua
renovação condicionada ao atendimento dos objetivos didático-pedagógicos do estágio
curricular.
§ 4º As áreas de estágio a serem disponibilizadas pelas Instituições Concedentes deverão
ser por elas previamente cadastradas no Módulo de Gerenciamento de Estágio – MGE do
Sistema Acadêmico, sendo aprovadas ou não pelos Coordenadores de Estágio dos Cursos de
Graduação envolvidos.
§ 5º No cadastro da área de estágio, a Instituição Concedente deverá fornecer as seguintes
informações, entre outras:
I - indicação do supervisor do seu quadro de pessoal, com formação e experiência
profissional na área de concessão do estágio, para acompanhar os alunos;
II - descrição das atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário na instituição;
II - carga horária semanal;
III - remuneração, quando for o caso;
IV - cursos para os quais serão oferecidas vagas de estágio na área.
III - Da Documentação do Estágio
Art. 6º - Para a validade do estágio faz-se necessário, além do convênio firmado entre a
Universidade e a Instituição Concedente, a existência de:
I - plano de estágio elaborado pelo estagiário sob orientação dos supervisores da UFAL e da
Instituição Concedente, no caso de estágio obrigatório;
II - plano de atividades definido pela área de estágio cadastrada pela Instituição Concedente,
previamente aprovada pelo Coordenador de Estágio do Curso de Graduação envolvido, no
caso de estágio não obrigatório;
III - documento de encaminhamento do estagiário à Instituição Concedente, feito pela
Coordenadoria de Estágios Curriculares da Pró-Reitoria de Graduação - CEC/PROGRAD,
no caso de estágio não obrigatório, e pelo Coordenador de Estágio do Curso, no caso do
estágio obrigatório;
IV - termo de compromisso assinado pelo estagiário, pelo representante da Instituição
Concedente e da UFAL, em conformidade com o convênio firmado;
V - relatório de acompanhamento, avaliação e validação do estágio elaborado pela
UFAL
conjuntamente
com
a
Instituição
Concedente;
VI - relatório de atividades, elaborado pelo estagiário, apresentado periodicamente à UFAL
e à Instituição Concedente de acordo com o definido no Projeto Pedagógico de Curso;
VII - relatório de atividades, elaborado pelo estagiário, apresentado em período não superior
a 06 (seis) meses, à UFAL e à Instituição Concedente.
§ 1º Os relatórios a que se referem os incisos VI e VII deverão ficar à disposição da
fiscalização pelo período de 02 (dois) anos, contados a partir da data em que forem
apresentados.
§ 2º O Termo de Compromisso conterá os seguintes dados:
I - identificação do estagiário, número de matrícula e indicação do curso;
II - valor da bolsa mensal, quando for o caso;
III - jornada semanal a ser cumprida e período do estágio;
IV - número da apólice do seguro de acidentes pessoais e nome da companhia seguradora.
V - menção de que o estágio não acarretará vínculo empregatício, podendo ser remunerado
ou não, e nem acumulará com outras bolsas da UFAL;

133

VI - identificação do professor supervisor de estágio e do supervisor de estágio na Instituição
Concedente, que deverá ser um profissional com formação e experiência na área de
concessão do estágio.
§ 3º Quando tratar-se de estágio obrigatório, o plano de estágio curricular conterá os
objetivos, a descrição das atividades, o período (início e término do estágio), o local e
caracterização da Instituição Concedente que receberá o estagiário, o horário do estágio, o
nome e a formação do supervisor de estágio, e tudo o mais que for definido pela Coordenação
de Estágio do Curso de Graduação.
§ 4º Quando tratar-se de estágio não obrigatório, será anexado ao termo de compromisso o
plano de atividades cadastrado no Módulo de Gerenciamento de Estágio – MGE no Sistema
Acadêmico.
§ 5º A Instituição Concedente, quando do desligamento do estagiário, deverá entregar o
termo de realização de estágio com a indicação resumida das atividades desenvolvidas, do
período de permanência e da avaliação de desempenho.
IV - Do Seguro de Acidentes
Art. 7º O seguro de acidentes pessoais em favor do estagiário é obrigatório.
§ 1º No caso de estágio curricular obrigatório, o pagamento do seguro será providenciado
pela UFAL ou pela Instituição Concedente;
§ 2º No caso de estágio curricular não obrigatório, o pagamento do seguro será
providenciado pela Instituição Concedente ;
§ 3º No caso de estágio curricular administrado por Agente de Integração, a
responsabilidade pelo pagamento do seguro será deste.
V - Da Carga Horária e Período de Estágio
Art. 8º A carga horária máxima para as atividades de estágio curricular não obrigatório será
definida pelo Conselho da Unidade Acadêmica à qual o curso estiver vinculado, não
podendo ultrapassar 30 (trinta) horas semanais, devendo compatibilizar-se com as
atividades acadêmicas e com o horário das disciplinas curriculares do curso em que o
estagiário estiver matriculado.
Art. 9º A carga horária semanal para as atividades do estágio curricular obrigatório será
definida no Projeto Pedagógico de Curso.
Art. 10. O período mínimo de estágio curricular não obrigatório será de 01 (um) semestre,
podendo ser prorrogado, a critério da Coordenação de Estágio do Curso, por, no máximo, 03
(três) semestres.
Parágrafo único. O estágio curricular não obrigatório não poderá exceder a 04 (quatro)
semestres consecutivos, na mesma Instituição.
VI - Do Agente de Integração
Art. 11. A UFAL poderá utilizar, mediante convênio, os serviços de Agentes de Integração
com a finalidade de proporcionar novas oportunidades de estágio.
§ 1º A UFAL somente firmará convênios com os Agentes de Integração que se
comprometerem a providenciar a assinatura dos termos de compromisso pela Instituição
Concedente, pela UFAL, pelo aluno e pelo Agente de Integração, após parecer favorável do
Colegiado de Curso de origem do estagiário encaminhado pela Coordenadoria de Estágios
Curriculares da Pró-Reitoria de Graduação - CEC/PROGRAD.
§ 2º Cabe ainda aos Agentes de Integração:
I - identificar oportunidades de estágio;
II - cadastrar as áreas de estágio e as ofertas de vagas oferecidas pelas Instituições

134

Concedentes;
III - imprimir e providenciar a assinatura dos termos de compromisso pela Instituição
Concedente, pela UFAL, pelo aluno e pelo Agente de Integração;
IV - providenciar o pagamento da bolsa, na hipótese de estágio remunerado;
V - contratar seguro de acidentes pessoais em favor do estagiário.
VII - Da Organização do Estágio
Art. 12. Os alunos dos cursos de graduação da UFAL, desde que regularmente matriculados
em disciplinas e com freqüência efetiva no Curso ao qual estejam vinculados, deverão
realizar o estágio curricular obrigatório, podendo, ainda, realizar estágios curriculares não
obrigatórios no caso dessas atividades serem previstas no projeto pedagógico de seu curso.
§ 1º Durante o estágio curricular não obrigatório o aluno deverá obter aprovação em
disciplinas que perfaçam, pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total
das disciplinas nas quais esteja matriculado, sob pena de, não o fazendo, ser desligado do
Programa de Estágio durante 01 (um) período letivo.
§ 2º Havendo recuperação do rendimento escolar com aprovação em disciplinas que
compreendam 75% (setenta e cinco por cento) ou mais da carga horária total das disciplinas
em que esteja matriculado durante o período letivo subseqüente ao desligamento, o aluno
poderá retornar ao Programa de Estágio.
§ 3º A Coordenação de Estágio do curso acompanhará o desempenho acadêmico do
estagiário.
Art. 13. A Universidade disponibilizará em seu portal eletrônico, através do sítio do Sistema
Acadêmico, um Módulo de Gerenciamento de Estágio – MGE, visando acompanhar e
registrar as atividades acadêmico-administrativas dos estágios curriculares obrigatórios ou
não obrigatórios, cujo gerenciamento será da responsabilidade da Coordenadoria de Estágios
Curriculares da Pró-Reitoria de Graduação - CEC/PROGRAD.
Art. 14. A orientação, a supervisão e a avaliação acadêmica do estágio curricular, em
qualquer de suas modalidades, são atividades obrigatórias de responsabilidade do curso de
procedência do aluno, levadas a efeito do modo compartilhado com os supervisores
vinculados às Instituições Concedentes de estágio.
Art. 15. As atividades do estagiário somente poderão ter início após a assinatura do Termo
de Compromisso pelas partes envolvidas, cabendo ao Coordenador de Estágio do Curso
registrar a data correspondente no Módulo de Gerenciamento de Estágio – MGE.
Art. 16. Junto à Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD/UFAL funcionará a COMISSÃO
DE ESTÁGIO CURRICULAR, órgão colegiado encarregado de, dentre outras
atribuições, promover a discussão em torno dos estágios na Universidade, estabelecer as
normas gerais para a formação de uma Política de Estágio Curricular na UFAL, bem como
promover a elaboração de um Manual de Orientação de Estágio.
§ 1º Comporão a Comissão de Estágio Curricular:
I - 01 (um) representante e 01 (um) suplente de Coordenadores de Curso de Graduação, por
área do conhecimento (saúde, exatas, humanas, tecnológicas e sociais) e modalidades
(bacharelado
e
licenciatura),
indicados
pelo
Fórum
dos
Colegiados;
II - 01 (um) representante e 01 (um) suplente de discentes indicado pelo Diretório Central
dos Estudantes - DCE/UFAL;
III - 01 (um) representante da Pró-Reitoria de Gestão Institucional – PROGINST/UFAL;
IV - 01 (um) representante da Pró-Reitoria de Extensão - PROEX/UFAL;
V - 01 (um) representante da Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD/UFAL;
VI - 01 (um) representante da Pró-Reitoria Estudantil - PROEST/UFAL.

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§ 2º A Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD/UFAL designará o Coordenador
da Comissão de Estágio Curricular.
Art. 17. Cada Curso de Graduação regulamentará seu próprio estágio curricular mediante
resolução elaborada e aprovada pelo Colegiado de Curso observados os ditames da
legislação específica e desta Resolução, e homologada pelo Conselho da respectiva Unidade
Acadêmica.
VIII – Das Disposições Finais
Art. 18. A UFAL, os estudantes, as Instituições Concedentes e os Agentes Integradores
terão prazo de 06 (seis) meses, a partir da data de aprovação desta Resolução, para a ela se
adequarem.
Art. 19. Compete ao titular da PROGRAD/UFAL aprovar os termos de convênio para oferta
de estágios curriculares, depois de apreciados pela Comissão de Estágio Curricular de que
trata o Art. 15 desta Resolução.
Art. 20. Esta Resolução entrará em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.
Sala dos Conselhos Superiores da Universidade Federal de Alagoas, em 18 de dezembro de
2006.
Profª. Ana Dayse Rezende Dorea
Presidenta do CONSUNI/UFAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO - PROGRAD
UNIDADE ACADÊMICA: Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes
INTERESSADO: Curso de História Bacharelado
ASSUNTO: Novo Projeto Pedagógico do Curso de História Bacharelado, a Ser Implantado em 2018
PARECER Nº 03 2017

AUTORIA: Coordenadoria Cursos de Graduação - CCG

ANÁLISE DO NOVO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE HISTÓRIA
BACHARELADO, CAMPUS MACEIÓ

A Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) encaminha o presente parecer técnico
relativo à revisão do novo Projeto Pedagógico do Curso de História Bacharelado,
modalidade presencial, localizado no Campus Maceió, em atenção ao informe das reuniões
do Colegiado e NDE do referido curso e do Conselho da Unidade Acadêmica do Instituto
de Ciências Humanas, Comunicação e Artes, ocorridas em 01 de novembro. Na
elaboração deste parecer considerou-se o atendimento à legislação educacional vigente, em
especial às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de História, através da Resolução
CNE/CES nº 13, de 13 de março de 2002 e dos documentos anteriores a esta, PARECER
N.º: CNE/CES 492/2001 e PARECER N.º: CNE/CES 1363/2001 - às dimensões e aos
indicadores presentes no Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação – Bacharelados,
Licenciaturas e Cursos Superiores de Tecnologia (presencial e a distância), de março de
2015, à Resolução Nº 02/2007-CEPE, que dispõe sobre carga horária mínima e os
procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, à Resolução
N° 25/2005-CEPE, Lei 11.788/2008, e Resolução N° 71/2006- CONSUNI, que dispõem
sobre os estágios curriculares, e demais requisitos necessários aos processos de regulação e
avaliação.
Conforme o que rege o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI/UFAL –
2013/2017, o Projeto Pedagógico de Curso deve ser uma ação coletiva, reflexiva, que

137

pressuponha rupturas e superação do obsoleto e compromisso com a inovação, mas, ao
mesmo tempo com a valorização da memória e da história da instituição. É mais do que a
necessidade de responder a uma solicitação formal, no sentido da reflexão e a contínua
expressão das idéias sobre a Universidade e sua função social, sobre o curso, sobre a pesquisa
e sua relação com o ensino, sobre a extensão e sua relação com o currículo. Enfim, sobre as
estratégias que irão promover a desejada articulação entre pesquisa, ensino e extensão.
Neste contexto, o Projeto Pedagógico contempla, com toda a clareza, a
intencionalidade do curso, reflete sua imagem, cria sua identidade e delimita o seu espaço
de autonomia, definidos e resultantes de um processo de discussão coletiva. Cada curso
contempla em seu Projeto Pedagógico o perfil do profissional desejado definindo, através
dos conteúdos curriculares, suas competências e habilitações.
Assim, o Projeto Pedagógico de cada curso adequa-se a novos parâmetros de
aprendizagem e, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, baseia-se nos
princípios da articulação entre teoria e prática, entre ensino, pesquisa e extensão, da
interdisciplinaridade e da flexibilidade curricular. O Projeto Pedagógico tem, assim, a dupla
dimensão de ser orientador e condutor do presente e do futuro.
O curso de graduação em história da UFAL teve seu decreto de funcionamento
autorizado em 30 de janeiro de 1952, sendo reconhecido quase dois anos depois, em 24 de
dezembro de 1954. Todavia, o início das atividades do curso ocorreu antes mesmo da criação
da UFAL, em 1961, isto porque em 1950 havia sido fundada a Faculdade de Filosofia de
Alagoas, à época instituída por Getúlio Vargas, sendo desta instituição que se deu origem a
Universidade Federal de Alagoas. Na antiga FFA já havia o curso de história que foi
remodelado a partir da inauguração da UFAL, com a criação do Centro de Humanidades,
Letras e Artes (CHLA), hoje Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA).
Dentre as alterações realizadas, do PPC de 2012 para este, previsto para ser ofertado
no ano de 2018, podemos destacar:
1. Alteração da carga horária total, de 2520 h para 3084h, compatível com Resolução nº 2,
de 18 de junho de 2007, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos
relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na
modalidade presencial, sendo prevista para o curso de História o mínimo de 2400 horas.

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2. O desenvolvimento de um tópico específico para o NDE – Núcleo Docente Estruturante,
inexistente no PPC anterior, explicitando sua atuação e funcionamento dentro do curso,
conforme a Resolução nº 52/2012-CONSUNI/UFAL, de 05 de novembro de 2012.
3. O atendimento ao Decreto nº 5626/2005, contemplando a disciplina de Libras na forma
de disciplina eletiva e ofertada frequentemente para os alunos como disciplina ou vagas
remanescentes em outros cursos.
4. O referenciamento das políticas de apoio ao discente, no que tange aos aspectos da
acessibilidade, citando o NAC - Núcleo de Acessibilidade, criado em 2013 para
assegurar condições de igualdade e promover o exercício dos direitos e liberdades
fundamentais da pessoa com deficiência, conforme a Lei 13.146/2015, e o atendendo o
que prevê o art. 59 da Lei 9394/96, da Lei de Diretrizes e Bases; a inclusão, fazendo
referência à Resolução 33/2003 – CONSUNI, modificada pelo Decreto 7.824, de 11 de
outubro de 2012, que dispõe sobre a política de ingresso nas IFES, bem como a
Resolução 54/2012 – CONSUNI, que institucionaliza a reserva de vagas/cotas no
processo seletivo de ingresso aos cursos de graduação da UFAL.
5. Os aspectos relacionados à interdisciplinaridade e transversalidade, em conformidade
como as novas diretrizes do MEC, mediante as seguintes leis: a Lei nº 9.795, de 27 de
abril de 1999 e Decreto nº 4.281 de 25 de junho de 2002, que institui as Políticas de
Educação Ambiental; as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
(Parecer CNE/CP 1/2004)
6. O atendimento à Resolução nº 1, de 30 de Maio de 2012, que estabelece as Diretrizes
Nacionais para a Educação em Direitos Humanos; assim como à Lei 12764/2012, que
trata da Proteção dos Direitos da Pessoa com Espectro Autista.
7. Articulação dos grupos de pesquisa, sempre que preciso, com as novas legislações,
contribuindo, assim, para ofertar aos estudantes do curso uma melhor formação.
8. No que concerne à extensão, o PPC de História Bacharelado precisará desenvolver e
reformular melhor o referido tópico, face certa superficialidade observada em seu texto.
Contudo, com a nova Resolução de Extensão em vias de ser aprovada, o curso terá a

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oportunidade de realizar as alterações necessárias, já contemplando a curricularização do
mencionado item, conforme preconiza a Lei 13005/2014, na qual se lê que 10% (dez por
cento) do total de créditos curriculares deverão ser destinados à programas e projetos de
extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande
pertinência social.

O novo Projeto Pedagógico do Curso de História Bacharelado, ainda, no que tange a
sua matriz curricular e estruturação, estabelece políticas institucionais de ensino, pesquisa e
extensão; apresenta os objetivos do curso em coerência com o Perfil do Egresso; a Estrutura
Curricular e Educacional contempla a flexibilidade, a interdisciplinaridade e a articulação
entre teoria e prática, conforme a Resolução CNE/CES nº 13, de 13 de março de 2002,
das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de História. O Estágio Supervisionado,
conforme a Lei nº 11.788, e o Trabalho de Conclusão do Curso, regulamentado pelo
Colegiado de História, através da Resolução s/n, em 05 de novembro de 2010, também estão
previstos.
Dessa forma, considerando que o Projeto Pedagógico do Curso de História Bacharelado
atende aos requisitos legais assinalados acima, estabelecidos pelas legislações em vigor, e sendo
compatível com as normas acadêmicas da Universidade Federal de Alagoas, confirmamos um
parecer favorável ao referido documento.

Maceió - AL, 07 de novembro de 2017.

Jean Luiz Davino dos Santos
TAE – CCG/ PROGRAD - Mat. 2057258

Giana Raquel Rosa
COORDENADORA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO

Sandra Regina Paz da Silva
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO